2 de abr. de 2017

OVERKILL - The Grinding Wheel (álbum)


2017
Nacional

Nota: 10,0/10,0


Tracklist:

1. Mean, Green, Killing Machine
2. Goddamn Trouble
3. Our Finest Hour
4. Shine On
5. The Long Road
6. Let’s All Go to Hades
7. Come Heavy
8. Red, White and Blue
9. The Wheel
10. The Grinding Wheel
11. Emerald


Banda:


Bobby “Blitz” Ellsworth - Vocais
Dave Linsk - Guitarra solo
Derek “The Skull” Tailer - Guitarra base
D. D. Verny - Baixo, backing vocals
Ron Lipnicki - Bateria


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Assessoria:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Existem bandas que sempre terão uma legião de seguidores, mesmo que nunca sejam sucessos no mainstream. Bandas cujos anos de atividade criaram uma ligação íntima entre elas e seus fãs, tão forte que elas se sustentam até os dias de hoje. Isso vem da fidelidade da banda a eles e à sua própria música. São bandas como o OVERKILL, que mantém sempre um trabalho de excelente qualidade, mesmo quando experimentam um pouco. E mantendo sua fidelidade, o quinteto mais mal encarado e politicamente incorreto de Nova York retorna com o triturador de ossos que tem por nome “The Grinding Wheel”, que a parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil possibilitou a chegada em uma versão tupiniquim.

Agressivo, bruto e extremamente bruto, o Thrash Metal da banda continua com aquela forte carga de Hardcore de Nova York que sempre foi um de seus diferenciais. Não seria pecado algum chamar o quinteto de MOTORHEAD do Thrash Metal. Ora mais veloz e cheio de energia, ora mais cadenciado e bruto, o grupo continua fiel à suas raízes, mas sem soar repetitivo, sempre sabendo se renovar e alcançar o público mais jovem, nem que seja na marra!

E meus caros, de raça, coragem e disposição, a gangue do OVERKILL entende, e muito!

Em termos artísticos, o trabalho de Travis Smith ficou ótimo, com uma capa icônica e encarte bem editorado, embora em uma forma tradicional e simples. E isso tudo bem assentado em um Digipack muito bonito, algo que a versão nacional é fiel.

Produzido pelo próprio grupo, e tendo mixagem e masterização do já conhecido Andy Sneap, a qualidade sonora de “The Grinding Wheel” é realmente bem clara e seca, ao ponto de cada um dos instrumentos musicais está claro e os vocais agressivos como sempre. Mas o peso é evidenciado o disco todo, e a agressividade é tanta chega a deixar os alto-falantes esgotados!

O OVERKILL se aprimorou em ser um grupo fiel à suas raízes, sempre se mantendo agressivo e pesado enquanto muitos grupos buscam alternativas mais melódicas para se manterem ativos. Com técnica musical na medida, os vocais rasgados intensos de Bobby, os riffs e solos rasgados e bem feitos de Dave e Derek, além do baixo trovejante de D. D. e da bateria bruta de Ron, tudo isso fundido em altas energias formam uma música pessoal, ríspida e de bom gosto. Graças a isso, pode-se dizer que “The Grinding Wheel” é um dos melhores discos da banda.

Não tem como destacar essa ou aquela música, pois o capricho nas composições deixou essa tarefa bem difícil. Mas por mero preciosismo, a trinca raivosa formada por “Mean, Green, Killing Machine” (pesada, com andamento mediano e esbanjando agressividade, com vocais excelentes), “Goddamn Trouble” (grosseira e bruta, outra com o andamento não muito rápido, mas com uma energia impressionante, além de baixo e bateria estarem esbanjando técnica) e a “Our Finest Hour” (uma canção envolvente e intensa, com guitarras fulminantes e ótimas mudanças de ritmo, além de um refrão memorável), além dos arregaços de “Shine On” (mais peso furioso vindo da base rítmica, e mais uma vez eles rebuscam as influências do HC nova-iorquino), as raçudas e dinâmicas “The Long Road” (backing vocals de primeira, além de Bobby estar cantando em alta performance) e “Let’s All Go to Hades”, o peso mais cadenciado e grosseiro de “Come Heavy”, a velocidade intensa e pesada de “Red, White and Blue”, e a esmaga-átomos chamadas “The Wheel” e “The Grinding Wheel” (esta mais cadenciada e bruta no início, mais em certo momento, tome velocidade e riffs cavalares, uma especialidade desses caras). E de presente, a versão nacional tem uma bela faixa extra, “Emerald”, um cover do bom e velho THIN LIZZY, que aqui ganhou uma roupagem mais personalizada nos moldes do OVERKILL, mas sem que o clima melodioso original seja perdido, e onde Bobby canta de uma forma que lembra bastante seu início de carreira.

Nem tem o que dizer: “The Grinding Wheel” já nasceu um dos melhores discos do ano, sem sombra de dúvidas! 


Um comentário:

  1. Só achei algumas músicas um pouco longas. Antigamente nem todas as músicas dos discos de overkill eram longas

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Obrigado pelo comentário.
Liberaremos assim que for analisado.

OM SHANTI!

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