Por Marcos “Big Daddy” Garcia
Caros leitores, eis uma entrevista diferente: vocês verão as perguntas escritas aqui, mas as respostas de Thiago Bianchi, vocalista do NOTURNALL, através da faixa no Soundcloud abaixo.
É uma forma diferente, que foge dos padrões, e é muito prazeroso, já que poderão ouvir as respostas de Thiago, e saber as verdades em sua própria voz, sem medo e embaraços. E é bom saber sobre a NOTURNALL, sobre as outras bandas em que ele, Fernando Quesada (baixo), Léo Mancini (guitarras), Juninho Carelli (teclados) e Aquiles Priester (bateria) tocam, e sobre as polêmicas em que ele esteve envolvido, bem como demos o direito dele expressar suas opiniões e mesmo esclarecer toda a mitologia criada em polêmicas passadas.
E como vocês, Thiago Bianchi, que mostra-se uma pessoa real, que encara tudo de peito aberto, mas ao mesmo tempo, gentil e amigo. Além de um brincalhão (nem eu escapo, hehehehe)...
Eu, Big Daddy, agradeço demais a Thiago pela entrevista, e à Som do Darma por torná-la possível.
O panorama do Prog Metal brasileiro sempre foi dos melhores, com bandas dos mais variados “approaches” musicais, mas imaginem um “dream team” formado apenas com a nata do gênero?
Sim, este grupo existe, e é o NOTURNALL, banda de São Paulo que nas suas fileiras músicos calejados e reconhecidos. A união de Thiago Bianchi (vocalista, SHAMAN, KARMA), Léo Mancini (guitarras, também do SHAMAN, e TEMPESTT), Fernando Quesada (baixista, SHAMAN, TEMBLOR), Juninho Carelli (tecladista, SHAMAN) e Aquiles Priester (bateria, HANGAR, ex-ANGRA, entre outros trabalhos) nos concedeu o ótimo “Noturnall”, um disco pesadíssimo e que tem sido sucesso de público e crítica.
E aproveitando o bom momento, lá fomos nós conversar com a banda, na figura de Thiago Bianchi, seu vocalista, e saber sobre vários assuntos, inclusive alguns bem polêmicos.
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Thiago Bianchi |
BD: Oi Thiago. Antes de tudo, muito obrigado mesmo pela entrevista e parabéns pelo excelente disco! Mas começando, gostaria de perguntar como surgiu a idéia de se juntarem no NOTURNALL. E o surgimento do grupo significaria que todos vocês deixaram seus antigos grupos? Ainda falando neles, qual seria o diferencial do NOTURNALL em relação a cada um?
BD: Apesar de ser uma banda relativamente nova, o primeiro CD de vocês teve todo um esmero em termos de composição, pois além dos arranjos bem cuidados, vemos também que o grupo resolveu pegar muito pesado! “Noturnall” tem uma garra e agressividade bem imprevisíveis em relação aos seus trabalhos anteriores em outras bandas. E isso sem abrir mão de sua técnica costumeira de cada um! Como foi o processo de composição, já que temos um verdadeiro “Dream Team”, ou como gosto dizer, a nata dos músicos de Metal nacional, tende a ter os famosos problemas de personalidade? Isso chegou a atrapalhar em algum momento?
BD: Outro ponto que chama a atenção em “Noturnall” é o fato de ser um disco basicamente independente, mas de qualidade absurda! Logo, como foi a experiência de gravarem algo bancado por vocês mesmos? Acreditam que a presença de Russell (Allen, do SYMPHONY X e ADRENALINE MOB) chegou a pesar nesse sentido?
BD: E já que falamos de Russell, como foi trabalhar com ele na produção sonora? Tudo bem, eu sei que ele é extremante bem humorado (uma amiga minha me chama de “Papai Urso” até hoje por causa dele, hehehehehe), mas e nesse lado profissional? E como surgiu a idéia dele participar em “Nocturnal Human Side”?
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Fernando Quesada |
BD: A arte do CD, a cargo de Carlos Barbosa, ficou ótima. Mas existe um conceito por trás dela que poderiam nos contar?
BD: Vocês já contam com dois vídeos de divulgação no Youtube com boa recepção, que são “Nocturnal Human Side” e “No Turn At All”, sendo que nessa última, o clipe foi filmado na academia Team Nogueira, que pertence a Minotauro e Minotouro, os irmãos lutadores de MMA. O resultado de ambos os vídeos satisfez as expectativas de vocês? E como foi gravar o primeiro em Nova York, e o segundo em uma academia de MMA? E por falar nisso, a inspiração de “No Turn At All” teria alguma ligação com a MMA que poderia nos dizer? E por favor, não pratiquem isso comigo (risos).
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Léo Mancini |
BD: Thiago, uma polêmica para ti: muito se massacrou na imprensa sobre você em relação às suas declarações sobre a cena nacional, e depois disso, aquela do Metal Open Air, até sobre algumas declarações na época (aquele famoso “chupa” pelo Twitter), e até hoje, muitas pessoas tendem a levar isso para o lado pessoal e falar demais. Mas sabendo que tudo na vida possui dois lados, e vendo que você é um cara humano, do peito, irmão mesmo, é a sua vez de expor o que pensa sobre tudo isso, de esclarecer sem censura, de falar o seu lado nessa estória toda, um direito seu. O espaço é todo seu.
BD: Voltando, todos os veículos mencionam demais o show bem sucedido no Carioca Club em 29 de Março desse ano (ainda não me perdoei por não ter podido ir...), que foi um show ótimo, e ele foi gravado para virar um DVD ao vivo. Como está o andamento do DVD em si? Já existe uma data prevista para lançamento? E como foi ter o Russell Allen participando com vocês mais uma vez? E com a atual tecnologia do Blu-Ray disc, não seria uma opção a se pensar? E espero que tenham posto os clipes das músicas como bônus!!!
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Juninho Carelli |
BD: Ainda falando sobre o show, ele tem um caráter beneficente, já que objetivou reunir fundos e doações para a Casa Hope (www.casahope.org.br), que visa dar suporte às crianças com câncer, e nos parece que foi muito bem sucedido. Mas ao mesmo tempo, existem alguns fãs na vertente mais extrema que discordam de shows assim. Como encaram esta disputa entre pensamentos dentro do Metal?
BD: Vocês não só foram indicados, mas agora foram eternizados na “RockWalk”, a Calçada da Fama do Rock no Brasil. Qual a sensação em relação a serem indicados e agora se tornarem míticos dentro do Brasil? E não acreditam que mais e mais nomes dentro do Metal deveriam Sr indicados?
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Aquiles Priester |
BD: Essa é das boas: quando o Thiago esteve no RJ, participando do workshop com Russell, ficou no ar a promessa de um show em breve. Já há algo certo não só para o RJ, mas para outros estados do país? E tendo em vista que cada vez mais bandas estão alçando vôos em turnês pela América do Sul, seria esta uma possibilidade para vocês? Ah, sim: já receberam algum feedback de “Noturnall” de fora do Brasil que possa dar suporte à turnês no eixo Europa-EUA?
BD: Essa é a pergunta que guardei especialmente para o final: em 12/03/2014, precisamente no Dia das Mães, foi lançado o vídeo para “Woman in Chains”, uma versão para o velho TEARS FOR FEARS, com um belo dueto entre você e Maria Odette, a sua mãe (Nota: uma famosa cantora da MPB brasileira), com cenas de cada um de vocês com suas mães. E chegou a ser comovente demais, trouxe lágrimas aos olhos do velho aqui devido ao background dessa versão. Mas para vocês, como surgiu a idéia de fazer o clipe da música, sem ser apenas uma faixa no Soundcloud? E como foi que surgiu a idéia de colocarem imagens de vocês com suas mães e tudo mais? E em menos de 2 dias de lançamento, mais de 18 mil visualizações! É algo fantástico em termos de Brasil. Ah, sim: qual a sensação de ter pessoas tão especiais como elas no vídeo? E meus parabéns às mães de vocês, pois imagino o quanto todas sofreram da sociedade quando se fala que “meu filho é músico de Metal”.
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Noturnall no show de estréia |
BD: Ainda sobre “Woman in Chains”, ela tem chance de virar um Single físico, ou mesmo um bônus em algum futuro lançamento de vocês?
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No show em Sorocaba, cantando com Maria Odette "Woman in Chains" |
BD: Quero agradecer demais pela entrevista, parabenizar vocês por todo sucesso merecido de vocês, e o espaço é todo de vocês para suas considerações finais.