8 de abr. de 2017

NO CLASS FESTIVAL (BRUTAL EDITION): evento histórico no Rio de Janeiro



A No Class Agency, em parceira com a Cronos Entertainment, tem orgulho em anunciar seu primeiro festival, com um cast que traz o melhor do metal extremo para deleite dos amantes do estilo no Rio de Janeiro.

Encabeçando o evento, a lendária banda norte-americana ANGELCORPSE, pioneiros do Blackened Death Metal, em sua primeira pelo Brasil. Os cariocas também irão conferir o ícone do Death Metal nacional REBAELLIUN, recém retornado às atividades com o aclamado álbum “The Hell’s Decrees“. Outra atração será o quarteto da casa, LACERATED AND CARBONIZED, dando o pontapé inicial de sua extensa tour latino americana em suporte ao elogiadíssimo trabalho “Narcohell“.

E as atrações não param por aí. Também subirão ao palco do Casarão Ameno Resedá (nova casa de espetáculos com estrutura de primeira linha na zona sul da cidade) os paulistas CAUTERIZATION, WOSLOM, destaques absolutos da cena nacional, bem como FORCEPS, VORGOK e D.I.E., nomes que despontam com força na nova geração.

O festival acontecerá em 30/04 (Domingo, Véspera de Feriado) e promete fazer história. Imperdível!



SERVIÇO:

No Class Festival: Brutal Edition


Cast: Angelcorpse, Rebaelliun, Lacerated And Carbonized, Cauterization, Woslom, Forceps, D.I.E., Vorgok
Data: 30 de Abril (Domingo)
Local: Casarão Ameno Resedá – Rua Pedro Américo, 277, Catete – Rio de Janeiro/RJ
Horário: 15:00 – 23:00
Censura: 18 Anos
Realização: No Class Agency e Cronos Entertainment

INGRESSOS:

1° Lote: (04/02 à 28/04)
R$ 100,00 – Pista (Meia Entrada)
R$ 100,00 – Pista (Promocional)
R$ 200,00 – Pista Inteira


Vendas Físicas:
NO CLASS AGENCY (GAVEA)
Rua das Acácias, 73, Gávea
Telefones: 99939-0460 / 98327-0356 / 98769-6690
(Obs.: Entre em contato para verificar disponibilidade de horário)

HARD N’ HEAVY (FLAMENGO) – 2552-2449
Rua Marquês de Abrantes, 177/Lj 106, Flamengo
Telefone: 2552-2449

BLIZZARD RECORDS
Rua Pedro Lessa, Centro – Stand 8
Contato: 98693-6051 (Marcio Alexandre)

OUTSIDE (MEIER)
Rua Dias da Cruz, 143/Lj 205, Meier
Telefone: 3899-0888 / 98581-2116
SCHEHERAZADE (TIJUCA)
Rua Conde de Bonfim, 346 , Subloja 209, Tijuca
UNDERGROUND ROCK WEAR (BANGU)
Avenida Santa Cruz, 4396/Lj. B, Bangu

REQUIEM ROCKSTORE (CAMPO GRANDE)
Mercado Popular de Campo Grande, Box 161
Atrás da Rodoviária de Campo Grande
Telefone: 3159-4354

ALLEY ROCK WEAR (MADUREIRA)
Estrada do Portela, 99/Lj. 244, Madureira
Telefone: 3018-8460

ROCK 4 YOU (CAXIAS)
Av. Plinio Casado, 179, Duque de Caxias/RJ
2°Lote: NA HORA
R$ 130,00 – Pista (Meia Entrada)
R$ 130,00 – Pista (Promocional)
R$ 260,00 – Pista Inteira

Informações: info@noclass.rocks

JUPITERIAN - Archaic: Process of Fossilization (álbum)


2017
Selo: Cold Arts Industry Records / Wolfblasphemer Distro
Nacional

Nota: 10,0/10,0


Tracklist:

1. Archaic
2. Procession Towards the Monolith
3. Currents of Io
4. Mine is Yours to Drown In
5. Behind the Wall of Sleep
6. Drag Me to My Grave


Banda:


V - Vocais, guitarras
A - Guitarras
R - Baixo 
G - Bateria


Contatos:

Site Oficial: 
Twitter: 
Instagram:
Assessoria:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Fazer Doom Death Metal no Brasil é algo difícil. O gênero já não é de muito grande alcance (uma vez que nem todos estão acostumados com os tempos lentos e azedume musical do gênero), e como todos os estilos de Metal, sofre com os problemas econômicos do país e o descaso de boa parte dos bangers nacionais com as bandas brasileiras. Mas mesmo assim, elas insistem, e ganham espaço fora do país.

Um bom exemplo disso é o quarteto JUPITERIAN, de São Paulo, que já tem seus discos lançados fora do Brasil, mas que finalmente tem um de seus discos lançados no Brasil, o ótimo “Archaic: Processo of Fossilization”. Mais uma vez, a Cold Art Industry banca um desafio, e mais uma vez, bota banca e consegue.

O grupo faz um Doom Death Metal sujo e muito pesado, com claras influências de Sludge Metal, logo, o trabalho deles é baseado em tempos bem arrastados e timbres instrumentais extremamente densos e gordurosos. Isso torna o som extremamente impalatável para os menos acostumados, mas óbvio que essa forma de música azeda tem seus fãs, e ao mesmo tempo, eles sabem usar de ótimas melodias sombrias e melancólicas. E assim, surge um disco excelente, climático e amargo até a alma, mas sedutor e envolvente ao seu jeito.

A produção sonora de “Archaic: Processo of Fossilization” é suja e pesada, de uma forma que não se ouve há tempos. Mas é justamente isso que torna o trabalho do quarteto tão bom, uma vez que essa qualidade mais crua assenta perfeitamente no som deles. E mesmo assim, se percebe claramente o que cada instrumento está tocando. 

É preciso dizer que este disco é uma compilação, tendo os EPs “Archaic” e “Urn” lançados pela primeira vez em CD, possuindo ainda a versão Demo de “Drag Me to My Grave” com violinos, logo, o lado gráfico teve melhorias, com um toque melancólico de classe do artista Cauê Piloto. E ainda têm-se dois posters de dimensões 24 X 36 cm, um adesivo “Congregation” e sticker. 

Muitos perguntarão se a música da banda merece todo esse trabalho gráfico refinado, e a resposta é simples: sim, e muito.

Temos 6 faixas bem longas, todas mostrando como o grupo consegue ser versátil ´nos limites do gênero. 

As três primeiras músicas são do EP “Archaic”, sangrando em energia crua e bom gosto, onde a melancólica e suja “Archaic” tem mudanças de ritmo muito boas no meio de tanto azedume musical (sim, baixo e bateria tocam de forma simples, mas mudando os andamentos quando necessário), seguida da introspectiva e soturna “Procession Towards the Monolith” (ainda mais atmosférica, com os vocais mostrando-se firmes nesses timbres guturais, mas perfeitamente encaixados na base instrumental), e a gigantesca “Currents of Io” é recheada de momentos diferentes uns dos outros, com ótimos arranjos dinâmicos, especialmente das guitarras (que riffs marcantes e cheios de melodias tristes). Já a mais trabalhada “Mine is Yours to Drown In (Ours is the New Tribe)” é um remake personalizado do velho hino do ANATHEMA (que mantém o peso e a cadência das faixas anteriores, mas com maior diversidade técnica por conta dos elementos da versão original, especialmente em termos de baixo e bateria, mas que caiu como uma luva no estilo do JUPITERIAN), e a versão arrasadora para “Behind the Wall of Sleep” do BLACK SABBATH (ainda mais opressiva que a versão original, mas respeitando suas características primordiais, como riffs poderosos e vocais agressivos sussurrados) são do EP “Urn”. E “Drag Me to My Grave” é tão densa e fúnebere como as outras, mesmo apresentando arranjos musicais mais requintados e elegantes (reparem bem nos riffs de guitarras), além dos toques clássicos dados por violinos.

Apaixonante, logo, se deixem seduzir pelo ótimo trabalho do JUPITERIAN, e corram que esta edição é limitada a apenas 500 cópias!