22 de abr. de 2013

Keep of Kalessin - Introspection (EP)

Indie Recordings - Importado
Nota 10/10

Por Marcos Garcia

Bem, após um bom tempo de silêncio, eis que o agora trio KEEP OF KALESSIN chega com mais um lançamento, um EP de três faixas, 'Introspection', via Indie Recordings.

Muitos devem estar se perguntando como a banda se apresenta agora, com Obsidian assumindo os vocais. A resposta é simples: quem conhece bem a banda sabe que o KEEP OF KALESSIN não decepciona.

As guitarras continuam como sempre, bem trabalhadas e brutais ao mesmo tempo, sem abrir mão de preciosas melodias, que mostram que Obsidian Claw é um dos melhores guitarristas do Metal extremo. Os vocais estão muito bons, mas tendem a melhorar mais no futuro, o baixo de Wizziac continua técnico, rápido e sempre trovejando, ao passo que as baquetas de Vyl estão mais técnicas que antes, associando à velocidade e pegada pesada de antes. Ou seja, o grupo deu mais um passo em sua constante evolução sonora.

A produção sonora está clarísma e pesada na medida certa, sem privilegiar nenhum instrumento em especial, mantendo a banda coesa e agressiva. A capa, mais um belo trabalho de Marcelo Vasco, ressalta este período em que a banda se encontra, rumando a novos horizontes, mas sem nunca abrir mão de sua identidade.

As três faixas são ótimas. A belíssima 'Introspection', introduzida por teclados muito bem postados, antes de mostrar um trabalho musical que remete diretamente ao que ouvimos em 'Reptile', mas ao mesmo tempo, se percebe que a banda está um pouco mais agressiva que antes, mais seca, e os vocais oscilam entre rasgados muito bons e momentos mais amenos e melodiosos, uma das marcas registradas do grupo, com ótimos riffs de guitarra e um solo muito bom e quase virtuoso, baixo muito evidente, e uma bateria muito bem tocada. Em 'Flight of the Hatchling', uma ótima instrumental, bem veloz e furiosa, mas muito técnica, onde toda a técnica de Obsidian fica bem à mostra, especialmente nos solos de guitarra. E temos, fechando o EP, um remake de 'The Dragontower', que ficou mais agressiva e intensa que a versão anterior, pois a bateria está bem mais acelerada, e os vocais ganharam mais rispidez.

Seja bem vindo de volta, KEEP OF KALESSIN, e continuem mostrando que ainda tem muita lenha para queimar.


Tracklist:

01. Introspection
02. Flight of the Hatchling
03. The Dragontower (Extreme Version)


Formação:

Obsidian Claw - Vocais, guitarras, teclados
Wizziac - Baixo
Vyl - Bateria



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Grave Desecrator - Sign of Doom (CD)

Ketzer Records - Nacional
Nota 9

Por Marcos Garcia

O movimento da Old School brasileiro há muito tempo tem revelado ótimo nomes, que por sua vez, acabam se tornando relevantes na cena mundial, graças a expressão que o estilo ganhou, bem como pelas excursões de nossas bandas pelas terras gringas, ao ponto de virarem referência. O BLOOD TSUNAMI, da Noruega, que o diga, quando o nome em questão é o do GRAVE DESECRATOR, veterano quarteto carioca de Black Metal. E 'Sign of Doom', seu primeiro trabalho, de 2008, é a prova de que estamos muito bem servidos de ótimas referências.

O som deste quarteto insano é um Black-Thrash Old School de trincar os dentes de tão agressivo, sem firulas e disposto a manter sua posição e convicções musicais, doa a quem doer, com vocais cavernosos, riffs de guitarras insanos e velozes, com solos de arrepiar defuntos, baixo e bateria que primam por gerar uma massa sonora absurdamente pesada e bruta. Resultado: um trabalho extremamente cru, que sangra em energia e foge do datado, apesar da referência Old School.

A produção sonora da banda é intensa e bruta, com aquela sonoridade 'esfumaçada' essencial ao estilo, e tendo as mãos de Leonardo Pagani (conhecido produtor na cena carioca) e a masterização de Andy Classen, obviamente o trabalho ganharia peso e coesão abusivamente excessivos. A produção visual, apesar de bem simples, ficou ótima e em consonância com o que podemos ouvir no CD.

Em termos de música, o CD é muito bom, com músicas bem niveladas e sem grande técnica, pois como dito acima, o quarteto prefere focar seu trabalho no conjunto da obra, e não em virtuosismos.

O CD se nivela muito bem, mas temos destaques na rápida e bruta 'Sign of Doom', com seu jeitão Old CELTIC FROST, e solos bem legais; a veloz 'Revelations (of the Beast)', com bons andamentos e aqueles vocais 'from the depths' se destacando bastante; a ótima 'Faces of Apocalyptic Battle', com suas mudanças de andamento bem empolgantes; a igualmente empolgante 'Christ's Blood', com bom trabalho de bateria; 'Carnal Obssession', que começa bem veloz, e depois ganha cadência e peso, mais um solo doentio, antes de voltar ao quebra-quebra; a peso-pesado 'Cursed Mass'; e a mais cadenciada e avassaladora 'Holocaust', um verdadeiro monumento a pescoços doloridos.

É óbvio que já houveram mudanças de lá para cá, pois Adramelek (baterista) já não está mais na banda, mas a pegada não mudou muito, e eles continuam a mesma banda de sempre, ainda bem.

Um belo disco, que mostra uma banda muito boa, que merece a ouvida e o investimento.



Tracklist:
01. Sign of Doom
02. Revelations (of the Beast)
03. Faces of Apocalyptic Battle
04. Christ's Blood
05. Carnal Obssession
06. Midnight Sinner
07. Rise to Destruction
08. Cursed Mass
09. Holocaust
10. Devil's Revenge


Formação:

Butcherazor - Vocais, guitarras
Black Sin and Damnation - Guitarra
Valak The Necrogoat - Baixo
Adrameleck - Bateria




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METAL MEDIA (22/04/2013): OrckOut, Woslom, Shadows Legacy, Zombie Cookbook, Panzer



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OrckOut: Álbum completo disponível para audição e download


O ORCKOUT disponibilizou todas as musicas de seu último CD ‘[D]Generation’ em seu canal oficial no Reverbnation.

Lançado no início de 2012, ‘[D]Generation’ rendeu grandes frutos para o quarteto paulista, citações como “Uma banda fantástica” pelo site Heavy Metal Brasil e “O futuro parece promissor!” pelo site italiano Heavy-Metal.it motivam o ORCKOUT a seguir na batalha.


Para ouvir e baixar o álbum completo visite um dos links:

Paralelamente a banda continua nos preparativos para seu novo álbum, terceiro da carreira.

Sites relacionados:


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Woslom: Tocando Mad Dragzter?


Isso mesmo! A faixa bônus do novo disco do WOSLOM será uma cover para a música ‘Breakdown’ da banda paulista de Thrash Metal MAD DRAGZTER!

“Essa é a nossa forma de homenagear mais uma grande banda da cena, o Mad Dragzter foi uma banda que nos influenciou muito desde o início” comenta o guitarrista Rafael Iak. “Nós procuramos não fazer um cover fiel da música, mas sim fazer a nossa versão, com a cara do WOSLOM, particularmente eu achei essa versão de Breakdown matadora” complementa o batera Fernando Oster. A música ‘Breakdown’ é a faixa de abertura do primeiro disco do Mad Dragzter, o clássico nacional ‘Strong Mind’ de 2003.


Esta não é a primeira vez que o WOSLOM homenageia bandas do nosso underground. O grupo já lançou vídeos tocando covers das bandas ANCESTTRAL e RED FRONT. Sua maneira de unir e reforçar o cenário brasileiro.

O álbum ‘Evolustruction’ foi gravado em São Caetano do Sul/SP no Studio Acustica com supervisão do engenheiro de som Danilo Pozzani A capa ficou a cargo do artista João Duarte.

O lançamento será no dia 03 de Junho, confira o teaser:


Confira, enfim, as nove faixas que farão parte de ‘Evolustruction’:

Evolustruction
Haunted by the Past
Pray to Kill
River of Souls
No Last Chance
New Faith
Breathless (Justice’s Fall)
Purgatory
Breakdown

Contato para shows e merchandise: woslom@woslom.com

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Shadows Legacy: Capa do novo disco é revelada


Próximo do lançamento do aguardado ‘You’re Going Straight To Hell’, o SHADOWS LEGACY apresenta a capa do trabalho.

A arte foi desenvolvida pelo artista Leonardo Amorim.



Recentemente a banda anunciou a participação especial do ex IRON MAIDEN, Blaze Bayley. O vocalista britânico figura na música ‘Hate Within’.

As gravações de ‘You’re Going Straight To Hell’ foram feitas no estúdio Anúbis, com o produtor Aldo Carmine, conhecido pelo trabalho com a banda de Symphonic Metal, Rhevan.

Agora o grupo procura parceiros para o lançamento do trabalho. Selos e distros interessados na parceria podem entrar em contato com a banda pelo e-mail: leandro.a.motta@hotmail.com

Vale lembrar que a banda disponibilizou sua Demo ‘The Sky is Falling Down’ para download gratuito pelo link:


Contato para shows e merchandise: leandro.a.motta@hotmail.com

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Zombie Cookbook: Gravando música em italiano!


Chega um ponto na vida (na morte) de um zumbi em que vociferar palavras desconexas em guturais podres apenas em inglês fica enfadonho. Aconteceu isso com o ZOMBIE COOKBOOK…

Para mudar um pouco o cardápio, a banda está preparando uma música em italiano, que fará parte do novo Split a ser lançado ao lado da banda Offal.

O título da música é ‘Eredità Maledetta’ (‘Herança Maldita’, em Português do Brasil). A letra é uma homenagem aos diretores italianos de horror.

O guitarrista Horace Bones, responsável pela composição da música e da letra, explica melhor sobre o trabalho:

“Esta letra é uma homenagem aos diretores italianos, ela foi inspirada no filme ‘The Beyond’ (‘L’aldilla’, título original) do diretor Lucio Fulci.

Ela fala de um hotel que foi deixado como herança, e ele é um portal para o inferno. E uma vez aberto vai consumir o nosso mundo. Resolvemos passar a letra para o italiano até para tentar resgatar aquele clima sufocante e perturbador dos anos 70 e 80.”

O responsável pela tradução e revisão da letra foi um ser vivo, amigo do grupo, Glauco Paludo Gazoni.

Lembrando que o grupo acaba de disponibilizar um novo lote de camisetas oficiais para venda, que podem ser adquiridas diretamente pelo email: contato@zombiecookbook.com.br

Ouça uma música:



Contato para shows e merchandise: contato@zombiecookbook.com.br

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Panzer: Em vídeo convidando público para o Panzer Fest


Aproximando-se da primeira edição do PANZER FEST, as bandas participantes do evento criaram algumas vídeo-chamadas para o festival. A primeira a enviar seu convite é o PANZER.


O evento acontecerá no dia 15 de junho na casa de shows Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82), com a bilheteria abrindo as 18h00 e o primeiro show marcado para exatamente as 20h00.

Confira um pouco sobre as bandas que estarão no evento:

PANZER: Surgido no começo dos anos 90, hoje contabilizando 22 anos de carreira, a banda é considerada uma das principais nacionais de Thrash Metal da década de 90, contando com uma vasta discografia, a banda retomou as atividades em 2012 com o single Rising e o aclamado EP ‘Brazilian Threat’.

NERVOCHAOS: É atualmente um dos maiores nomes do Heavy Metal no Brasil. A banda tem em sua discografia cinco discos de estúdio, um ao vivo e prepara o primeiro DVD, gravado na Europa. Em processo de expansão mundial, a banda tem em sua carreira turnês pela América do Norte, América do Sul, Ásia e Europa.

WOSLOM: Com o lançamento de seu debut ‘Time To Rise’, o grupo paulista se tornou um dos nomes mais queridos dos headbangers brasileiros, com shows extremamente energéticos levando a banda para as terras europeias durante turnê em 2012. A trupe se prepara para lançar o próximo disco, ‘Evolustruction’, e terá no PANZER FEST uma das primeiras oportunidades de apresentar o novo material ao vivo.

FORKA: Existente há 10 anos, a banda acumula três álbuns Feel Your Suicide (2006), Enough (2010) e o mais recente, Black Ocean, lançado em 2013. Com 12 faixas, o novo disco traz uma sonoridade agressiva, mas com a maturidade adquirida com os anos de experiência.

COMMAND6: Com pouco mais de quatro anos, a banda paulistana acaba de lançar o segundo disco, intitulado “Black Flag”. O álbum pode ser baixado no site oficial da banda (www.command6.com.br).

SERVIÇO:

Panzer Fest
Cine Joia – Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade – www.cinejoia.tv
Sábado, 15 de junho
Abertura da bilheteria: 18h
Abertura da casa: 19h
Horário previsto do primeiro show: 20h
Horário previsto do último show: 0h40
Bandas: Panzer, NervoChaos, Woslom, Command6 e Forka
Valores: R$ 25,00 (preço único)

Locais de venda de ingressos:

- www.facebook.com/cinejoia na aba “Compre seu Ingresso” e www.cinejoia.tv/ingressos

- Cine Joia: Praça Carlos Gomes, 82 (segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h, e durante o final de semana, a bilheteria só abre em dia de show, 1h antes da abertura oficial da casa).

- Loja X5: Rua Teodoro Sampaio, 825 – Pinheiros- fone: (11) 3060-6100



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Veuliah - Chaotic Genesis (CD)

 MS Metal Records - Nacional
Nota 9

Por Marcos Garcia

O Metal extremo possui fronteiras bem amplas, capaz de gerar bandas interessantes, mesmo quando algumas vezes os estilos parecem estar desgastados ou abarrotados de bons nomes. E eis que fazendo um Dark Metal de primeira, surge o sexteto de Salvador (BA) VEULIAH, botando as portas abaixo com seu segundo Full Length, 'Chaotic Genesis', que a MS Metal Records acaba de disponibilizar.

Bem trabalhado, agressivo e com boas melodias aqui e ali, dando um tempero especial ao trabalho do grupo, que usa e abusa de vocais mais sujos e outros limpos e quase operísticos, riffs e solos de guitarra perfeitos, teclados muito bem colocados e compostos, base baixo-bateria pesada e técnica, e cada um desses elementos se equilibra e forma o trabalho deste sexteto ótimo. E por falar nisso, temos dois ex-membros do MALEFACTOR aqui, o que justifica a qualidade musical do sexteto, bem como sua riqueza musical.

Produzido por Julio Gouvêa (guitarrista do grupo), e tendo mixagem e masterização das mãos de Jera Cravo, a sonoridade que chega aos ouvidos é bem ríspida e bruta, mas ao mesmo tempo requintada e com qualidade muito boa, sem tirar a agressividade e experimentalismo do grupo, já que sua música é bem rica. A arte é bem rica e diversificada, algo que expressa bem a essência da música do grupo.

E quando o CD começa a tocar, vemos que o grupo sabe fazer música de alto nível, usando não só da experiência de seus músicos, mas de uma diversidade musical bem ampla, em uma música pesada, agressiva e muito rica. 

Destaques???

A ótima e soturna 'Chaotic Genesis', que tem um clima épico e mais refreado, com ótima combinação de riffs pesados e ganchudos, solos bem feitos e teclados climáticos e soturnos, antes de ganhar mais agressividade e uma diversidade vocal ótima; a empolgante e agressiva 'Momentum', com guitarras ótimas e mais uma vez os teclados dão um toque de classe à canção; a igualmente empolgante e bem trabalhada 'United Solitude', com belíssimos momentos vocais, bons solos e cozinha hiper-afiada e pesada; a técnica e bruta 'Dark Heart'; a cheia de mudanças de andamento 'The Edge', onde melodias à lá MAIDEN surgem com força; e a mezzo Dark, mezzo Metal Tradicional 'Resurrection'.

Mais um grande nome da BA para o Brasil, e depois, o mundo, tenham certeza.




Tracklist:

01. Chaotic Genesis
02. Momentum
03. United Solitudes
04. Just to be Denied…
05. Dark Heart
06. Lost by Time
07. The Edge
08. Resurrection


Formação:

Fabio Gouvêa - Vocais
Julio Gouvêa - Guitarras
Ricardo Sanct - Guitarras
Márcio Medeiros - Baixo
Luciano Veiga - Baixo
Ricardo Agatte - Bateria
Thiago Nogueira - Bateria (estúdio)



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Scelerata - The Sniper (CD)


Voice Music - Nacional
Nota 9

Por Marcos Garcia

Definitivamente, o Brasil em um número de bandas ótimas que cresce dia após dia, com trabalhos muito bons surgindo toda hora no mercado, e fica muito difícil de acompanhar tanta coisa boa, mas vez por outra a audição de uma banda nos concede a percepção de como a coisa anda boa por aqui, de Norte a Sul. E um nome muito bom é o SCELERATA, quinteto gaúcho que faz um Power Metal com muito peso e energia, e que chega com seu terceiro CD, o ótimo 'The Sniper'.

Ao contrário de muitas bandas do estilo que adoram meter o pé embaixo no acelerador, o SCELERATA prefere algo mais pesado e vibrante, especialmente no tocante às guitarras, com riffs bem trabalhados e pesados. Vocais que sabem usar bastante os timbres mais graves de voz (embora quando use tons mais altos, seja igualmente muito bom), baixo e bateria técnicos, mas coesos, mantendo o peso sempre. Óbvio que esta fórmula já foi usada em outros trabalhos, mas mesmo assim, o resultado neste trabalho é muito bom.

O trabalho de produção do Papa Charlie Bauerfeind (que também fez a mixagem e masterização) e Renato Osório (co-produtor) ficou em um nível bem elevado, no mesmo daquele que encontramos no exterior, mantendo peso e limpeza nas mesmas doses, encorpando o trabalho e mantendo o trabalho sempre ótimo. A arte, feita por Alberto Quirantes, é fabulosa e bonita, que já aclimata bem o ouvinte para o conteúdo musical do disco.

E que disco!!!!

Esses gaúchos não estão nem aí para serem os mais velozes ou técnicos, pois mesmo usando desses expedientes, eles preferem dar mais enfoque ao peso e vibração. E por isso temos destaques óbvios na abre-alas 'Rising Sun', uma típica música de Power Metal, rápida e energética, mas que tem um peso e elegância muito grandes, graças ao trabalho da base baixo-bateria, além da participação especial de Paul Di'Anno; a pancada pesada e empolgante de 'In My Blood', com ótimos riffs de guitarra e vocais muito bons, e um refrão bem ganchudo, mais uma vez com Paul Di'Anno participando; a mezzo Power, mezzo Hard 'Breaking the Chains', que de tão empolgante é capaz de erguer defuntos de seus túmulos; a técnica e não tão veloz 'Unmasking Lies', com um belíssimo refrão; a bela 'Must Be Dreaming', uma linda balada com a participação de Andi Deris; a rápida e empolgante 'Till the Day We Die', com belos arranjos vocais; e a grandiosa 'The Sniper'.

Lançado no final do ano passado, é mais um ótimo CD da cena brasileira, e que merece chegar em outros países, e conquistá-los.



Tracklist:

01. Rising Sun
02. In My Blood
03. Road to Death
04. Breaking the Chains
05. Unmasking Lies
06. Must Be Dreaming
07. Drowned in Madness
08. Welcome Home
09. 'Til the Day We Die
10. Money Painted Red
11. The Sniper


Formação:

Fabio Juan - Vocais
Magnus Wichmann - Guitarras
Renato Osório - Guitarras
Gustavo Strapazon - Baixo
Francis Cassol -  Bateria



Contatos:

Dynahead - Chordata I

MS Metal Records - Nacional
Nota 10


Por Marcos Garcia

Alguns trabalhos, musicalmente falando, são tão inovadores que são capazes de desafiar até mesmo o mais eclético ouvinte, uma vez que é sempre difícil de analisar certos discos. E o DYNAHEAD, grupo oriundo de Brasília, resolveram desafiar de vez os mais ecléticos bangers com o belíssimo quebra-cabeças chamado 'Chordata I', que a MS Metal Records acaba de lançar.

Podemos dizer que, guardada certas proporções, 'Chordata I' é como 'Into the Pandemonium' ou 'Wildhoney' em termos de versatilidade, com um trabalho musical tão amplo que torna cada momento da audição uma surpresa, pois temos momentos violentos e brutos contrastando com outros quase jazzísticos e progressivos sem o mínimo pudor, e alguns inserts de música brasileira aqui e ali, mas sem ser algo fora de contexto ou mesmo cansativo, muito pelo contrário: o quarteto se renova a cada momento.

A produção sonora, mixagem e masterização nas mãos de Caio Duarte, temos uma gravação extremamente limpa, já que nos momentos mais amenos e calmos, tudo fica muito audível e claro, mas nos momentos mais brutais, tome peso e brutalidade coesas, sem que nenhum instrumento seja inaudível em momento algum. A arte é chamativa e foge dos padrões do Metal, com uma bela embalagem Digipack ostentando uma gravura belíssima criada por Chris Panatier.

Mas quando o CD começa a rolar, se preparem, pois a viagem é garantida. O CD se nivela por cima, sem oscilações de qualidade, mantendo pegada, peso e beleza, sem enjoar o ouvinte.

Óbvio que por ser um disco que desafia o ouvinte, cada audição proporciona algo diferente em termos de sentimentos, e descobertas surgem ao ouvir o CD diversas vezes, mas podemos destacar a belíssima 'Abiogenesis', que tem um trabalho vocal ótimo, unidos à guitarras bem diversificadas; a mais energética 'Bred Patterns', que começa bruta, para então ceder lugar à vocais amenos e guitarras quase limpas, para então virar um apocalipse de vocais urrados, bateria técnica e tempos extremamente quebrados; a mais bruta e cheia de variações 'Collective Skin', com boas variações para momentos mais progressivos; a bela 'Echoes of the Waves', que é mais "slow motion" e se foca no dueto entre voz e piano, numa composição mais sentimental, mas longe de ser açucarada; a ganchuda e extremamente progressiva 'Foster'; a maravilhosa 'Growing in Veins'; e 'Hallowed Engine', com inserts de Samba muito bem feitos. E nem parece que o baterista Deth Santos não participou das gravações (estava com problemas pessoais), e que Caio Duarte (vocalista, e que também toca teclados no CD) fez tudo.

Revolucionário, e após algumas audições e resolver o enigma "decifra-me ou te devoro", será considerado por muitos como um dos melhores CDs de 2013, com toda certeza. 

E que venha logo a parte II desta obra conceitual.





Tracklist:

01. Abiogenesis
02. Bred Patterns
03. Collective Skin
04. Dawn Mirrored in Me
05. Echoes of the Waves
06. Foster
07. Growing in Veins
08. Hallowed Engine
09. Inevitable


Formação:

Caio Duarte - Vocais, bateria, teclados
Diego Teixeira - Baixo
Diogo Mafra - Guitarras
Pablo Vilela - Guitarras
Jorge Macarrão - Percussão (convidado)


Contatos: