21 de jun. de 2017

VZYADOQ MOE: álbuns seminais ganham relançamento digital


Pós-punk, rock industrial e música brasileira se encontram nos clássicos e cultuados “O Ápice” e “Hard Macumba”, dois primeiros álbuns da banda sorocabana VZYADOQ MOE. Lançados respectivamente nos anos de 1988 e 1991, os trabalhos anteciparam e influenciaram futuras vertentes do rock nacional, como o mangue beat de Chico Science e Nação Zumbi. Agora, novos públicos podem conhecer com os relançamentos nas plataformas de música digital, através do selo Believe Digital.

Prestes a completar 30 anos de idade, “O Ápice” abre as comemorações e oferece para um novo público a oportunidade de se impressionar com a mistura de diversas vertentes do rock oitentista com o samba de raiz, junto de influências da literatura simbolista, histórias em quadrinhos e do cinema expressionista alemão.

A banda retomou o contato com essas músicas em 2010, quando se apresentou no Usina Festival, em Sorocaba. Em seguida, passou meses ensaiando e o resultado foi uma releitura de algumas faixas, colocando teclados e criando novos arranjos. Embora não haja definições para futuros shows, a VZYADOQ MOE considera a possibilidade de subir novamente aos palcos, celebrando os 30 anos de um disco tão atual como “O Ápice”.


A primeira formação da banda, com os músicos ainda na adolescência, contava com Marcelo Raymundo (guitarra), Marcos “Peroba” Stefani (bateria) e Marcelo “Fausto” Marthe (vocal e letras). Algumas semanas depois dos primeiros ensaios, Jaksan Moreira (guitarra) se juntou ao time. A formação clássica se completaria logo em seguida, com a chegada de Edgard “Degas” Steffen (baixo). O original nome da banda foi criado no quarto de Marthe, por meio de um sorteio dadaísta levemente adulterado para que o resultado repleto de consoantes ficasse menos impronunciável. 

A invenção estava também no som. Na bateria, havia um kit de percussão composto de latas velhas e caixas de papelão – uma versão com jeitinho brasileiro para emular o som dos alemães do Einstürzende Neubaten. O repertório da época nasceu do amálgama produzido pela mistura de suas batidas com o baixo cheio de efeitos de Degas, mais as guitarras da dupla Marcelo Raymundo e Jaksan, que mesclavam distorção e riffs melódicos. O frescor e a sensação de redescoberta presentes no som da banda abrem a porta para novas surpresas e planos para o futuro.

“Para o ano que vem, estamos planejando também lançar uma versão estendida do disco ‘O Ápice’, com versões ao vivo e completamente remasterizado”, revela Raymundo. 

Ouça os álbuns:

Google Play: https://goo.gl/qEhc9X

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