22 de dez. de 2016

CHRONICODE - Shapeshifter (CD)


2016
Independente
Nacional

Tracklist:

1. Leave
2. When Life and Passion Embrace
3. I Will Not
4. Awakened
5. Vampire
6. Crush This Wheel
7. Break Out Of
8. Ties Bind Us
9. In Agony
10. Shapeshifter


Banda:

Mari Figueiredo – Vocais 
Julia Pombo – Guitarras 
Celo Oliveira – Guitarras 


Contatos:



Nota:

Originalidade: 9
Composição: 10
Produção: 9

9/10


Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Fundir Metal tradicional melodioso e cheio de nuances técnicas com a agressividade de estilos mais modernos foi um desafio que, por anos, se mostrou quase uma barreira intransponível, até que JUDAS PRIEST, METAL CHURCH e NEVERMORE mostraram o caminho a ser seguido. De lá para cá, sempre surgem bandas e mais bandas mostrando trabalhos bem feitos nesse caminho. Mas é ótimo ver que no Brasil, trabalhos assim andam pululando em vários pontos, e o trio CHRONICODE, do Rio de Janeiro, mostra-se uma revelação maravilhosa com “Shapeshifter”, seu primeiro álbum.

É surpreendente ver o que o trio formado por músicos com passagens por SCATHA, MELYRA, HYDRIA, MAGISTER e outros consegue criar algo bem diferente, que consegue soar melodioso e bem feito, com bom nível técnico, mas surpreendentemente agressivo e moderno, e mesmo em meio a um tsunami de nomes que nos surge a cada dia, se destacam, e muito!

É um dos melhores nomes novos do ano, talvez o melhor, em termos de Metal nacional!

O próprio trio chamou a responsabilidade de produzir o trabalho no Kolera Homestudio, com mixagem e masterização feitas por Celo Oliveira (o mesmo que trabalhou com VORGOK), deixando tudo claro e pesado, sempre mantendo as melodias em alta, e a banda mostra sabedoria na escolha dos timbres. E a capa de Raphael Efez mostra a complexidade das mudanças pelas quais todos nós passamos por nossas vidas, nossos “shapeshiftings” pessoais.

A experiência dos músicos permeia o disco, cheio de influências que poderiam soar díspares e impossíveis de serem fundidas em algo consensual, mas eles conseguiram. E em momento algum “Shapeshifter” soa forçado ou mal acabado. Longe disso, o disco é ótimo em termos musicais.

Melhores momentos: as melodias modernas de “Leave” e suas nuances instrospectivas e técnicas (guiadas pelos vocais fortes de Mariana), a azeda “When Life and Passion Embrace” e suas guitarras de primeira (os tempos mais lentos favorecem os riffs pesados e técnicos de Celo e Julia), o peso moderno onipresente de “I Will Not” (aqui se tem aquela pegada mais cheia de energia e que nos absorve completamente), a atmosfera intimista e agridoce de “Awakened” (os vocais estão ótimos, mostrando uma diversidade de timbres ótima, coisa de quem sabe usar a própria voz), a técnica e peso evidenciados em “Crush This Wheel”, a modernidade embasada em uma técnica um pouco mais simples de “In Agony”, e o peso avassalador dos riffs e base rítmica em “Shapeshifter” (uma canção bem grudenta, e que você vicia facilmente).

No mais, o CHRONICODE já veio mostrando um ótimo trabalho, e que “Shapeshifter” tenha logo sua versão física.

Ah, sim, “Shapeshifter” pode ser ouvido nas plataformas digitais abaixo.


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