17 de nov. de 2012

Silent Leges Inter Arma - Silent Leges Inter Arma (CD)


Eisenwald Records - Importado
Nota 8,5

Por Marcos Garcia

Black Metal com fortes doses de Death Metal, formando um som maçiço e agressivo, com boa técnica, mas dispostos a estraçalhar ouvidos incautos. Ou seja, um holocausto sonoro é o que o trio alemão SILENT LEGES INTER ARMA mostra neste seu primeiro Full Lenght, 'Silent Leges Inter Arma'.

Vocais urrados no melhor estilo, riffs de guitarra distorcidos e brutos, baixo e bateria com boa técnica e mantendo o peso e coerência sonora o tempo todo, e o mais interessante é que a banda, apesar de usar uma fórmula já um pouco batida, consegue resultados expressivos e fortes nesse disco.

A produção do disco colocou o som intenso e pesado, mas deixou aquela tradicional gravação abafada, dando a impressão que o som da banda está 'esfumaçado', mas para a banda cai como uma luva, pois em momento algum, isso realmente chega a atrapalhar a audição, pois todos os instrumentos mais tradicionais do estilo estão audíveis, especialmente a bateria, que dá um show durante todo o disco.

Coeso, pesado, e bastante agressivo, o som do trio mantém um nível bom do início ao fim, sendo um deleite aos fãs que preferem algo mais esporrento e menos melodioso, como a banda mostra em composições como a forte e rápida 'We Are', com um trabalho espetacular da bateria, bem como em 'Falcon-Headed One', esta um pouco menos rápida que a primeira, mas intensa e com as guitarras mostrando riffs ótimos; a pogante 'I will Hunt You Down'; a mais intensa e soturna 'Beyond the Light', com algumas melodias fúnebres bem legais; e a longa e variada 'Wings'.

Um trabalho fiel às raízes underground do gênero, e que merece uma audição muito carinhosa dos fãs do Metal mais extremado.


Tracklist:

01. We Are
02. Falcon-Headed One
03. I will Hunt You Down
04. Beyond the Light
05. Shades
06. For the Dead
07. Wings
08. In Shadows Again


Formação:

M:F - Guitarras, vocais
D:B - Bateria
T:R - Baixo


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The9thCell - Galga de Zebra Ilesa (CD)


Infektion Records - Importado
Nota 9

Por Marcos Garcia

Cavalarmente bruto e bem trabalhado, contendo leves doses experimentais aqui e ali que quase são desapercebidas. Ou seja, um trabalho que, apesar de não ser exatamente algo de inovador, é digno de menção honrosa e elogios, pois o THE9THCELL (projeto de David Pais, do ASHES e NOTRIBE) volta à carga com seu segundo álbum, este ótimo 'Galga de Zebra Ilesa', que chega via Infektion Records.

O trabalho ora soa brutal e intenso, ora mais cadenciado e melancólico, mantendo firme a idéia de um trabalho diversificado, mas que mantenha o peso e a energia tão característicos do Metal.

Vocais que oscilam entre timbres normais, outros mais suaves, outros mais agressivos e mesmo ríspidos, riffs de guitarra ora bem massivos, ora mais suaves, baixo e bateria bem entrosados e afiados, mas que evitam cair em algo muito simples de ser feito. Juntando tudo isso, temos algo que emana vida, fresco e longe de cair em pontos comuns.

A produção sonora é bem limpa e está em um nível bom, permitindo que a complexidade musical da banda possa ser bem ouvido e compreendido sem traumas, mesmo porque a amplitude do trabalho o coloca em um nível difícil de ser digerido para mentes muito fechadas. Tanto é assim que vemos a participação de vários convidados no trabalho, cujos nomes estão destacados na tracklist do CD.

E a diversidade musical do CD é justamente o que o torna atraente, mas que dificulta a escolha de uma ou outra música como destaque, pois seria injusto dizer que uma faixa seria melhor que as outras, mas com um esforço, podemos pôr na mesa como destaques imediatos as variadas e longas 'Adão e Erva' e 'Liberdagem - Este Meu Poço de Romantismo Furioso', pois justamente pelas dimensões privilegiadas (ambas com mais de 10 minutos de duração), elas transitam por cada um dos elementos que compõem a música da banda, indo de algo suave, sentimental e intenso, para algo mais bruto e agressivo sem esforços e sem soar algo desconexo. Mas ainda temos a pancada da moderna 'Cavaleão' e a densa 'Gentlemania'.

Um belo disco, sim senhor!



Tracklist:

01. Adão e Erva 
02. Cavaleão (feat. Cláudio Brandão a.k.a. Jeff) 
03. Morning Glory (feat. Eduardo Serraventoso) 
04. Liberdagem - Este Meu Poço de Romantismo Furioso (feat. Marco Rosa & Pedro Isidoro) 
05. Gentlemania (feat. Alex Vaz & Francisco Esteves) 
06. Soft Hearted and Hard Cocked (feat. Bruno Lopes) 
07. Wounded - Pt2 
08. Jacktiv(h)ate (feat. Samuel Luís & Pedro Isidoro) 
09. Keep Your Heart at Bay


Formação:

David Pais - Todos os instrumentos, vocais



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Riti Occulti - Riti Occulti (CD)


Epidemie Records - Importado
Nota 8,5

Por Marcos Garcia


E mais uma banda surpreende a todos com uma mistura um pouco inusitada, mas bem feita e convincente: Stoner com Black Metal. E não, não é uma piada, pois o trabalho dos italianos do RITI OCCULTI é bem sério, como podemos comprovar em seu primeiro disco, 'Riti Occulti'.

A mistura é evidente, graças ao instrumental gorduroso e denso, mais vocais e climas tétricos do Black Metal, e esta mistura funciona muito bem, pois é feita com desenvoltura e ousadia, algo raro para aqueles que se apegam demais a rótulos musicais. E é extremamente agradável aos ouvidos, acreditem!

A produção sonora é aquela que costumamos ver nos discos de Stoner de raiz, ou seja, uma gravação bem suja e gordurosa, mas sem deixar que a música banda fique prejudicada em algum aspecto, ou seja, podemos ouvir cada instrumento separadamente sem grandes esforços. Aliás, esta produção dá força ao som da banda, pois soa grave e tétrica, aclimatando o resultado.

Musicalmente, o disco é muito bom, estando em um patamar fora do comum, e a satisfação dos iniciados é garantida, uma vez que as músicas são bem diferentes do que andam apresentando pelo mundo, mas temos destaques na terrorosa e densa  'It’s all Grey', com uma forte aura 'sabbathiana' de início, com vocais rasgados fortes e teclados sombrios, mesmo elementos na azeda 'Revelation', onde vocais rasgados se entremeiam com outros mais agonizantes em meio à uma cadência fúnebre; a soturna e experimental 'Desert of Soul', uma faixa quase toda instrumental, com inserções de vocais próximo de seu fim; e a psicodélica e pesada 'Never a Joy'.

Uma grata surpresa, e que merece uma ouvida com muita atenção e carinho, pois a banda merece.

Alcyone

Tracklist:

01. It’s All Grey
02. Revelation
03. I’m Nobody
04. Alcyone
05. Desert of Soul
06. Bitter Awakening
07. Never a Joy


Formação:

Serena Mastracco - Vocais rasgados
Elisabetta Marchetti - Vocais limpos
Niccolò Tricarico - Bass e Bouzouki
Ivano Mandola - Bateria
Luciano Lamanna - Sintetizadores e efeitos (estúdio)
Sara Del Regno - Sintetizadores e efeitos (ao vivo e em estúdio)
Stefano Todarello - Flauta (convidado)


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Notícias: The Ultimate Music-Press (17/11/2012)



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Shadowside chega ao top 20 em importante rádio de NY

Banda é uma das mais pedidas no famoso programa Metal Mayhem, da rádio WVOX

A banda brasileira SHADOWSIDE continua a colher excelente feedback nos EUA. Após conquistar o importante prêmio “Independent Music Awards” (voto popular) e chegar a 10° posição das músicas mais tocadas no chart "Loud Rock", o grupo acaba de atingir a 17° colocação no Top 20 do famoso programa Metal Mayhem, da rádio WVOX, ao lado de nomes como KISS (1) , Dio (2), Judas Priest (3), Megadeth (4), Aerosmith (6), Motörhead (10) e Steve Harris (15).

Neste momento, a SHADOWSIDE está em plena turnê de promoção do aclamado álbum 'Inner Monster Out'. Recentemente, Dani Nolden (vocal), Raphael Mattos (guitarra), Fabio Carito (baixo) e Fabio Buitvidas (bateria) anunciaram, até o momento, oito shows pela região Norte/Nordeste do Brasil. Mais informações sobre estas apresentações em www.shadowside.ws.

Produtores interessados em contratar o espetáculo que já passou por mais de 20 países da Europa, cinco turnês pelos EUA e diversas cidades do Brasil, devem entrar em contato através do e-mail contato@furiamusic.com.br.

Links relacionados:

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For Sepultura | Shadowside | Krisiun | Confronto | Kiara Rocks | Pleiades | Hugin Munin and international concerts

13 9161.6267

Witchcraft - Hegyek Felettem (CD)


Neverheard Distro - Importado
Nota 9

Por Marcos Garcia

E as terras da Hungria que deram ao mundo o imortal TORMENTOR mostram que continuam férteis em termos de Metal extremo, e o país mostra ao mundo mais um nome de peso, que chega para resgatar a essência do Black Metal de raiz, ou seja, cru e ríspido.

Seu nome: WITCHCRAFT, que apesar de ser veterano na cena, ainda é bem desconhecido.

A banda esbanja um som simples e direto, mas muito ríspido e frio, bem soturno, mas justamente por optarem por uma fórmula mais simples que o quarteto mostra poder de fogo, com vocais rasgados extremos, riffs de guitarra simples e convincentes, e até mesmo alguns solos aqui e ali, baixo e bateria mais simples e não tão rápidos, mas eficientes e com uma técnica boa. E tudo isso nos remete ao som que as bandas mais de raiz como BURZUM, DARKTHRONE, e especialmente o MAYHEM faziam lá pela virada da década de 80 para os anos 90. E ressaltando este lado raiz, as letras são todas cantadas em húngaro mesmo.

A produção, como é bem evidente, é suja e densa, deixando o som da banda ainda mais referenciado aos anos 90, mas isso não deixa as banda inaudível ou desabona este bom trabalho. E como já alegamos várias vezes, isso de certa forma já faz parte de toda a mitologia que circunda o Black Metal.

Ao ouvirmos o CD, não há como não gostar, uma vez que a banda, apesar de não estar fazendo nada de exatamente novo, procura fazer aquilo que escolheram em alto nível, pulsando com vida, e soltando brasas para todos os lados, como nos destaques 'Megittam a Vért', uma música forte e simples, com ótimos vocais rasgados ao extremo; a variada 'Arcomon Gyűlölettel', com ótimos riffs; a empolgante 'Hegyek Felettem'; a esporrenta e destruidora de pescoços 'Összeesküvés'; 'Fekete és Hideg', um pouco mais lenta que as anteriores, com um trabalho bem legal do baixo; a sinistra 'Csak a Fagy', que graças ao trabalho de variação de andamentos da bateria ficou ótima; e 'Vörös Köd', com um solo de guitarra muito legal, e mostrando a honestidade da banda, não há guitarra base por baixo, já que em shows ao vivo, ela sumiria mesmo. E para aqueles que amam os bons e velhos LPs, um atrativo a mais é a bônus 'Az Árnyékok Földjén'.

Um disco muito honesto e feito com bastante garra e energia, logo, um deleite para os fãs do estilo.

Megittam a Vért


Tracklist:

01. Istentelen
02. Megittam a Vért
03. Arcomon Gyűlölettel
04. Hegyek Felettem
05. Összeesküvés
06. Fekete és Hideg
07. Csak a Fagy
08. Vörös Köd

Formação:

Angmar - Vocais
WLR - Guitarras
Elzeril - Baixo
Knot - Bateria


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