4 de jun. de 2016

THE RESISTANCE - COUP DE GRACE (Álbum)


2016
Shinigami Records
Nacional

Nota: 8,0/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Músicas:

1. Death March
2. I Welcome Death
3. Smallest Creep
4. Violator
5. Felony
6. Death Blow
7. Resolution
8. World Order
9. Enslavement
10. Art of Murder
11. For the Venom
12. The Drowning
13. As It All Came Down


Banda:

Marco Aro - Vocais
Glenn Ljungström - Guitarras
Jasper Strömblad - Guitarras
Robert Hakemo - Baixo
Christofer Barkensjö - Bateria


Contatos:



Resenha: A Suécia é uma fábrica de bandas de Metal, com uma tradição enraizada no final dos anos 70 e início dos 80. Mas é a partir dos anos 90 que a popularidade de sua cena cresce absurdamente. Tudo graças ao Death Metal brutal e cru de bandas como ENTOMBED e DISMEMBER, ao Death Metal melódico de Gotemburgo com AT THE GATES, IN FLAMES e DARK TRANQUILLITY, e nomes mais melodiosos como HAMMERFALL.

E nunca foi difícil ver o pessoal das bandas criando projetos paralelos, e o THE RESISTANCE é um desses. E que a Shinigami Records coloca no mercado nacional com "Coup De Grace", seu segundo e último disco.

A banda, apesar de ter integrantes (ou ex-integrantes) de instituições como IN FLAMES, SOILWORK e THE HAUNTED, prima por fazer o que chamamos de Swedish Death Metal, ou seja, aquele mesmo Death Metal tradicional que surgiu no país entre o final dos anos 80 e início dos anos 90. Só que a experiência e fluência de cada um deles em seus instrumentos é o que torna trabalho sonoro do quinteto diferenciado. Podemos dizer que é algo bruto e agressivo, mas requintado, bem feito.

The Resistance
Em termos de produção sonora, não se pode reclamar. "Coup de Grace" tem uma sonoridade intensa e impactante, pois o trabalho de da banda e Jocke "The Wizard" Skog (sendo que este ainda fez a engenharia sonora, a mixagem e a masterização do diso) é muito boa. A sonoridade tem aquele mesmo impacto brutal de discos dos anos 90, com a diferença que a mesma flui de forma clara e moderna pelos falantes. Sim, é bruto, mas claro aos ouvidos.

No que tange à arte, o trabalho de Michaela Barkensjö (da SINNER ARTS) ficou de primeira, dano um aspecto bruto e sinistro à capa, e com um layout bem acabado.

Bruto, ríspido, com a dose certa de sujeira, "Coup De Grace" é um disco empolgante justamente por ter a fusão da brutalidade do passado com a sonoridade mais moderna e a personalidade musical de cada um dos seus integrantes. E mesmo em certa simplicidade musical, a banda é capaz de criar arranjos grudentos que não saem da cabeça. É um convite ao headbanging que termina em torcicolos diários.

Embora o disco seja ótimo do início ao fim, os melhores momentos estão na bruta e tradicional "I Welcome Death " (que mostra um trabalho de primeira de baixo e bateria, que mesmo na simplicidade, mostra uns arranjos minimalistas ótimos vez por outra), o dinamismo esporrento apresentado em "Violator" (com um andamento não muito rápido, e a canção mostra vocais ásperos de primeira, fora os ótimos double bass da bateria), a pancada mais voltada ao lado tradicional do Death Metal que ouve-se em "Felony" (realmente, os riffs de guitarra da banda são de primeira!), a explosiva cadência brutal de "Death Blow" (uma canção muito empolgante, mais uma vez com um trabalho de primeira dos vocais e das guitarras), aquelas levadas grudentas em meio tempo o quinteto apresenta em "Art of Murder" (aquela herança do HC que o Metal extremo carrega, e aqui, baixo e bateria mostram uma base rítmica intensa e muito pesada) e em "The Drowning".

Uma pena que o THE RESISTANCE encerrou as atividades, mas o legado deixado pela banda em "Coup De Grace" é eterno.