19 de dez. de 2015

Marcos Garcia's 2015 best ones (international)



Albums:

Hammercult - Built For War




Moonspell - Extinct





Incursed - Elderslid






Keep Of Kalessin - Epistemology






Melechesh - Enki 






Ethereal - Opus Aethernum






Stone Cold Dead - Lava Flows






Hate - Cruzade: Zero






Cradle of Filth - Hammer of the Witches






Leaves Eyes - King of Kings







Best DVD

Masterplan - Keep Your Dream aLive






Best EP:

Megadeth - The Threat is Surreal






Best Single:

Anthrax - Evil Twin






Best Video:

Slayer - Repentless



Melhores do ano de 2015 de Marcos Garcia (Nacionais):



Álbums (sem ordem pessoal):

Kamala - Mantra






Arandu Arakuaa - Wdê Nnãkrda








Desdominus - Uncreation








Púrpura Ink - Breaking Chains








Saint Spirit - Mea Culpa








Fúria Louca - On the Croup of the Sinners (Part II)







Espera XII - Unexpected Austral Lights








Insane Devotion - Infidel





Sympherium - Philosophy of Symmetry







Heaviest - Nowhere








Melhor DVD

Panzer - Louder Day After Day






Melhor EP:

Godzorder - Obey








Melhor Single:

HellArise - Shaded Land







Revelação

Voiceless









Melhor vídeo

Zombie Cookbook - Motel Hell




Bandas que vão arrebentar em 2016

Rebaelliun




The Black Hook




Yekun




HellArise




Decepção de 2015

Fofoquinhas e idealismos vazios se tornando regras no Metal, e o fim do Dr. Sin.

TERRORDOME - Machete Justice (CD)


2015
Importado

Nota 9,0/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Machete, antes que alguém confunda com o clássico personagem dos filmes de ação imortalizado por Danny Trejo, é um tipo de facão usado para se abrir caminho em meio a matagais e florestas. Mas muitas vezes, vemos associado este tipo de ferramenta associado a atos de violência. Mas em termos de Metal, ele foi associado ao novo trabalho do quarteto polonês TERRORDOME, que dispara um Thrash Metal/Crossover rápido e violento no seu disco, que tem por título "Machete Justice".

A banda detona, verdade seja dita. E mesmo com toda a referência musical aos anos 80, sua música não soa datada ou como uma clonagem dos velhos monstros do gênero. Diferentemente de muitos, o quarteto prefere usar uma aproximação mais atual, ganhando assim uma agressividade vibrante e envolvente, que nos prende ao seu trabalho sem nenhuma dificuldade. E vemos uma mistura de vocais esganiçados (mas bem feitos), guitarras roncando ferozes em riffs bem construídos e solos interessantes, e uma cozinha rítmica muito bem feita, com peso e boa diversidade de ritmos. O resultado é um discão de primeira qualidade, que causará paixão aos fãs do gênero, fora muitos torcicolos.

Terrordome
Tomasz "Zed" Zalewski foi o produtor, responsável pela gravação, mixagem e masterização de "Machete Justice". E o trabalho, em termos de sonoridade, ficou excelente, com uma sonoridade forte e pesada, mas clara e compreensível. E diferente de muitos, eles preferiram deixar o feeling old school apenas em suas músicas, não na sonoridade, o que lhes confere uma sonoridade atual. E a arte justifica o título: uma justiça feita na marra, na base da retribuição contra um sistema corrupto, onde a justiça dos tribunais serve apenas aos interesses dos mais ricos (esses caras já conhecem o Brasil e eu não sabia?).

Musicalmente falando, o aspecto mais legal da banda é justamente não cair na arapuca de pensamentos como "o que é bom já foi feito" ou "não queremos inovar nada". E assim, mesmo usando de um estilo bem antigo, conseguem soar com personalidade, e assim, agregam valor. Basta olhar como os arranjos são bem feitos, mas sem deixar as músicas polidas demais ou sem espontaneidade. E ainda temos a participação especial de Tom the Srom (vocais em "Back to the '80s"), Słoma (nos gritos) e Rafał "Don Vito" Halamoda em "exomedley" (que é a faixa oculta no finalzinho da última canção do disco).

Temos 11 faixas de puro amassa-crânios, com a adrenalina atingindo níveis imagináveis, mas podemos destacar:

Machete Justice - Rápida e instigante, mostrando guitarras despejando riffs absurdamente intensos, mais backing vocals excelentes. E que ótimo refrão!

Crocodile - A banda detna outra canção veloz e agressiva, esbanjando categoria. Ponto para baixo e bateria, que seguram uma base intensa e mesmo adicionam partes não muito convencionais aqui e ali.

Give Me Back My Money - Outro refrão excelente, ao mesmo tempo em que uma dinâmica de andamentos muito boa é impressa pela banda.

Terror Thrash Killing Machine - Novamente, um início mais cadenciado, com riffs interessantes. Mas de repente, mais uma chicotada veloz dá as caras, mostrando um trabalho excelente dos vocais e backing vocals. E que solos!

Favourite Sport: Mosh - Uau, esses caras despejam riffs insanos em doses homeopáticas em uma velocidade absurda. Agressiva e veloz, mas preenchida com alguns excelentes momentos um pouco mais lentos.

Italian Stallion - Mais velocidade agressiva e com vocais ríspidos que beiram a ironia. Óbvio que o refrão é excelente.

Back to the '80s - Uma ode aos tempos em que o lado mais extremo do Metal floresceu e que ainda fascinam muitos, onde as coisas eram mais inocentes e as perspectivas eram mais positivas. É uma faixa ríspida, agressiva e intensa, com um trabalho de baixo e bateria excelente mais uma vez.

Evil Monk - Mais uma em que altas doses de adrenalina correm pelas veias e deixam os sentidos aguçados. Belíssimo refrão, guitarras soltando riffs intensos e solo muito bom.

Este é mesmo um disco ótimo, ganchudo, selvagem e que despeja energia em doses homeopáticas. E serve de aquecimento para a tour que a banda irá realizar no Brasil agora em Janeiro (detalhes no cartaz depois dos contatos da banda).




Músicas:

1. Machete Justice 
2. Crocodile 
3. Give Me Back My Money 
4. Nocturnal Emission 
5. Terror Thrash Killing Machine 
6. Human Wreckage 
7. Favourite Sport: Mosh 
8. Italian Stallion 
9. Back to the ‘80s 
10. Evil Monk 
11. Welcome to the Bangbus


Banda:

Uappa Terror - Guitarras, vocals
Paua Siffredi - Guitarras
De Kapitzator - Baixo, backing vocals 
Murgrabia Mekong - Bateria


Contatos: