Por Marcos “Big Daddy” Garcia
KING FEAR é um novo nome entre os maníacos por Black Metal no mundo inteiro, em parte devido à boa recepção que seu primeiro álbum, o sombrio e obscuro “Frostbite”, lançado ano passado, ter tido uma boa recepção por parte da imprensa especializada.
E como a Shinigami Records lançou a versão brasileira do álbum, tendo alguns grandes bônus, tivemos a oportunidade de entrevistá-los e falar sobre várias coisas.
MS: Antes de tudo, queremos agradecer muito pela entrevista, e vamos começar com uma pergunta bem clichê: por favor, nos conte um pouco sobre a história do KING FEAR, como se juntaram, e até chegar ao lançamento de “Frostbite". E o quais eram as bandas onde você sestavam antes do KING FEAR surgir?
Mål Dæth: Oi, Big Daddy, aqui é Mål, guitarrista e compsitor do KING FEAR.
Obrigado por nos entrevistar!
Somos uma banda de Black Metal de Hamburgo/Alemanha. O KING FEAR começou suas atividades em 2011, fundado por mim. Nosso vocalista, Nachtgarm, chegou um pouco depois. O baterista BoneInn era um músico contratado no início, mas logo se juntou a banda no início das gravações de "Frostbite". E claro que tocamos ou ainda tocamos em outras bandas antes. Bullbar, Eisenvater e Negator para citar alguns. Nachtgarm tembém foi vocalista do Dark Funeral e até chegou a excursionar no Brasil.
MS: Quando vimos a arte de “Frostbite” pela primeira vez, a coisa que mais chamou a atenção foi o uso de branco, cinza e azul na are, contrastando com a maioria das bandas de Black Metal que preferem tons de prento, branco e cinza escuro. Como tiveram esta idéia? É ela uma arte que expressa a alma da banda, ou tentaram quebrar algumas pré concepções com ela? Se existe um significado mais profundo, poderia nos dizer qual é?
Mål: Como você disse, o álbum é chamado "Frostbite", e então quisemos manter a capa a mais fria possível. As fotos que você vê no encarte Eu recebi de um amigo. No minuto em que as vi, , sabia que elas se ajustavam perfeitamente ao que queríamos. Ele tirou as fotos em Spitzbergen, um dos lugares mais inóspitos da terra. Se quis dizer por que a arte não é feita em tons de preto, branco e cinza escuro, em nossa visão, ela é ainda mais ameaçadora em tons de branco.
MS: E as letras? De onde vem a inspiração para elas? E tem algum significado mais profundo nelas que poderia nos dizer?
Mål: A parte lírica do KING FEAR tem sido sempre muito importante para nós. Para o trabalho de "Frostbite", fomos ainda mais longe e criamos um álbum conceitual. O conceito é baseado em "Conquest of the Useless" (NR: aparentemente, a referência é um livro de Herman Herzog) - o possessivo desejo da humanidade de atingir os picos das montanhas mais altas. Todas as canções seguem aquela linha de estória. De morte, frio extremo, tempestades até contos das mais inacreditáveis campanhas de conquista... Mitos de sobre deuses vivendo nas montanhas, ou no mal preso dentro da montanha... Este tópico oferece tudo que um disco de Black Metal precisa!
MS: Esta é para Natchgarm: você foi vocalista do Dark Funeral por algum tempo, mas nos parece que foi pouco após sua saída que o primeiro EP da banda, "King Fear", foi lançado. Isso é certo? Ou o KING FEAR estava trabalhando de uma forma paralela antes de você sair?
Mål: Como eu disse antes, Nachtgarm estava no Dark Funeral, mas o KING FEAR foi fundado antes dele se juntar a eles. Tudo que fizemos até então fizemos de forma paralela, porque nunca seria um problema para nós, já que nunca pretendemos sair excursionando.
MS: Me perdoem por tocar nesse assunto, mas muitas coisas foram ditas sobre a excursão brasileira do Dark Funeral de 2011, quando um monte de pessoas culparam você, Natchgarm, por todo o ocorrido na época. Mas o Metal Samsara acredita que você tem o direito a dizer algo sobre tudo aquilo, pata mostrar o seu lado na questão. O espaço é todo seu.
Mål: Desculpe, mas não sei de nada sobre aquilo... Enquanto eles estava excursionando, eu estava na Áustria e escrevi o "Frostbite".
MS: Voltando a falar sobre o KING FEAR, tanto o EP como “Frostbite” são mostras de Black Metal na linha da Second Wave, sendo cru, áspero e agressivo, mas também obscuro e mórbido. Mas ao mesmo tempo, eles possuem uma boa qualidade sonora, e o resultado final é muito bom. Acha que fãs mais ortodoxos podem dizer algo estranho sobre "Frostbite"? E a qualidade mais limpa foi algo espontâneo ou planejado desde o início?
Mål: Sim, claro que foi planejado! Quero dizer, tudo que fazemos é, de alguma forma, planejado. Quando criamos música, dificilmente fazemos sem ter uma visão. É preciso que saibam que não estamos mais nos anos 90. Não me entendam mal, ainda gosto do Black Metal dos anos 90, mas estamos em outro tempo agora. Nosso objetivo é de criar música negra, e para mantê-la real, nós a fazemos como NÓS fazemos agora, não como os outros fizeram antes.
Se algumas pessoas da Velha Escola não entenderam o que fazemos... OK, então eles devem comprar outro disco.
MS: Vocês são um trio, como você, Mål Dæth, tocando todas as guitarras e baixo no álbum, mas acreditamos que o KING FEAR é uma banda que toque ao vivo, que realmente gostaria de fazer alguns shows. Estamos ceros sobre isso? E se sim, um quaro membro se juntará ao KING FEAR? Ou algum músico contratado fará os shows, e a formação para gravações será a mesma?
Mål: Não, o KING FEAR não é uma banda que toca ao vivo, pelo menos até agora. Então, não temos que nos preocupar com isso.
MS: “Frostbite” recebeu muitas boas resenhas da imprensa especializada em Metal por todo o mundo, mas sabe dizer algo sobre a recepção dos fãs? Como as coisas estão se saindo com os fãs de Metal?
Mål: A mesma coisa de sempre: muitas pessoas parecem ter gostado de nosso novo material. Ainda estamos esperando por reações ruins. Como uma banda de Black Metal, é muito bom sermos odiados também (risos)...
MS: Aqui no Brasil, a Shinigami Records lançou uma versão para “Frostbite”, tendo o primeiro EP como um bônus para os fãs. Quais são suas impressões para essa versão? Quem sabe se um dia vocês não venham tocar para nós.... E por favor, esqueçam as coisas ruins, pois temos promoters honestos por aqui, trabalhando de forma séria para fazer os shows acontecerem aqui de formas boas tanto para o público quanto para as bandas.
Mål: Acho que é uma boa idéia para os fãs brasileiros. Mas os fãs mais extremos deveriam ter todas as versões com certeza.
Não tocamos ao vivo, mas quem sabe se o Brasil não nos faz mudar de idéia (risos).
MS: Agradecemos demais pela entrevista. Por favor, deixe sua mensagem para os fãs.
Mål: Obrigado pelo apoio! Longa Vida ao REI!
Gostaríamos de agradecer a Shinigami Records por tonar esta entrevista possível, bem como a Mål Dæth por sua cortesia e gentileza.
We would like to thank to Shinigami Records for making this interview possible, as well to Mål Dæth for his cortesy and kindness.
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