2014
Nacional
Nota: 9,1/10,0
Tracklist:
1. Apocalipse 21
2. Cordeiro Santo
3. Fé
4. Filhos de Deus
5. Não se Pode Deter o Poder
6. O Poder do Amor
7. Salmo 148
8. Maranata
9. Esperando
10. Eis-me Aqui
11. Crucificado
12. Vencedores
Banda:
Guilherme Born - Vocais
Cecília Neufeld - Vocais
Rodrigo Godoy - Vocais adicionais
Celso de Freyn - Vocais adicionais
Gil Lopes - Vocais adicionais
Pipe - Guitarras
Luciano - Baixo
Wellington Torquetto - Bateria
Gê S. Filho - Bateria
André Ribas - Teclados
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Assessoria:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Brasil parece ter uma vocação interessante para o Power
Metal melódico e suas vertentes. Sim, é incrível reparar como existem bandas
por aqui fazendo um trabalho de primeira no gênero. E um nome bem interessante
e com um trabalho bem forte é o POWER PRAISE, de Curitiba (PR), que em seu
primeiro disco, “Powerpraise”, se percebe seu potencial.
O que há no disco é: um Power Metal bem melodioso e pesado,
tendo como influências mais básicas HELLOWEEN e, obviamente, IRON MAIDEN. A
diferença é que a música do grupo segue em sentido contrário à escola alemã e italiana,
onde clareza e técnica muitas vezes sobrepõem o lado pesado. Não, não nesse
disco, pois aqui o peso chega a ser muitas vezes a tônica da banda. No fundo,
os nomes que estão na formação sugerem que o POWER PRAISE é um projeto musical,
pois tem gente de bandas como MAESTAH, STAUROS, DESERTOR e DOOMSDAY HYMN na
formação, entre outros. Mas seja banda ou projeto, o disco é muito, muito bom.
A qualidade sonora é muito boa. Justamente por ter certa
crueza, isso ficou muito bom para o trabalho do grupo. Além disso, a mixagem e
masterização de Karim Serri deram brilho e peso ao trabalho do grupo,
permitindo que os belos arranjos de cada canção fiquem claros.
Em termos de arte gráfica, a capa é muito bonita, transbordando
o teor das letras do grupo. E o grupo canta em português, logo, os fãs poderão
cantar nos shows deles sem problemas.
O trabalho, musicalmente falando, é bem homogêneo. Mas
destacam-se a arrasa-quarteirão “Apocalipse 21” (com andamento veloz, belo
trabalho de baixo e bateria, e conduções rápidas perfeitas, fora um refrão de
primeira), os belos arranjos e mudanças de ritmos em “Cordeiro Santo”, o peso
mais tradicional com cheiro de NWOBHM de “Fé” (as guitarras são ótimas, e os
vocais dessa canção são bem na linha de “Ripper” Owens), o Power Metal seco e
pesado ouvido em “Não se Pode Deter o Poder” e mais uma vez seu trabalho bem
feito em termos de baixo e bateria, os belos arranjos de teclados em “Maranata”
(onde um clima pesado e mais melodioso se faz presente), a linda e cheia de
arranjos mais leves e introspectivos “Eis-me Aqui” (vocais femininos, teclados
bem pensados, e as linhas melódicas são muito envolventes), e a dobradinha peso
pesado de “Crucificado” (mais melodiosa e intensa) e “Vencedores” (mais pesada
e elegante, com belos duetos de guitarra).
No mais, o trabalho do POWER PRAISE é recomendadíssimo, e
esperamos que “Power Praise” não seja filho único.