3 de out. de 2016

Godzorder: “O público já estar meio "cansado" da cena”


Ainda que estejam estabilizados como trio de forma temporária, o GODZORDER não para e as composições para o sucessor de “Obey” já estão nascendo, onde trarão ainda mais suas influencias e claro, suas características próprias, que já são bem perceptíveis em seu primeiro lançamento.

Nas linhas a seguir Marco (baterista) e Rafael (baixo/vocal) nos falam algumas novidades do vindouro disco, assim como os álbuns que os influenciaram, cena underground e muito mais, confira:

Sobre as novas composições do sucessor de “Obey”, o que podemos esperar?

Marco: Podem esperar músicas expressivas e com muita energia como sempre. As novas composições estão fluindo muito bem, várias ideias e abordagens diferentes.

Rafael: Tem muito material antigo ainda engavetado para trabalhar, estamos usando o que melhor se enquadra com a proposta da banda, mas nesse processo sempre acaba surgindo mais ideias novas. Chega até a ficar difícil administrar tudo, rs...


Teremos duas guitarras novamente ou ainda é cedo para falar?

Marco: Nossas ideias já vêm como duas guitarras, porém estamos fazendo as composições em trio, mas com certeza vamos atrás do quarto integrante da banda. Será muito importante para o conteúdo do futuro trabalho do Godzorder e esperamos realmente desta vez acertar na escolha.


A falta de shows é algo que vêm incomodando não só as bandas, mas também os produtores pequenos que movem o underground. Já que em muitos casos deixam de fazer seus eventos por falta de público ou local que aceite bandas autorais. Gostaria que comentassem a respeito.

Marco: Estamos passando por uma era de eventos e produções bem pobres por conta de dois fatores e isso envolve público, produtores, etc. Pelo menos em nossa cidade podemos afirmar que são poucos produtores que ainda fazem algo para as bandas autorais. Veio com a grande demanda de bares com proposta de bandas covers e acabou fechando um pouco as portas para as bandas autorais, mas ainda temos esperança que possa ser revertida essa história do underground.

Rafael: Isso envolve muita coisa, inclusive o fato do público já estar meio "cansado" da cena, até decepcionado com as bandas, eventos e casas de shows de rock/metal. Vejo uma falta de atrativos que chame a atenção do público, pois quase tudo que envolve e ambienta isso parece ter ficado no século passado, sei lá... Nada contra tradições, mas certas coisas precisam acompanhar a evolução.


Sem pensar muito, quais os discos que mais influenciaram o Godzorder. E quais influenciaram, mas vocês não escutam mais?

Marco: Os que mais me influenciaram foi o primeiro álbum do Fight – “War of Words”, Pantera – “Far Beyond Driven”, Metallica – “Black Album”. E os que ainda gosto, mas não escuto faz anos são os álbuns do Guns n Roses – “Appetite for Destruction”, Slayer – “Rening Blood” e Iron Maiden – “The X Factor”.

Rafael: Acho que a banda foi modelada pelos discos que o Marco citou, acrescentando o “Arise”, “Chaos A.D.” e “Roots” - Sepultura, “Burn My Eyes” e “The More Things Change” - Machine Head. Os que mais me influenciaram a tocar, mas não ouço mais seriam o “4 Of a Kind” e “Crossover” - DRI, “Rocket to Russia” e “Loco Live” - Ramones, “Beneath The Remains” - Sepultura (esse último, com certeza, foi o disco que mais ouvi na minha vida e que mais me influenciou! Foi a chave que abriu as portas do Heavy Metal para mim). E só para concluir, confesso que nunca literalmente deixei de ouvir esses trabalhos, e acredito que nunca o farei, pois ainda me dão muita inspiração.


Links Relacionados:



PANZER - Resistance (álbum)



2016
Nacional

Nota: 10,0/10,0


Músicas:

1. 96
2. The Price
3. Impunity
4. No Fear
5. No Scream in Vain
6. Alone
7. Attitude
8. Do It!
9. The Old and the Drugs for the Soul
10. The Resistance
11. You May Not Have Tomorrow
12. Actitud


Banda:


Sérgio Ogres - Vocais
André Pars - Guitarras, Baixo
Edson Graseffi - Bateria


Contatos:

Metal Media (Assessoria de Imprensa): http://www.metalmedia.com.br/panzer/


Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Parece que o ano de 2016 ficará marcado como um ano em que as bandas de Metal do Brasil lançaram grandes discos, tanto do lado mais ortodoxo quanto do lado mais vanguardista. Há espaço para todos, inclusive aqueles que gostam de ficar em um nicho entre as duas linhas de pensamento.

E nisso, podemos afirmar que o PANZER, quarteto paulista que transita entre o Thrash Metal e o Stoner Metal/Rock, é um mestre. E "Resistance" vem em boa hora, por vários motivos, nos lembrar quem eles são.

Antes de tudo, sabemos que a banda teve duas baixas em sua formação antes de gravarem o disco. Rapidamente, o grupo trouxe Sérgio Ogres para os vocais. Óbvio que isso alterou um pouco a dinâmica da banda, mas ao mesmo tempo, o estilo do PANZER não mudou muito. E em "Resistance", percebemos que a banda resgatou um pouco de seu passado, pois existem passagens no disco em que lembramos elementos de "The Strongest" (de 2001). Mas ao mesmo tempo, a musicalidade da banda continua indo para o futuro, apenas mais coesa e requintada.

Ou seja: as esteiras desse tanque de guerra ainda estão bem pesadas, e fortes suficientes para triturar pescoços incautos!

A qualidade sonora é surpreendente!

Sim, pois agora, aquele clima mais sujo e despojado presente em "Honor" cedeu espaço à uma qualidade requintada, clara e muito clara. Sim, a banda foi de um extremo ao outro, mas isso nos permite ver que a música do grupo assenta sob quaisquer condições, e é altamente adaptável, o que não é algo simples. Um trabalho ótimo de Henrique Baboom e André Pars (guitarrista do grupo, que gravou também todas as partes de baixo do disco).

A arte gráfica é bem simples. O PANZER nunca foi muito fã de superproduções nesse quesito, mas a arte de Edson Graseffi (baterista do grupo) por si só chama a atenção do ouvinte, e permite que todas as atenções se foquem apenas na música. Uma estratégia muito boa.

Vocais que vão dos urros extremos a momentos mais limpos e melodiosos, guitarras com riffs sólidos e solos melodiosos, baixo firme na marcação e uma bateria com bom nível técnico, mas muito peso e uma pegada bem orgânica. São os elementos que o PANZER usa para criar sua música, que são adornadas com bons arranjos e uma dinâmica de primeira entre o instrumental e as partes dos vocais.

Melhores momentos de um disco que nasceu devastador de pescoços e ouvidos:

"The Price" - Uma canção com um andamento com um Swing de primeira, com belo trabalho de baixo e bateria (percebam como os tempos se alternam muito bem), fora os vocais com uma linha mais "hardcorizada" de primeira. E nesse quesito, a banda ganhou diversidade, já que o uso de alguns vocais mais limpos muito bem sacados.

"Impunity" - Aquela força mais Stoner mais crua e azeda se faz presente nessa canção de andamento lento. Mas é interessante perceber o refrão com vocais limpos, fora a rifferama das guitarras (sim, elas estão em alta no disco todo).

"No Scream in Vain" - É uma faixa mais agressiva, mas recheada por um groove à moda antiga de primeira. É incrível ouvir como a bateria está realmente de primeira, fugindo de elementos modernos, firmando o pé em algo mais encorpado e requintado. Mas se notarem, durante o solo, não existe bases de guitarra por baixo, o que dá aquele mesmo tom "live" de antes, mas sem que a qualidade final seja perdida.

"Alone" - Outra vez a banda usa de uma pegada mais pesada e cadenciada no início, mas logo ganha um pouco mais de velocidade no refrão. Uma verdadeira exibição de riffs de primeira, fora os vocais estarem muito versáteis.

"Attitude" - Um toque de Hard Rock/Rock'n'Roll mais clássico aparece nesta canção, dando mais diversidade musical ao trabalho da banda. E é muito legal poder curtir o trabalho de baixo e bateria que está muito bom (as conduções nos bumbos duplos são ótimas, mas sem exagerar demais nesse recurso).

"Do It!" - A força do moderno e o groove clássico se fundem, gerando uma canção curta, bruta e ganchuda. E por ser mais curtinha, é onde os vocais dão uma aula de agressividade e impostação de voz.

"The Resistance" - A faixa-título sempre tem aquela carga de responsabilidade de ser um dos grandes momentos. E é claramente o que ouvimos. Aqui, a banda dá a clara impressão que esta canção poderia estar em "The Strongest" facilmente, sem perder a noção do quanto a banda evoluiu. Há momentos mais rápidos e pesados, outros com mais Swing, e outros mais lentos e hiper azedos. Mas a faixa é ótima do início ao fim.

"You May Not Have Tomorrow" - Aqui, a banda mostra um lado bem introspectivo e melancólico, com uma música levada apenas nos vocais e acordes limpos da guitarra. Mas isso é bom, pois se percebe que o PANZER está ganhando cada vez mais em termos de diversidade e influências.

"Actitud" - Aqui, temos aquela levada crua ganchuda, com tempos em velocidade mediana, inclusive mostrando um pouco de uma das influências primordiais do grupo: MOTORHEAD. Mas interessante é a letra em espanhol, que deve ser uma homenagem do grupo aos seus fãs argentinos (onde estiveram fazendo shows em 2014).

"Resistance" vem para colocar mais uma medalha no PANZER, que não desiste e não retrocede.

Outro disco que entra em um Top10 com facilidade!

DARKTOWER: liberado Single para "Destroy the House ov Ha'shem"


A banda carioca DARKTOWER acaba de liberar o lyric vídeo de "Destroy the House ov Ha'shem" em sua página oficial no Facebook.

Leia a declaração da banda:

"Eis que, após uma longa espera, o Dragão de Sitra Ahra, há tanto adormecido, vem à tona, através deste manifesto.

Resultado obtido através de alguns longos meses de enclausuramento, este registro demonstra a inteira devoção do DARKTOWER às Forças Primordiais.


Mixado por Nando Campos (AM Studios) e Masterizado por George Bokos ( Ex Rotting Christ, atual Stone Cold Dead) no GrindHouse Studio em Atenas, Grécia, e contando com a participação especial de F. Eregion (Unearthly), contemplem o primeiro single de "EIGHT SPEARS":



Fonte: DarkTower

THE VINTAGE CARAVAN: maturidade e profissionalismo em uma década (entrevista)


Por Erick Tedesco (Abraxas Produtora)


Em menos de uma década, o THE VINTAGE CARAVAN realiza uma extensa turnê pela América do Sul como banda sensação do stoner rock mundial. Vocês se consideram parte do que podemos chamar do primeiro escalão da atual cena roqueira?

Óskar – Sim, às vezes soa um pouco surreal, mas estamos nos divertindo bastante. O rock está definitivamente no auge, com muitas bandas levando o ofício à sério, de forma profissional. Espero que estejamos contribuindo para isso também!


Qual a diferença entre as apresentações na terra natal da banda, a Islândia, seja na cidade onde nasceram ou na capital, e os shows em grandes festivais e nestes primeiros no Brasil? Você acredita que atingir distantes plateias em tão pouco tempo de carreira agiliza a profissionalização e o amadurecimento da banda?

Óskar – Cada lugar tem sua peculiaridade e a Islândia é bastante interessante para shows de rock, com plateias calmas que geralmente não mostram uma reação para você saber se estão se entretendo . É uma maneira saudável de se envolver com o evento. E acredito, sim, que as turnês nos ajudam muito no processo de profissionalização. E, pessoalmente, as turnês me ajudam demais quando o assunto é maturidade.


O THE VINTAGE CARAVAN está promovendo “Arrival”, o terceiro álbum da carreira, e o único até agora lançado em versão brasileira via Voice Music. Depois de muitos shows da turnê do disco, como entende “Arrival”, é o tipo de música/sonoridade que vocês pretendem explorar ao menos nos próximos registros em estúdio?

Óskar – Estou orgulhoso de “Arrival”, é um álbum de sonoridade única, com um atmosfera interessante. Claro, somos bastante críticos perante nosso trabalho e também queremos inovar, então posso dizer que o próximo disco será diferente.


A respeito dos shows pelo Brasil nesta primeira turnê sulamericana, o que tem no setlist?

Óskar – O repertório desta inédita turnê contém músicas dos álbuns “Voyage” e “Arrival”. É um setlist animado!


Vocês três são jovens, no entanto, muitas das principais influências do THE VINTAGE CARAVANsão da década de 1970. Quais elementos daquele período da história da música os encanta tanto que vale a pena resgatar e transformar em algo novo, mas sem perder a famosa aura setentista?

Óskar – Este é o direcionamento musical que o THE VINTAGE CARAVAN busca desde o primeiro dia que nos reunimos e criamos a banda. As décadas de 1970 e 1960 de fato produziram muitas das mais interessantes e apaixonantes músicas, isso do meu ponto de vista. Desde muito novo sou fascinado pela musicalidade destas épocas, mas enquanto músico eu quero adicionar a energia e potência do rock e do metal dos dias de hoje.


Gosta dos termos “retro rock” ou “rock vintage” para descrever a sonoridade da banda?

Óskar – Podem nos rotular como quiser. Tocamos nosso próprio rock n' roll.


Parece que os videoclipes são importantes para a carreira do THE VINTAGE CARAVAN, estou certo? 

Óskar – (risos) nossos vídeos são realmente diferentes! Gostamos de produzi-los engraçados e mantê-los interessantes. Levamos muito à sério nossa música, mas não queremos que os vídeos sejam sérios.


A Islândia é para vocês, claro, a terra natal, mas para muitas pessoas no Brasil é, acima de tudo, um país muito distante e frio. Existem muitos artistas e bandas islandeses famosos, como Bjork, Of Monsters and Men, Sólstafir e especialmente Ólafur Arnalds, um gênio da música contemporânea do seu país. Conhece o trabalho dele? Você gosta de outros estilos musicais além do rock n' roll?

Óskar – Não tenho o hábito de escutar Ólafur Arnalds, mas gostei do que já escutei, é um talentoso músico e compositor. Ah sim, eu amo funk, blues, jazz, música disco, o pop anos 80, um poco de rap antigo e alguma coisa do pop contemporâneo, mas com moderação. 


PRÓXIMOS SHOWS: 

CÓRDOBA (Argentina)
DATA: 4 de outubro
HORÁRIO: a partir das 21 horas
LOCAL: Refugio Guernica
ENDEREÇO: Tillard 155, 5000


BUENOS AIRES (Argentina)
DATA: 5 de outubro
HORÁRIO: a partir das 20 horas
LOCAL: Uniclub
ENDEREÇO: Guardia Vieja, 3360


SÃO PAULO (São Paulo)
DATA: 8 de outubro
HORÁRIO: 21 horas
LOCAL: SESC Belenzinho
ENDEREÇO: Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho


RIO DE JANEIRO (Rio de Janeiro)
DATA: 9 de outubro
HORÁRIO: a partir das 20 horas
LOCAL: La Esquina
ENDEREÇO: Avenida Mem de Sá, 61, Lapa


FLORIANÓPOLIS (Santa Catarina)
DATA: 11 de outubro
HORÁRIO: às 23 horas
LOCAL: Célula Showcase
ENDEREÇO: Rua João Paulo, 75


THE VINTAGE CARAVAN NA INTERNET

Site oficial: thevintagecaravan.eu


A/C Erick Tedesco (Assessor de imprensa/Abraxas Produtora)
(19) 99616-2999 (cel e whatsapp)