2017
Selo:
Shinigami Records
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Rise and
Fall
2. No More
Lies
3. God of
Temptation
4. Firesign
5. Always
Just You
6. Close to
Crazy
7. The
Wishing Well
8. Edens
Fall
9. Redeemer
10. Super
Distortion
11. Killer
Instinct
12. Never
Forget
Banda:
Gianba Manenti - Vocais
Henjo Richter - Guitarras
Stef E. - Guitarras
Jogi Sweers - Baixo
Sascha Onnen - Teclados
Michael Ehre - Bateria
Contatos:
Site Oficial: https://www.unity-rocks.com/
Twitter: https://twitter.com/unity00195703
Instagram: https://www.instagram.com/unity.rocks/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: info@unity-rocks.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Quando se fala em cenas nacionais de Metal pelo mundo, é
impossível não prestar atenção no Metal alemão. Em termos de projeção e
importância, a Alemanha sempre foi um grande criadouro de bandas de projeção,
bem como daquelas que delinearam estilos bem particulares. É impossível não
admitir o quanto ACCEPT foi importante para a consolidação do chamado Metal “Made
in Germany”, bem como bandas como HELLOWEEN, SODOM DESTRUCTION, KREATOR, GAMMA
RAY, MYSTIC CIRCLE e outros continuaram mantendo a chama acesa. E como é bom
poder ver que a coisa continua a mil por lá, pois com uma força da Shinigami Records,
podemos comprovar isso graças ao primeiro disco do sexteto THE UNITY, que leva
o nome da banda.
Fundado por Michael Ehré (bateria) e Henjo Richter
(guitarras), ambos do GAMMA RAY, e tendo outros músicos com ampla experiência
musical, a idéia inicial é que estamos diante de um grupo de Power Metal. Mas
enganam-se: o THE UNITY foca seu trabalho em uma musicalidade que mixa o Hard
Rock com o Metal alemão clássico (ou seja, peso e melodia equilibrados), mais
alguns elementos do Classic Rock e do AOR. Pode aparentar que a fórmula não é
nova (e de fato não é), mas nas mãos de quem sabe o que faz e tem isso no
coração, ganha vida, energia, intensidade e é muito envolvente.
“The Unity” é um disco apaixonante, sem sombra de dúvidas!
Gravado no B Castle Studio, de propriedade de Michael Ehré,
sob custódia do próprio sexteto, garantindo timbres fortes e consensuais com o
que a banda queria para o disco e suas músicas. A mixagem e a masterização,
feitas por Miquel A. Riutort, ajudaram a banda a soar pesada, coesa, melódica,
mas clara e com as músicas e seus arranjos plenamente compreensíveis.
A capa é uma criação de Alexander Mertsch (que já fez
trabalhos para bandas como DEEP PURPLE, GAMMA RAY, STATUS QUO e EUROPE), e
ficou muito bonita, perfeita para um disco de estréia.
O trabalho do THE UNITY se baseia em um trabalho ótimo de
guitarras (riffs ganchudos e solos bem melodiosos) um trabalho pesado e coeso
de baixo e bateria, vocalizações de primeira, backing vocals encaixados nos
momentos certos, e a concepção de cada refrão é perfeita (ouve-se, não se esquece
mais), além de uma dinâmica perfeita de arranjos musicais. E isso transpira
pelo disco todo, fora uma enorme espontaneidade. E todos esses fatores nivelam “The
Unity” por cima, sendo difícil destacar uma ou outra canção.
Melhores momentos (para mera referência aos leitores):
“Rise and Fall” - Como faixa de abertura, ela tem uma enorme
responsabilidade. Mas ela passa no teste com nota máxima e merecendo aplausos,
já que temos uma típica faixa forte e envolvente, com um refrão maravilhoso e
belo trabalho de vocais e teclados, fora os backing vocals nos corais.
“No More Lies” - Pesada e com um jeitão mais voltado ao
Heavy Metal, as linhas melódicas das guitarras se encaixam perfeitamente na
base rítmica sólida e variada. Mas ao mesmo tempo, alguns toques do Hard
clássico dão um toque de refinamento musical. E baixo e bateria estão muito bem.
E é a faixa que a banda escolheu para primeiro vídeo oficial de divulgação.
“God of Temptation” - Mais cheia de classe e melodias
lindas, vai nos embalando perfeitamente. Reparem como esse andamento não muito
veloz privilegia a força das guitarras e seus riffs, fora mais um refrão bem
envolvente.
“Firesign” - Iniciando com uma belíssima introdução de
teclados e cordas limpas, logo a pegada pesada característica do Metal alemão
se faz presente, contrastando momentos mais melodiosos com outros mais pesados.
E novamente, que refrão!
“Close to Crazy” - Como as guitarras da banda tecem linhas
melodiosas muito bonitas e pesadas, mas sem que a atmosfera Hard seja perdida.
Mais uma vez, os teclados aparecem bastante, fora os ótimos backing vocals.
“The Wishing Well” - Por ter uma clara influência de
Hard/AOR, esta é bem acessível, musicalmente falando. Mas nada que impeça o
grupo de apresentar melodias altamente ganchudas e outro refrão que gruda como
chiclete. E que vocais!
“Edens Fall” - Outra em que o enfoque é todo nas melodias
mais acessíveis, dando aquele jeitão meio anos 80 de grandes bandas de Classic Rock
e Hard Rock. Momentos mais introspectivos com belos arranjos nas guitarras
contratam com outros mais grudentos e elétricos (onde se percebe a força de
baixo e bateria). E novamente, os arranjos de teclados e vocais estão
perfeitos.
“Redeemer” - Outra que remete ao Hard/Classic Rock pela
beleza e riqueza de arranjos instrumentais, especialmente as partes grandiosas
dos teclados. E como baixo e bateria mostram peso.
“Never Forget” - Mezzo pesada, mezzo melodiosa e complemente
sedutora, percebe-se claramente o quanto o grupo se diferencia, o quanto são
caprichosos musicalmente falando, com refrão ótimo, arranjos musicais bem
feitos e a dinâmica entre a parte instrumental e os vocais é excelente.
No mais, o trabalho do THE UNITY é maravilhoso, bem vindo e merece
aplausos. E “The Unity” é um discão, muito divertido e os coloca no patamar de uma das grandes revelações do
Metal de 2017!