6 de mai. de 2017

HERETIC - LEITOURGIA (ÁLBUM)


2015
Independente
Nacional

Nota: 9,3/10,0


Tracklist:

1. Rajasthan Ritual
2. I Am Shankar
3. Lamashtu
4. Ghost of Ganheesha
5. Unleash the Kraken
6. Sensual Sickness
7. Sonoro
8. Solaris
9. Solitude (Black Sabbath cover)
10. The Hedonist


Banda:



Guilherme Aguiar - Guitarras
Laysson Mesquita - Baixo
Diogo Sertão - Bateria
Lucão Sonoro - Tablas, caxixi, djembê, guitarras, sintetizadores adicionais


Contatos:

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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


No Brasil, mesmo com a alta produtividade, é bem difícil de encontrar bandas fazendo algo novo, diferente de tudo que já se fez dentro do cenário. Mas vez por outra, um surto agudo de pura criatividade aparece por aqui.

E o nome da vez é do quarteto goiano HERETIC, da cidade de Goiânia, que nos chega destruindo conceitos e sendo o escriba de novas fronteiras com “Leitourgia”, seu álbum de 2015.

No disco, temos temas instrumentais experimentais com grande dose de influência musical vinda do Oriente Médio. E diferente de nomes que venham a mente como o NILE (que usa a temática egípcia, mas é totalmente voltado ao Death Metal) ou ORPHANED LAND (que tem uma forte influência étnica, mas prefere o uso de uma linguagem mais verbal), pois justamente por usar apenas partes instrumentais, todas as possibilidades de experimentação estão abertas. E o quarteto sabe como usar cada uma delas, sem medo de errar ou de criarem sem se importarem com o que se diga deles.

Ou seja: é Metal, instrumental, com influência de World Music oriental, e maravilhoso.

Em termos de sonoridade, a banda acertou a mão. 

A qualidade sonora está um pouco suja além do necessário em termos de timbres de guitarras, mas se consegue ouvir os instrumentos sem muito esforço. E acreditem: algo um pouco mais limpo faria desse CD algo perfeito, embora esteja bem longe de estar ruim. Baixo, bateria, teclados e instrumentos adicionais estão bem, mas as guitarras poderiam estar com timbres melhores.

Experimental e distando de qualquer possibilidade de termos a sensação de “eu já ouvi isso antes”, a magia de “Litourgia” nos envolve graças à riqueza instrumental, aos arranjos bem feitos e à dinâmica instrumental de primeira. 

É melhor se darem a chance de sentar e ouvir atentamente este disco, pois não se arrependerão. A força e diversidade musical mostrada em “Rajasthan Ritual” (belíssimas guitarras, tanto nos riffs como nos solos, mostrando boa técnica em todos os momentos), as partes mais agressivas e rápidas de “I Am Shankar” se mesclando com a atmosfera oriental, o experimentalismo pesado e denso de “Unleash the Kraken” (baixo e bateria estão perfeitos aqui, dando peso ao trabalho experimental dos outros instrumentos nas as partes mais Progressivas etéreas), a World Metal Music chamada “Sonoro”, além da versão adaptada para “Solitude”, dos eternos mestres do BLACK SABBATH cover) são atestados de uma banda que quer ir cada vez mais além dentro de sua música.

Um puta disco, sem meios termos!


2 comentários:

  1. Que resenha, meu velho! Guilherme, guitarrista da banda falando aqui.
    É nosso primeiro disco, cru e muito orgânico. Ainda descobrindo o caminho que tomaríamos! Aguarde o segundo e terceiro discos e veja a evolução, mano! Timbres consertados! Haha! Valeu pelas palavras e em breve estará com os outros discos na mão!

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  2. Que resenha, meu velho! Guilherme Aguiar guitarrista da banda falando aqui. É nosso primeiro disco, cru e muito orgânico. Ainda estávamos descobrindo qual caminho tomaríamos! Aguarde o segundo e terceiro discos e veja a evolução! Timbres de guitarra consertados! Hahaha! Em breve estará com os outros discos na mão, man! Obrigado pelas palavras e observações!

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Obrigado pelo comentário.
Liberaremos assim que for analisado.

OM SHANTI!

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