A banda brasiliense ESCOLTA confirmou que o formato físico do seu debut álbum, que ainda não possui título definido, tem o seu lançamento confirmado para o segundo semestre de 2017, através da MS Metal Records, com distribuição da Voice Music.
Antecedendo o supracitado lançamento, o single "Refém da Verdade" foi disponibilizado nas principais plataformas online, enquanto que o formato digital do álbum será distribuído através da CD-Baby.
Para mais informações sobre as atividades da banda ESCOLTA e demais artistas da empresa, basta entrar em contato com a MS Metal Press através do e-mail contato@msmetalagencybrasil.com.
E após quatro anos desde “So What?!”, eis que o último dos 3
dinossauros dos anos 70 retorna com mais um disco de estúdio. Sim, mesmo depois
de quase 50 anos de atividade, o DEEP PURPLE retoma a carga, lançando “InFinite”,
seu 20o disco de estúdio. E a Shinigami Records bancou o desafio e botou uma versão nacional do disco nas prateleiras das lojas.
Mas o que o bom e velho quinteto de Hertford, Inglaterra, tem
a oferecer depois de 49 anos de serviços mais que muito bem prestados ao Metal
e ao Hard Rock?
A verdade é simples: nada. Sim, se você estava esperando que
esses sujeitos viessem reinventar a roda, é bom tirar o cavalinho da chuva. O
DEEP PURPLE continua brindando seus fãs com o bom e velho Classic Rock com sua
dose de peso, enorme influência do Blues e do Jazz, mas ainda assim, desce
macio com um bom e velho vinho de uma safra antiga. Óbvio que o vocal de Ian
Gillan não está essas coisas, uma vez que ele já está 71 anos de idade, e
aqueles berros viscerais do passado não serão ouvidos. Mas em compensação, ele
sabe de suas atuais limitações e faz um ótimo trabalho. Steve Morse é um mago
das seis cordas, esbanjando feeling e pegada (sem usar toda a técnica que ele
tem). A cozinha de Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria) continua sólida e
bem trabalhada, como sempre foi. E os teclados de Don Airey estão perfeitos, dando
aquele toque clássico e psicodélico de sempre.
Ou seja: mesmo que “InFinite” não seja um clássico absoluto como
“Machine Head”, “Fireball” ou “In Rock”, em suas belezas e méritos próprios.
Na produção e mixagem, um mestre do passado: Bob Ezrin. Sim,
o mesmo que trabalhou com ALICE COOPER e deu aquele toque diferenciado a “Destroyer”,
do KISS, e que também produziu “So What?!” foi o escolhido para tomar conta da
criação de “InFinite”. O engenheiro de som Justin Cortelyou ajudou na mixagem
do disco, e podemos dizer que o Purple se aproximou das qualidades sonoras dos
discos dos anos 70, com algo mais cru e orgânico, mas sem abrir mão da
qualidade limpa que os trabalhos digitais concedem. Ou seja, sonoramente, não
terão o que reclamar do disco.
A arte da capa é muito interessante, com certo toque de anos
60-70, em que desenhos e fotos enigmáticas davam a tônica. Mas ela ficou ótima,
captando a essência sonora do disco. Um trabalho muito bom de Büro Dirk Rudolph.
O experimentalismo que muitos captam em “InFinite” nada mais
é que a essência que todos conhecem de discos do passado. Sem isso, poderíamos
admitir que o DEEP PURPLE fosse um aposentado em atividade, o que está longe de
ser. A música que flui pelos falantes continua tendo qualidade e alto nível,
coisa que esse quinteto, mesmo em meio às turbulências da carreira, sempre
tiveram.
A fogosa e tipicamente Rocker “Time for Bedlam” com suas
intervenções de guitarras, bons vocais e refrão de primeira; a pesada e intensa
força grooveada de “Hip Boots” e sua força rítmica (eu avisei que baixo e
bateria do grupo são sólidos e perfeitos, pois estão juntos desde antes de
muitos que estão lendo estas palavras terem nascido); as envolventes melodias
de “All I Got Is You” e suas belas passagens de teclados (esse sujeito sabe o
que faz, sendo um sucessor digno do mestre Jon); o peso gorduroso e (pasmem!)
moderno de “One Night in Vegas”; a força intensa e setentista da quase psicodélica
“Get Me Outta Here”; as lindas guitarras de “Johnny’s Band” contrastando com os
teclados bem encaixados e os vocais sóbrios; o Rockão com jeito de Blues em “On
Top of the World”; a pegada Heavy/Prog/Folk de “Birds of Prey” e sua força
pesada à lá LED ZEPPELIN; e a versão para a sensual e bluesy “Roadhouse Blues”
do THE DOORS com sua pegada “noir” elegante, superando em muito a versão
original são as melhores canções de “InFinite”, que é todo muito bom.
Óbvio que já existem muitos boatos sobre a eventual aposentadoria
do quinteto após o final da tour promocional de “InFinite”, chamada “The Long
Goodbye Tour”. Óbvio que isso está ligado à idade deles, aos problemas de saúde
(lembrem que Ian Paice teve um ataque isquêmico transitório em 2014) mas se
este for o último, “InFinite” é uma despedida em alto nível de um dos nomes
mais criativos do Hard Rock, do Metal, do Classic Rock, enfim, do Rock ‘n’
Roll. Logo, agradeçamos, pois tivemos a sorte de estarmos vivos quando estes
gigantes estavam na Terra.
A banda amazonense JARAKILLERS confirmou que o formato físico do seu novo álbum, intitulado “Still Macabre”, tem o seu lançamento físico confirmado para o segundo semestre de 2017, através da Eternal Hatred Records, com distribuição da Voice Music.
Em paralelo, o JARAKILLERS continua agendando datas pelo Brasil em suporte ao seu segundo álbum, “Still Macabre”. Para mais informações sobre como reservar uma data para qualquer cidade do país, basta entrar em contato através do e-mail contato@msmetalagencybrasil.com.
Para mais informações sobre as atividades da banda JARAKILLERS e demais artistas da empresa, basta entrar em contato com a MS Metal Press através do e-mail contato@msmetalagencybrasil.com.
A banda de Hardcore Crust do Vale do Paraíba (interior de São Paulo), MANGER CADAVRE? lançou recentemente o clipe da música "Bruxas da noite", de seu último trabalho, o EP "Revide" (2017).
O clipe, que foi produzido pela Head Label, foi filmado em preto e branco, e além de imagens da banda, conta com uma performance de dança com dois bailarinos, Carol Pereira e Lucas Kruszynski, que "lutam" entre si.
A letra: A música ressalta a presença da mulher na história, detalhando o combate aos nazistas realizado pelo 588º Regimento de Bombardeio Noturno, de pilotos soviéticas constituído somente por mulheres. Com poucos recursos e aviões de madeira e lona, elas criaram estratégias que obtiveram tanto sucesso, que os alemães criaram todos os tipos de superstição e boatos sobre elas. O próprio nome “Bruxas da Noite” foi inspirado no som dos aviões soviéticos desligados, que de acordo com a imaginação dos alemães, soavam como bruxas em suas vassouras voadoras. Outra lenda inventada pelos nazistas amedrontados dizia que as bruxas recebiam injeções com uma solução que as fazia enxergar no escuro como os gatos.
O clipe está disponível no canal do Youtube da banda. Confira:
Lançado oficialmente no último dia 19 de maio, o primeiro DVD de clipes da história do Metal Nacional, apresenta 34 bandas de vários estilos com ideias e conceitos visuais incríveis, nossa ideia é levar ate o público, imprensa, produtores e casas de shows, toda a qualidade individual de cada banda no DVD ROADIE METAL VOL. I.
O DVD foi planejado minuciosamente, possui um encarte com 36 paginas, individualizando banda a banda, contendo o release, letra da música, escopo técnico do clipe, links de contato, foto e capa de álbuns. O DVD 01 foi incluído os nomes mais extremos do metal nacional, o DVD 02 linhas mais clássicas e tradicionais aos fãs do estilo.
Mantendo a proposta do Peso do DVD 01, o quarto clipe da Coletânea Roadie Metal, é visceral e vem de uma das mais importantes bandas de Thrash Metal do país, os músicos do Krucipha apresentam ao público seu perturbador clipe da música “Reason Lost” que faz parte do álbum “Hondsight Square One” lançado em 2014.
O Krucipha [kru.SI.fa] é uma banda curitibana formada em 2009 que traz em sua sonoridade um Thrash Metal visceral mesclado com influências de Death Metal, Groove Metal, Hardcore NY e uma pitada brasileira que faz menções à Chico Science e Nação Zumbi.
Em 2010 a banda lançou online o EP “Preemptive Uproars” e em fevereiro de 2011 recebeu o prêmio de “Melhor música do gênero do ano de 2010” com a faixa “Afforddiction”, no Prêmio Ivo Rodrigues na cidade de Curitiba, antes mesmo de sua estréia nos palcos, que veio a acontecer somente na metade de 2011.
A banda ganhou destaque na região e foi atração de festivais de renome da região sul do país, como Orquídea Rock Festival, River Rock Festival, Otacílio Rock Festival e Live Metal Fest Curitiba Edition.
Em 2014 o Krucipha lançou seu debut álbum intitulado “Hindsight Square One”, que conta com 5 faixas inéditas e as 3 previamente lançadas no EP de 2010. O álbum traz em suas letras temas atuais como os dilemas e paradoxos da vida moderna, alienações, conflitos pessoais, manipulação em massa e a incompatibilidade da sociedade em geral.
A parte visual do grupo conta peculiarmente com a figura do pinhão, fazendo alusão às famosas calçadas de sua cidade natal.
Durante sua carreira, o Krucipha dividiu o palco com algumas bandas de destaque nacional e internacional, como Claustrofobia, Project46, Sepultura e Cavalera Conspiracy.
A banda catarinenese de Death/Black Metal OBSCURITY VISION foi destaque na trigésima edição do programa Sangue Frio Produções onde concedeu uma entrevista para o mesmo.
Em um bate papo abrangente conduzido pelo apresentador Patrick de Souza, Luiz Rodriguez, guitarrista e fundador do grupo, falou um pouco sobre o início da banda e seus 20 anos de criação, mudanças de formações, atual EP – intitulado “Obscurity Creation” –, métodos de composição, projetos futuros, que inclui um novo álbum e muito mais, confira:
O novo álbum, ainda sem nome e capa divulgados, será lançado ainda neste ano de 2017, nos formatos físico e digital via Sangue Frio Records. Mais informações sobre esse e outros trabalhos do selo escreva para sanguefriorecords@sanguefrioproducoes.com.
O debut álbum, intitulado “Old Memories Of The Past”, do grupo paranaense MORTUO finalmente chegará as principais plataformas de streaming do mundo.
Isso decorre de uma forte parceria entre a ‘one-man-band’ e a SANGUE FRIO RECORDS, selo responsável por essa distribuição digital, depois de uma ótima recepção da mídia especializada e também do público em geral para o formato físico, lançado em meados de 2015.
“Acredito que toda a forma de divulgação é válida, desde que não prejudique o trabalho do artista. Plataformas de streaming são seguras, podemos divulgar e comercializar nossas músicas de forma rápida, mas devo lembrar que ainda valorizo o material físico, quem for realmente fã deve adquirir os produtos oficiais da banda.” - completa Vox Morbidus.
Como supracitado, “Old Memories Of The Past” foi extremamente bem recebido em vários meios de comunicação do Brasil e exterior, e você pode conferir todas as críticas feitas a esse full length, bem como entrevistas e matérias especiais, acessando o clipping do MORTUO disponibilizado pela Sangue Frio Produções pelo link: http://www.sanguefrioproducoes.com/upload/clipping/Mortuo.pdf
Após um período de testes e ensaios, finalmente o PANZER tem um novo dono dos graves.
Será o músico Daniel Corvo, que já vem tocando com a banda há algum tempo e agora está oficializado como membro do PANZER.
Novamente completo, o PANZER segue divulgando o novo álbum, ‘Resistance’, lançado no ano passado e detentor de várias citações como um dos discos de 2016. O trabalho foi publicado no Brasil em versão física pela Shinigami Records.
O novo disco também é encontrado em versão digital, confira alguns links:
O MAKINÁRIA ROCK vai levar seu Rock’n’Roll sem frescura para os palcos da nova edição do festival ROCK ACTION.
O evento é no dia 23 de junho no Stage Bar, na Barra Funda, na capital paulista. No mesmo dia se apresentam as bandas Pop Javali, Pavelow e Smoke Machine. Ingressos antecipados com preços promocionais já estão à venda. Saiba tudo pelo link: https://goo.gl/13VORg
O MAKINÁRIA ROCK segue preparando seu novo álbum de estúdio, ‘Mundo Imundo’, sucessor do aclamado ‘Cidade Rock’, o álbum está sendo gravado e produzido por Lau Andrade no Estúdio Conspiração, que também ficará encarregado da mixagem e masterização. O lançamento está previsto para o outubro de 2017.
A banda também lançou um clipe prestando tributo ao finado músico inglês Lemmy Kilmister. A música tem o singelo título de ‘Lemmy Imortal’ e pode ser conferida pelo link:
O HELLLIGHT está pronto para mais uma grande celebração do Doom Metal na Cidade da Garoa. O grupo é uma das atrações do festival Doom Over SP.
O evento acontece no dia 22 de julho no Espaço Som, com início às 20h. Ainda se apresentam as catarinenses Lacrima Mortis e Agony Voices. O espaço é limitado e os ingressos serão vendidos apenas na porta. Informações pelo link: https://goo.gl/vkRycD
Formado em 1996, com influências de bandas como Black Sabbath, Danzig e Bathory, o HELLLIGHT vem sempre em uma crescente, atingindo cada vez um número maior de pessoas pelo mundo com sua música complexa, melancólica, pesada, com intuito de transmitir os sentimentos e emoções mais profundos da humanidade.
Hoje o grupo conta com uma discografia de cinco álbuns de estúdio e alguns EPs, incluindo o famigerado ‘The Light That Brought Darkness’ que contou com versões incríveis de músicas de nomes como Pink Floyd, Queen, Bathory e outras lendas da música universal.
No ano passado, celebrando 20 anos de carreira, o HELLLIGHT disponibilizou uma coletânea para download gratuito. ‘XX Years Of Doom’ pode ser baixado pelo link: http://bit.ly/2f19EBA
Para quem estava ávido para ouvir algo do novo álbum do ARMORED DAWN, ‘Barbarians In Black’, chegou o momento!
O grupo acaba de lançar o primeiro single do material. A música escolhida é ‘Sail Away’, emocionante balada que conta a história de um guerreiro que perde sua amada. A mixagem ficou por conta de Kato Khandwala e a masterização por Ted Jensen:
‘Barbarians In Black’, sucessor do aclamado ‘Power Of Warrior’ está mais pesado e com muitos riffs e melodias oitentistas, além de trazer a temática Viking, desta vez em todas as músicas. A produção está por conta de Bruno Agra (We are Harlot) e o americano Kato Kandwala (The Pretty Reckless, Papa Roach), além da masterização do também americano Ted Jensen.
O ARMORED DAWN também iniciou uma série de vídeos com cenas do ‘making of’ de ‘Barbarians In Black’. A primeira parte já pode ser conferia pelo link abaixo:
No início de maio, a banda AWAIT ROTTENNESS começou os trabalhos de gravação e pré-produção de novas musicas em estúdio próprio, dentre estas será escolhida a musica que será tema do primeiro videoclipe oficial da banda.
“Em meados de junho, escolhida a música, entraremos no Audio Space Studio do amigo de longa data Adriano Scaramussa (Siecrist, Lost, House Full of Bullets). Após essa etapa iniciaremos a produção primeiro videoclipe oficial, que tem lançamento planejado para outubro/2017 em show que será realizado.
Neste meio tempo participaremos do evento HELLISH ATTACK 6, precisamente dia 21 de julho com os destaques nacionais ColdBlood e NervoChaos, além de bandas locais.
Durante o ano de 2017 estaremos fechando as novas músicas para lançamento de nosso novo álbum ainda não intitulado para 2018″. Comenta Furlani
O lado mais obscuro do Black Metal, usando de melodias
fúnebres e atmosferas intensas, até hoje é algo que encanta muito fãs,
especialmente quando a banda possui talento e vocação para este tipo de música.
E talento é o que o SERCATI, da Bélgica, mostra em “In the Shadows of Sidewalks”,
seu mais recente EP.
Sendo uma banda típica do chamado Melodic Black Metal, basta
dizer que o grupo segue aquela linha mais atmosférica e agressiva do estilo,
focando seu trabalho e criando uma ambientação mais densa e negra com as
guitarras, onde passagens com melodias sombrias vão nos envolvendo conforme as
músicas são executadas. E sim, é bem diferente, uma vez que esse jeitão de se
fazer Black Metal está um pouco fora da evidência. E por isso, o trabalho
musical do SERCATI é tão deliciosamente sedutor.
Em termos de sonoridade, “In the Shadows of the Sidewalks”
busca aquele jeito mais sujo e artesanal de soar, sem grandes retoques ou
polimentos de produções de ponta. Mas o charme da banda está nessa necessidade
de soar orgânico, longe da mecanicidade das gravações atuais. Até mesmo a arte
da capa transparece essa necessidade de ser simples e funcional, longe das
artes gráficas mirabolantes, logo, está plenamente de acordo com a música do
grupo.
Mas a força do quarteto vem de sua música bem feita e sobre
alicerces agressivos simples, mas firmes. Óbvio que existem ótimos arranjos,
mas mesmo estes soam sem muitos refinamentos, o que nos permite ter a clara
idéia de que estamos ouvindo uma banda tocando, e não um computador.
“Time for Apocalypse” é uma introdução melancólica e
fúnebre, com vocais limpos e arranjos de teclados bem simples, mas com uma
atmosfera densa e extremamente sedutora. Em “Chained to Purgatory”, o grupo usa
de uma ambientação soturna e densa, ainda com muito enfoque em teclados e
guitarras limpas, com baixo e bacteria dando sustentação rítmica à introspecção
e os vocais mostram seu lado mais agressivo, em tons rasgados muito bons. A
fusão de agressividade e melodia é o que é oferecido na ótima “The Anesthesist”,
onde o foco vai para o trabalho das guitarras, que mantém a opressão melodiosa
e bem feita, com tempos não tão velozes e dureza de um ritmo firme e pesado
(baixo e bateria estão muito bem nessa canção). E fechando o EP, temos “Natural
City”, cujas melodias sinistras são hipnóticas, embora um toque maior de
complexidade surja de forma bem espontânea no meio da agressividade fúnebre do
grupo.
Um disco indicado a qualquer fã de Black Metal que se preze,
e podemos dizer que é um enorme prazer conhecer o trabalho do SERCATI.
O lado mais melodioso do Metal tem ótimos adeptos na Itália,
sem sombra de dúvidas. E como sempre digo em meus “reviews” de bandas
italianas: elas possuem uma sonoridade que se destaca, pois o DNA do Metal italiano
é algo diferenciado. E mais uma vez, minhas palavras ganham vida graças ao
trabalho excelente do quinteto VIRTUAL SYMMETRY, que vem da cidade de Milão. O
EP “X-Gate” é de deixar o ouvinte de queixo caído!
O quinteto cria um Prog Metal melodioso e com boa técnica,
melodias refinadas, intrincado em alguns momentos, mas sempre pesado e
centrado. Sim, centrado, uma vez que a técnica dos músicos surge como uma
necessidade da música, e não como mera exibição de autoindulgência. Nada disso,
as músicas do EP soam grandiosas e pesadas, elegantes e refinadas, mas sem
deixar o ouvinte com aquele sentimento de tédio que muitas bandas no estilo
possuem. E o detalhe interessante: é bem pessoal, algo que soa apenas como eles
mesmos.
A qualidade sonora de “X-Gate” é muito boa. Um toque de
crueza deixou o trabalho do grupo mais pesado e intenso, sem obliterar seu trabalho
progressivo e as nuances experimentais. É claro como a água, nos permitindo
compreender a complexidade de seus arranjos, mas pesado e intenso, com timbres
fortes e azedos. Isso sim é saber soar Prog Metal! E a capa evoca muito o lado
de ficção científica, quase que uma referência ao filme “Stargate”.
Musicalmente, o trabalho da banda é maduro, pesado e
envolvente, sem deixar com que o ouvinte boceje de tédio. Não, uma vez começada
a audição, tenha certeza que “X-Gate” o manterá preso até o fim, graças às suas
ótimas músicas.
Mas é bom que tomem cuidado: como toda boa banda do gênero,
o VIRTUAL SYMMETRY usa de canções longas para se expressar. Mas isso não é
entediante, já que a beleza instrumental e rica de “Eyes of Salvation” é
fascinante em cada momento, e que belíssimas partes de teclados; os mais de 14
minutos de “Alchymera” e suas belíssimas mudanças de ritmo, onde baixo e
bateria mostram bela diversidade rítmica (sem a perda do peso natural do grupo)
passam sem que percebamos; e os contrastes vocais de “Elevate” seduzem nossos
sentidos, sejam nos momentos mais belos e introspectivos, ou nos mais pesados.
Mais uma belíssima banda da Itália, e que vem para somar!
A fauna metálica na Itália é bem diversificada, indo das
vertentes mais extremas às mais melódicas sem nenhum problema, sempre com alto
nível musical, além do bom e velho DNA do Metal italiano. Bandas e mais bandas
que surgem por lá fazem trabalhos muito bons, como o sexteto ALTAIR, da cidade
de Ferrara, chegando com “Descending: A Devilish Comedy”, seu segundo álbum.
Bem conhecido por ter tido uma colaboração de Fabio Lione na
canção “Power of the Gods” de seu primeiro álbum, a banda chega consolidando
seu estilo musical: um Progressive Power Metal que combina a técnica progressiva
de nomes como FATES WARNING com as melodias elegante e peso de bandas como
RHAPSODY. O foco das canções da banda é o conjunto, pois mesmo com a técnica
refinada dos membros do grupo, eles preferem que seu trabalho soe sólido, como
uma unidade. E por isso é tão bom e vigoroso, envolvente e com lindas linhas
melódicas.
A sonoridade de “Descending: A Devilish Comedy” é muito bem
cuidada, clara e com as devidas doses de peso. Cada instrumento musical soa
forte, vigoroso, audível e com bons timbres (inclusive as guitarras soam bem
agressivos em algumas partes). Mas isso tudo sem deixar de ter aquele toque de
refinamento elegante básico para o estilo.
Usando de boa técnica e muito peso, o ALTAIR mostra um
trabalho musical bem diversificado em “Descending: A Devilish Comedy”, uma vez
que a banda não soa veloz ou cadenciada de uma única vez. Há muita diversidade
rítmica presente, e isso tudo com arranjos musicais bem pensados. E mesmo com
sua aura “Heavyssíva”, o grupo não cria músicas longas, o que torna ainda mais prazeroso
e simples a assimilação esse álbum.
Melhores momentos: a agressividade bem trabalhada e com
fortes melodias de “Path of Worms” (reparem bem como baixo e bateria estão
mostrando uma ótima performance, inclusive com toques extremos), o peso “heavyssívo”
ganchudo de “Limbo” (onde se percebe um trabalho ótimo dos vocais, inclusive
com um refrão muito bom), o peso mais agressivo de “Godless” e suas guitarras
de primeira (e mais um ótimo refrão, com bela participação dos backing vocals),
os ritmos acelerados de “Seed of Violence” e sua pegada cheia de energia, e o
tempos quebrados e técnicos de “Frozen Graves” com seus ótimos teclados e belos
riffs.
“Descending: A Devilish Comedy” é um disco muito bom, mas a
banda pode fazer melhor. Mais um pouquinho e estarão conquistando o mundo.