2017
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Mean,
Green, Killing Machine
2. Goddamn
Trouble
3. Our
Finest Hour
4. Shine On
5. The Long
Road
6. Let’s
All Go to Hades
7. Come
Heavy
8. Red,
White and Blue
9. The
Wheel
10. The
Grinding Wheel
11. Emerald
Banda:
Bobby “Blitz”
Ellsworth - Vocais
Dave Linsk
- Guitarra solo
Derek “The
Skull” Tailer - Guitarra base
D. D. Verny
- Baixo, backing vocals
Ron Lipnicki - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://wreckingcrew.com/Ironbound/
Twitter:
https://twitter.com/OverkillBand
Youtube:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Existem bandas que sempre terão uma legião de seguidores,
mesmo que nunca sejam sucessos no mainstream. Bandas cujos anos de atividade
criaram uma ligação íntima entre elas e seus fãs, tão forte que elas se
sustentam até os dias de hoje. Isso vem da fidelidade da banda a eles e à sua
própria música. São bandas como o OVERKILL, que mantém sempre um trabalho de
excelente qualidade, mesmo quando experimentam um pouco. E mantendo sua
fidelidade, o quinteto mais mal encarado e politicamente incorreto de Nova York
retorna com o triturador de ossos que tem por nome “The Grinding Wheel”, que a parceria
entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil possibilitou a chegada em
uma versão tupiniquim.
Agressivo, bruto e extremamente bruto, o Thrash Metal da
banda continua com aquela forte carga de Hardcore de Nova York que sempre foi
um de seus diferenciais. Não seria pecado algum chamar o quinteto de MOTORHEAD
do Thrash Metal. Ora mais veloz e cheio de energia, ora mais cadenciado e
bruto, o grupo continua fiel à suas raízes, mas sem soar repetitivo, sempre
sabendo se renovar e alcançar o público mais jovem, nem que seja na marra!
E meus caros, de raça, coragem e disposição, a gangue do
OVERKILL entende, e muito!
Em termos artísticos, o trabalho de Travis Smith ficou
ótimo, com uma capa icônica e encarte bem editorado, embora em uma forma
tradicional e simples. E isso tudo bem assentado em um Digipack muito bonito,
algo que a versão nacional é fiel.
Produzido pelo próprio grupo, e tendo mixagem e masterização
do já conhecido Andy Sneap, a qualidade sonora de “The Grinding Wheel” é realmente
bem clara e seca, ao ponto de cada um dos instrumentos musicais está claro e os
vocais agressivos como sempre. Mas o peso é evidenciado o disco todo, e a
agressividade é tanta chega a deixar os alto-falantes esgotados!
O OVERKILL se aprimorou em ser um grupo fiel à suas raízes,
sempre se mantendo agressivo e pesado enquanto muitos grupos buscam
alternativas mais melódicas para se manterem ativos. Com técnica musical na
medida, os vocais rasgados intensos de Bobby, os riffs e solos rasgados e bem
feitos de Dave e Derek, além do baixo trovejante de D. D. e da bateria bruta de
Ron, tudo isso fundido em altas energias formam uma música pessoal, ríspida e
de bom gosto. Graças a isso, pode-se dizer que “The Grinding Wheel” é um dos
melhores discos da banda.
Não tem como destacar essa ou aquela música, pois o capricho
nas composições deixou essa tarefa bem difícil. Mas por mero preciosismo, a trinca
raivosa formada por “Mean, Green, Killing Machine” (pesada, com andamento
mediano e esbanjando agressividade, com vocais excelentes), “Goddamn Trouble”
(grosseira e bruta, outra com o andamento não muito rápido, mas com uma energia
impressionante, além de baixo e bateria estarem esbanjando técnica) e a “Our
Finest Hour” (uma canção envolvente e intensa, com guitarras fulminantes e
ótimas mudanças de ritmo, além de um refrão memorável), além dos arregaços de “Shine
On” (mais peso furioso vindo da base rítmica, e mais uma vez eles rebuscam as
influências do HC nova-iorquino), as raçudas e dinâmicas “The Long Road” (backing
vocals de primeira, além de Bobby estar cantando em alta performance) e “Let’s
All Go to Hades”, o peso mais cadenciado e grosseiro de “Come Heavy”, a
velocidade intensa e pesada de “Red, White and Blue”, e a esmaga-átomos
chamadas “The Wheel” e “The Grinding Wheel” (esta mais cadenciada e bruta no
início, mais em certo momento, tome velocidade e riffs cavalares, uma
especialidade desses caras). E de presente, a versão nacional tem uma bela
faixa extra, “Emerald”, um cover do bom e velho THIN LIZZY, que aqui ganhou uma
roupagem mais personalizada nos moldes do OVERKILL, mas sem que o clima
melodioso original seja perdido, e onde Bobby canta de uma forma que lembra
bastante seu início de carreira.
Nem tem o que dizer: “The Grinding Wheel” já nasceu um dos
melhores discos do ano, sem sombra de dúvidas!
Só achei algumas músicas um pouco longas. Antigamente nem todas as músicas dos discos de overkill eram longas
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