19 de mar. de 2017

TERRORSPHERE – Blood Path (EP)


2017
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:

1. Assassinos
2. War Curse
3. Terror Squad
4. Blood Path
5. Mind Control


Banda:


Werner Lauer - Vocais, baixo 
Udo Lauer - Guitarras
Francisco Neves - Guitarras
Victor Oliveira - Bateria 


Contatos:

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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


No Brasil, o Death Metal à lá anos 90 é uma tradição. Mesmo com bandas com uma pegada um pouco mais moderna e rápida, muitos ainda são muito influenciados por aquela época mágica, em que gigantes como DEICIDE, OBITUARY, MORBID ANGEL, DEATH, BOLT THROWER, DISMEMBER, ENTOMBED, UNLEASHED e outros estavam detonando os ouvidos alheios com sua brutalidade musical. E herdeiro de toda esta carga musical é o quarteto TERRORSPHERE, de Londrina (PR). E toda sua música reflete aqueles tempos, em especial o que se ouve em “Blood Path”, seu EP de estréia.

Bruto e pesado, azedo e com técnica na medida, o grupo é especialista em criar música que deixam os ouvidos apitando por horas, sem exagerar na velocidade (os andamentos quase sempre possuem momentos mais cadenciados). Mas mesmo com esse enfoque à moda antiga, a música do grupo é vibrante e pulsa com energia e identidade, sendo capaz de deixar muitos com o pescoço doído de tanto agitar em casa. E eles sabem o que fazem, verdade seja dita.

A produção visual de “Blood Path” ficou muito boa, mostrando uma capa instigante e o encarte de duas páginas visa ser econômico e mostrar as letras (lembremos que a crise econômica no país não anda fácil para ninguém, especialmente quando falamos de bandas independentes). E a sonoridade que transpira do EP é brutal, densa e até um pouco “esfumaçada”, mas nos permite entender o que o grupo quer fazer e como soam cada um dos instrumentos musicais. 

Brutalidade desmedida, agressividade vazando pelos falantes e energia fluindo aos borbotões, o impacto brutal e agressivo das canções do TERRORSPHERE não é algo inovador, mas é honesto e possui identidade. 

Em “Assassinos”, temos uma música direta, brutal e com velocidade (embora nada exagerada), com pegada pesada e riffs de guitarra brutos e solos doentios, e letras em português. Em seguida, vem a opressiva e rascante “War Curse”, com andamento mais variado, embora a banda não lance mão de uma técnica mais exagerada (e se destacam baixo e bateria, pois a base rítmica é pesada e intensa). O azedume intenso permeia as partes mais lentas da insana “Terror Squad”, que é muito agressiva seja nos momentos rápidos ou nos mais lentos, se destacando bastante as guitarras e os vocais urrados do grupo. Uma levada mais ganchuda com arranjos que beiram o Thrash Metal é o que se ouve em “Blood Path” com seu jeito explosivo de ser (reparem como a bateria usa sabiamente os bumbos). E “Mind Control”, a velocidade se faz mais uma vez presente, fazendo a brutalidade do grupo atingir picos que levam a cabeça a balançar por si só de maneira frenética.

Um trabalho muito bom e honesto, e o grupo, burilando um pouquinho mais sua música, estará pronto para voos mais altos.


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