10 de nov. de 2016

HIBRIA - XX (EP)



2016
Nacional


Tracklist:

1. Leading Lady
2. Music
3. Fool’s Paradise
4. Silent Revenge (ao vivo)
5. Lonely Fight (ao vivo)
6. Tightrope (ao vivo)
7. Tiger Punch (ao vivo) 


Banda:


Iuri Sanson - Vocais
Abel Camargo - Guitarras
Renato Osório - Guitarras
Ivan Beck - Baixo
Eduardo Baldo - Bateria


Contatos:

http://www.metalmedia.com.br/hibria/ (Assessoria de Imprensa)


Nota: 

Originalidade: 9
Composição: 10
Produção: 10

10/10

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Sinceramente: o HIBRIA não erra, não?

Confesso que passei a conhecer mais da banda e sua discografia em 2013, da época de “Silent Revenge”, vi shows da banda, e parecem ser tão meticulosos de uma forma que somente os vencedores conseguem ser. E pouco depois de um ano desde “Hibria”, eles estão de volta com o EP “XX”, que a Urubuz Records colocou no mercado nacional.

E mais uma vez eles acertaram na mão!

A banda continua com aquele mesmo Power Metal melodioso e técnico que estamos acostumados, mas misturaram um pouco da elegância e acessibilidade musical de “Hibria” com o peso agressivo e moderno de “Silent Revenge”. E é sensacional, algo maravilhoso para os ouvidos. Os vocais de Iuri continuam excelentes, sabendo usar muito bem os timbres graves e altos de sua voz, sem incomodar nossos ouvidos; a dupla de guitarras de Abel e Renato está excelente como sempre, com riffs fantásticos e solos bem técnicos, mas sem perder a melodia; e a cozinha que voltou um pouco diferente, já que ao lado de Eduardo (bateria), agora está Ivan Beck no baixo, mas pelo que os dois estão fazendo em “XX”, se percebe que o entrosamento eles é de alto nível.

Produzido por Renato Osório (guitarrista do grupo), e tendo mixagem e masterização do ex-baixista Benhur Lima, não é de estranhar que a qualidade sonora seja perfeita. Eles souberam dar aquele toque de peso e força tão necessário ao EP, mas sem que soasse sujo demais. É agressivo e pesado, mas com bom gosto enorme.

Em termos de arte gráfica, eles optaram por uma apresentação um pouco mais simples do que o usual da banda, mas que ficou ótimo. Nem mesmo na simplicidade, eles deixam sua busca pela perfeição de lado. E Tiago Masseti soube dar corpo ao que a banda quis. E um detalhe especial: tudo isso em uma embalagem Digipack de primeira (se bem que nisso, a Urubuz Records sempre faz um trabalho de primeira).

Sendo direto: a fórmula usada pela banda em “XX” não é inédita, pois é a junção de 3 músicas novas, e mais 4 gravadas ao vivo no Teatro do CIEE in Porto Alegre (RS), e mesmo nelas, a qualidade de gravação está ótima. Mesmo porque o HIBRIA já é um veterano extremamente calejado, e sabe o que deseja de sua música.

Melhores momentos:

“Leading Lady” – O grupo abre a canção com guitarras à lá LED ZEPPELIN, e a canção tem uma estrutura harmônica que mixa o peso forte e melodioso de seus últimos trabalhos, bom nível técnico, um refrão ótimo, e um toque refinado de modernidade muito bom (especialmente pelos timbres bem sacados das guitarras). Destaque para o trabalho de baixo e bateria, que está de primeira. É hit certo!

“Music” – A entrada é um show pessoal da bateria, e surge uma canção bem acessível, com uma boa dose de peso modernoso no refrão (mais uma vez, entra nos ouvidos e não sai mais). E é incrível ver como os vocais estão ótimos, conduzindo muito bem a canção como um todo, e menção muito honrosa para as guitarras.

“Fool’s Paradise” – Reparem como os timbres escolhidos para as guitarras são bem pesados, só que mais soa mais orgânico, agressivo e vibrante. E são justamente elas que guiam a música, com riffs bem trabalhados e inteligentes. Ela lembra bastante o que se ouve no “Silent Revenge”, mas com um cuidado estético maior em termos de arranjos e a produção deu um brilho especial à ela. E ainda temos a participação de Benhur nos teclados, dando aquele toque à mais de classe e melodia.

No mais, quem conhece o trabalho do quinteto ao vivo sabe como “Silent Revenge” (com uma participação muito especial de André Meyer, do DISTRAUGHT, nos vocais), “Lonely Fight”, e os hits “Tightrope” (uma das mais brilhantes músicas da banda) e “Tiger Punch” (esta com participações especiais de Diego Kasper nas guitarras e Marco Panichi no baixo, dois ex-membros do quinteto) são músicas de primeira. E se percebe que a energia do HIBRIA ao vivo é algo insano.

No mais, “XX” deixa aquele gostinho de “quero mais” em todos nós. 

E isso só aumenta a vontade que o próximo disco venha logo!