16 de jul. de 2017

EXORDDIUM - Leviatã (Álbum)


2017
Selo: Roadie Metal
Nacional

Nota: 7,8/10,0

Tracklist:

1. Oceano das Almas Perdidas
2. Leviatã
3. Hail
4. Irmãos no Metal
5. Coração de Aço
6. Brinde à Vida
7. Filhos da Noite
8. Dama das Sombras


Banda:


Eduardo Bisnik - Vocais
Fernando Amaral - Guitarras
Paulo César - Guitarras
Nicolas Cortelete - Baixo
Jailson Douglas - Bateria


Convidados:

Tom Leando - Guitarra solo em “Irmãos do Metal”, backing vocals em “Hail” e “Irmãos do Metal”
Tiago Alvez - Backing vocals em “Hail” e “Irmãos do Metal”
Rively Sanchez - Backing vocals em “Hail” e “Irmãos do Metal”
Roberto Reiter - Backing vocals em “Hail” e “Irmãos do Metal”
Rafael Amaral - Backing vocals em “Hail” e “Irmãos do Metal”
Fil Ferrer - Backing vocals em “Leviatã”, “Coração de Aço” e “Filhos da Noite”
André Cabelo - Teclados em “Leviatã” e “Dama das Sombras”
Marcelo Loss - Backing Vocals em “Dama da Noite”


Contatos:

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Bandcamp: 


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O Metal dos anos 80 é apaixonante, uma vez que sua história de conquistas e glórias em meio a tantas dificuldades é de dar orgulho em muitos. Mas reviver aquelas sonoridades antigas é um dos piores desafios que se pode ter, já que o que está no passado lá deve ficar, embora nada proíba as bandas de rebuscarem aquele tipo de som e atualizá-lo, com a velha chama ardendo em uma forma nova. E apesar de algumas falhas, o EXORDDIUM (de Contagem-MG) é um desses que conseguem, pois “Leviatã”, seu segundo álbum, é bem interessante.

Ainda seguindo a mesma linha de “Sangue ou Glória”, disco de estréia de 2013, ou seja, aquele Metal tradicional da escola brasileira (que por sua vez recebe forte carga das escolas inglesa e germânica), o grupo mostra um trabalho musical muito bom, com boas melodias e arranjos, bom trabalho e termos de guitarras, baixo e bateria estão coesos e criando uma base rítmica bem pesada, e os vocais melhoram bastante em relação ao trabalho anterior (mas ainda podem melhorar ainda mais, pois o novo vocalista, Eduardo Bisnik, tem bons timbres, embora exagere nos agudos vez por outra). As canções melhoraram em muitos aspectos, pois a técnica da banda como um todo evoluiu.

Sim, o EXORDDIUM está muito bem, evoluiu e mostrou que tem espaço no cenário para eles.

O que o grupo ainda necessita em termos de evolução é a produção sonora. André Cabelo se esforça, verdade seja dita, mas a sonoridade do rupo ainda está muito crua, além do ponto em que deveria estar. Óbvio que se entende o que a banda está fazendo, soa pesado, mas essa crueza excessiva não lhes confere peso ou cria uma sonoridade orgânica, mas joga por terra todo um esforço da banda em termos de composição. Creio que da próxima vez, a banda poderia se deslocar para São Paulo ou Rio de Janeiro para gravar, mixar e masterizar dignamente seu trabalho. Ou então, buscar conhecer como bandas como UGANGA, SCOURGE e KROW fazem gravações ótimas na região do Triângulo Mineiro.

Em termos de arte gráfica, a capa e o encarte estão excelentes, com um visual bonito e diagramação bem inteligente, embora simples. 

Musicalmente, o quinteto sabe o que faz. Embora ainda possam ir mais longe (talento eles têm, fica óbvio ao ouvir “Leviatã”), o grupo soube pegar todos os clichês do gênero e soprar uma vida nova, buscando trazer algo novo e pessoal. Arranjos bem feitos, músicas com uma técnica simples (mas bem encaixada no contexto musical que criaram para eles mesmos), e muita melodia e peso.

O disco possui 7 canções (uma vez que “Oceano das Almas Perdidas” é uma instrumental de introdução), mas as que mais se destacam são: as boas variações rítmicas de “Leviatã” (que bom trabalho de baixo e bateria, além de um refrão forte e cativante), a força pesada e cheia de bons riffs de “Hail” e “Irmãos no Metal” (ambas são bem diferentes entre si, mas o trabalho das guitarras é muito bom, criando linhas melódicas sedutoras), a envolvente e sedutora “Coração de Aço” (as linhas pesadas com um jeitão Hard’n’Heavy são lindas, e os vocais estão muito bem, usando bem os timbres mais baixos), e as melodias mais evidentes das guitarras em “Filhos da Noite” (com um jeitão ACCEPT bem legal nos andamentos). 

A banda ainda pode fazer melhor. Essa idéia fica clara ao ouvir “Leviatã”, e da próxima vez, uma produção sonora mais limpa os faça atingir seu real potencial.
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