22 de dez. de 2016

VADER – The Empire (CD)


2016 
Nacional

Tracklist:

1. Angels of Steel
2. Tempest
3. Prayer to the God of War
4. Iron Reign
5. No Gravity
6. Genocidius
7. The Army-Geddon
8. Feel My Pain
9. Parabellum
10. Send Me Back to Hell
11. Parabellum
12. Prayer to the God of War
13. Pięść I Stal
14. Overkill


Banda:



Peter - Vocais, guitarras
Spider - Guitarras
Hal - Baixo
James Stewart - Bateria


Contatos:



Nota:

Originalidade: 10
Composição: 10
Produção: 9

10/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Muitas vezes. Costuma-se dizer nas rodas de brincadeiras infantis: quem não aguenta com a brincadeira, melhor pedir para sair. E é o mesmo sentimento quando algumas bandas sem muito que expressar devem sentir quando encontram titãs com estilo consolidado e que estão muito bem.

Acho que é isso que muitas bandas sentem ao darem de cara com o VADER, quarteto polonês mais que conhecido no cenário extremo. Ainda mais que a banda acaba de ter lançamento nacional de seu mais recente álbum, “The Empire”, que a parceria da Shinigami Records com a Nuclear Blast Brasil nos proporcionou.

Seguindo a mesma linha de seu antecessor, “Tibi et Igni” (já que “Future of the Past II - Hell in the East” é um disco de covers), vemos em “The Empire” o quarteto indo fundo em uma mistura de seu estilo tradicional de fazer Death Metal com boa técnica e agressividade com nuances de Thrash Metal, e algumas melodias surgindo nos solos de guitarras. Se o impacto brutal de alguns anos atrás foi perdido, a banda continua tão agressiva quanto antes, apenas mantendo um nível de qualidade técnica maior, e com música inspiradas e muita, mas muita energia!

Tremei, clones, pois o destruidor está de volta!

Mais uma vez produzido, mixado e masterizado pelos irmãos Wojtek e Sławek Wiesławski, eles acertaram a mão na qualidade sonora do disco. Soando mais seco e direto, o quarteto se faz ouvir perfeitamente, e ganhou assim maior clareza, nos permitindo assimilar melhor o que eles estão fazendo. 

A arte da capa é do mais que conhecido Joe Petagno, que ficou excelente nessa simplicidade de contrastes de tons de azul, preto e cinza, em uma gravura que deixa claro o que o quarteto promove: carnificina sonora!

Sim, pois o VADER poder não estar mais com aquela sonoridade brutal e opressiva que ouvimos em clássicos como “Impressions in Blood”, pois optaram por uma sonoridade mais seca e clara, para deixar suas influências Thrash Metal mais claras. Mas o grupo não abriu a mão de sua agressividade rasgada, de seus arranjos bem cuidados ou do genocídio que são capazes de desencadear com suas canções. Isso não mudou, e não parece que irão mudar.

Musicalmente, “The Empire” é mais uma pérola agressiva na coroa de conquistas do quarteto, cada música tendo sua própria expressividade. Mas podem assinalar como as obrigatórias nas primeiras audições as seguintes: o assalto brutal e técnico da raivosa “Angels of Steel” (como baixo e bateria estão de primeira, trazendo uma diversidade rítmica ótima à música), o inferno sonoro desencadeado pelas guitarras chamado “Tempest” (solos com algumas melodias, e o impacto brutal de outrora aparecem), a pegada Death/Thrash Metal total em “Prayer to the God of War”, o peso absurdamente cavalar da técnica “Iron Reign” (momentos cadenciados empolgantes, muitas mudanças de ritmo e uma energia absurda, além de mais solos bem feitos e com boas doses de melodias), o ataque furioso das guitarras em “No Gravity”, o hino irrepreensível chamado “The Army-Geddon” (essa vai triturar pescoços, pois apesar da banda inteira estar muito bem, o trabalho dos vocais está ótimo), a brutalidade serrada e opressora de “Feel My Pain” e de “Parabellum” (os duelos de solos é insano), e a cadenciada e variada “Send Me Back to Hell”.

Acabou?

Nada disso, pois a versão nacional de “The Empire” tem quatro bônus, vindas do EP “Iron Times”, com “Parabellum” e “Prayer to the God of War” (que já estão no CD), mais as versões destruidoras para “Pięść I Stal” do PANZER X (banda de Metal tradicional de onde veio o guitarrista Spider, e que tinha Peter também nas guitarras, mas esta faixa não se encontra no EP “Still Fist”, único lançamento da banda), e “Overkill”, em uma homenagem ao MOTÖRHEAD (que ganhou uma roupagem mais brutal e agressiva, e que mostra como o finado Lemmy e sua gangue realmente são a raiz do Metal extremo, se alguém ainda tiver dúvidas disso).

Isso é Death Metal bem feito e brutal, e isso, meus caros, é uma especialidade do VADER!




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