2017
Nacional
Nota: 9,3/10,0
Tracklist:
1. Down on
the Ropes
2. Echoes
3.
Weaponized
4. No End
in Sight
5. Blood
and Salt
6. Corner
Office Maniacs
7. The
Future Needs Us Not
8. Silent
War
9. The Hell
in Me
10. Songs
of Obscenity
11. Break
and Dominate
Banda:
Caroline Westendorp - Vocals
Rolf Perdok - Guitarra solo
Martijn Slegtenhorst - Guitarra base
Lucas Arnoldussen - Baixo
Mathijs Tieken - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.thecharmthefury.com/
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Instagram: http://instagram.com/thecharmthefury
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Vez por outra, bandas jovens chegam e vão dando logo um
cartão de visitas inusitado nos ouvintes: uma autêntica voadora no meio dos
cornos, de tanta vitalidade, agressividade e vontade de fazer música, de ser
tonar grande e conhecido. E nisso, o quinteto THE CHARM THE FURY, de Amsterdã (Holanda),
já chega disposto a não deixar pedra sobre pedra com “The Sick, Dumb &
Happy”, seu segundo disco, que acaba de sair por aqui pela colaboração da
Shinigami Records com a Nuclear Blast Brasil.
Abrasivo, moderno e cheio de breakdowns e Groove intenso, é evidente
a vocação extrema desse quinteto insano, mas sempre com melodias dando um
contorno perfeito à música que eles executam. Tentando definir o que se houve:
é um som moderno e agressivo, com claras influências de PANTERA de um lado,
alguma coisa de Metalcore e New Metal aqui e ali, mas como dito, a vocação do
quinteto é de detonar os ouvidos alheios, especialmente daqueles babaquinhas
que falam que Metal bom é só de 1989 para trás. É áspero e bem feito, agressivo
e com boas melodias, fora que a vitalidade deles é absurda!
Sintetizando: é excelente, abusivamente pesado e
decididamente ganchudo!
A produção é do baterista Mathijs Tieken, com retoques dados
por Daniel Gibson e Robert Westerholt, mais a mixagem de Josh Wilbur (exceto em
“Silent War”, onde foi feita por Stefan Glaumann) e a masterização de Ted
Jensen (exceto em “Corner Office Maniacs” e “Silent War”, masterizadas por Brian
“Big Bass” Gardner). Tudo pensando em garantir uma qualidade sonora
absolutamente soberba e pronta para arrebentar tímpanos não iniciados.
As ilustrações e design são de Robert Sammelin, que fez algo
bem fora do convencional. Visualmente, temos foco no amarelo, e nunca
pensaríamos que viria um murro desses nos dentes, mas a arte gráfica ficou
ótima.
É melhor não tentar rotular o som do THE CHARM THE FURY,
pois eles não são convencionais. O trabalho deles é fantástico, com uma
sonoridade moderna e abrasiva, mas sedutora devido ao escopo melodioso. Além
disso, o talento do quinteto em termos de composição é inegável. Ótimos vocais
(a vocalista Caroline Westendorp nos mostra interessantes possibilidades, sendo
bem diferente de outras vocalistas de Metal mais extremado), as guitarras de Rolf
Perdok e Martijn Slegtenhorst se completam, criando riffs abusivamente insanos
e pesados, e solos de bom gosto. E a base rítmica de Lucas Arnoldussen (baixo)
e Mathijs Tieken (bateria) é técnica, pesada e concisa, criando ritmos insanos
e dando sustento rítmico ao trabalho da banda como um todo.
Chega a ser covardia destacar essa ou aquela canção, pois “The
Sick, Dumb & Happy” nasceu para se tornar uma referência para muitos. Mas para
começarem, indicamos a ótima e grooveada “Down on the Ropes” e sua pegada
ganchuda, recheada de ótimas guitarras e um refrão ótimo; os contrastes de
timbres extremos e suaves dos vocais em “Echoes” e sua levada mais cadenciada e
azeda (além de solos carregados de “wah-wah”); a porrada abrasiva chamada “Weaponized”
e sua levada modernosa e sua base rítmica concisa e técnica (reparem nos
backing vocals furiosos); as melodias sob a pancadaria sólida de “No End in
Sight” (mais uma vez, guitarras fenomenais); a experimental e intensa “Blood
and Salt” (recheada de vocais limpos maravilhosos); a lenta e introspectiva “Silent
War” (juro que é estranho uma música assim, uma balada, em um disco desses, mas
ela é algo de maravilhoso, cheia de feeling e mostrando como os vocais são
extremamente versáteis, usando timbres limpos e acessíveis); a paulada moderna
de “Songs of Obscenity” (muitas influências de Metalcore e New Metal se aliam
para criar uma massa sonora de impacto, mas dinâmica, onde baixo e bateria
estão muito bem), e a ganchuda e envolvente “Break and Dominate”.
Ainda bem que temos acesso a um disco desses, pois o THE
CHARM THE FURY chega e conquista com “The Sick, Dumb & Happy”. É a
revelação do ano, sem sombra de dúvidas!