21 de jun. de 2017

DYING FETUS - Wrong One to Fuck With (Álbum)


2017
Importado

Nota: 9,3/10,0

Tracklist:

1. Fixated on Devastation
2. Panic Amongst the Herd
3. Die with Integrity
4. Reveling in the Abyss
5. Seething with Disdain
6. Ideological Subjugation
7. Weaken the Structure
8. Fallacy
9. Unmitigated Detestation
10. Wrong One to Fuck With
11. Induce Terror (faixa bônus)


Banda:


John Gallagher - Vocais, guitarras
Sean Beasley - Baixo, vocais
Trey Williams - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Existem bandas que causam furor quando lançam discos novos, e em todos os estilos de Metal. E dentro do Technical Death Metal, poucos nomes conseguem causar tanta euforia como o do trio DYING FETUS, de Baltimore, Maryland (USA). Esses veteranos sempre se superam em termos de técnica e podreira, e não é de “Wrong One to Fuck With” seja tão bruto e esporrento!

Técnico e exacerbadamente agressivo, o trabalho do trio está fantástico, insano e envolvente. O estilo da banda é o mesmo de sempre, apenas com um enfoque ainda mais técnico (se repararem bem na técnica de baixo e bateria da banda, verão que é algo absurdo), com uma produção bem feita que nos permite perceber o capricho com o qual a banda trabalha em suas composições. Pode ser esporrento como o inferno, mas o trio mostra inteligência em sua abordagem musical.

Trocando em miúdos: “Wrong One to Fuck With” merece, e muito, o nome que tem!

A produção musical do disco é caprichada. Sim, sonorizar Death Metal extremo não é algo simples, e a banda está com uma sonoridade seca e pesada, o que deixa o trabalho musical do trio exposto (se percebe os arranjos da banda sem problema algum), mas sem que a agressividade latente seja arrancada. Nada disso, pois a tendência do grupo é soar o mais bruto possível!

E a arte da capa, mais uma vez, transparece o caos sonoro que o grupo evoca em suas letras.

Minimalista e extremo, “Wrong One to Fuck With” prima por manter as raízes musicais do DYING FETUS intocadas, mas a banda se permite breakdowns insanos, riffs massivos com certos toques de Thrash Metal aqui e ali, uma abordagem técnica que beira o Jazz Fusion. E isso tudo sem que a banda perca sua espontaneidade ou mesmo sua essência esporrenta!

O disco é bem homogêneo, mas as melhores podreiras são:

“Fixated on Devastation” - A entrada técnica com arranjos jazzísticos já mostra que o trio está de volta para arrombar os tímpanos dos ouvintes, mas sempre mantendo a qualidade técnica. E que belo trabalho dos vocais (o contraste entre timbres ficou ótimo).

“Panic Amongst the Herd” - Ritmos quebrados, mudanças de andamento, agressividade exposta e um trabalho ótimo das guitarras com riffs excelentes é o que eles oferecem aqui. Mas cuidado com as pregas de seus ouvidos!

“Die with Integrity” - O azedume das passagens mais lentas é claro e envolvente, até que a podreira extrema toma conta, sempre aliada à uma técnica ótima. E mais uma vez, baixo e bateria roubam a cena.

“Reveling in the Abyss” - Um pouco mais tradicional em termos de riffs, os momentos mais refreados mostram toda uma mágica que é inerente ao DYING FETUS. Mas lembrem-se: por terem uma técnica ótima, os caras mudam tudo de uma hora para outra, mantendo a consensualidade.

“Ideological Subjugation” - Caramba, que leva empolgante, com uma energia abusivamente podre e envolvente. Mais uma em que os vocais e as guitarras roubam a cena.

“Weaken the Structure” - Eles se superaram aqui! Cheia de nuances técnicas nos solos, é uma faixa rápida e explosiva, cheia de partes trabalhadas, mas sem que a empolgação inicial seja perdida (e alguns trechos herdados do Hardcore encaixaram como uma luva).

“Fallacy” - Querem porrada em seus ouvidos? Então, tomem! A loucura musical do trio parece sem limites, com tempos alternando e mudanças harmônicas inesperadas (mas sempre bem vindas).

“Wrong One to Fuck With” - Baixo se sobressaindo bastante no início, e logo uma levada Thrashcore se adapta ao estilo disforme e bruto do trio. Mas não se preocupem: é uma porrada de doer os dentes dos mais incautos.

E ainda tem a faixa bônus, “Induce Terror”, para acabar de vez com seu pescoço (vai preparando a pasta de sabão de coco para massagens), pois é cheia de passagens exageradamente brutais e com ótima técnica.

Grotesco, doentio, bruto e de alto nível. Realmente, o DYING FETUS é uma instituição, e continuam sendo um nome extremamente relevante no gênero. Ouçam “Wrong One to Fuck With” e cuidado com as paredes da casa!



2 comentários:

Obrigado pelo comentário.
Liberaremos assim que for analisado.

OM SHANTI!

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