2017
Selos: Shinigami Records
Nacional
Nota: 9,0/10,0
Tracklist:
1. Void
2. Prismatic Abyss
3. The Soulless Acolyte
4. Hybridization
5. Erebus
6. Ophiophagy
7. The Oracles of Existence
8. Cynical Entity
9. Stillborn Existence
10. Cycles of Haruspex
11. Misery
12. Odium
Banda:
Mark Poida - Vocais
Chris Cougan - Guitarras
Mick Jeffery - Guitarras
Jayden Mason - Bateria
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/AversionsCrown/
Twitter: https://twitter.com/Aversions_Crown
Instagram: https://www.instagram.com/aversions_crown/
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Existem bandas que realmente nos surpreendem pelo trabalho musical que fazem um trabalho tão brutal e opressivo em termos de Death Metal que chegam a doer os ouvidos dos mais incautos. Mas para os acostumados, pode ser uma descoberta fundamental. E este último é onde encaixamos o quarteto australiano AVERSIONS CROWN, de Brisbane. O terceiro e mais recente disco da banda, “Xenocide”, é uma autêntica máquina de guerra Death Metal, e que a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil acabam de soltar no mercado nacional.
O grupo faz um formato moderno do gênero, que muitos chamam de Deathcore, embora não reflita toda a realidade. É agressivo, brutal e cheio de impacto, com andamentos técnicos, um trabalho ótimo de baixo e bateria, e a técnica das guitarras é chocante. Além disso, os vocais oscilando entre tons guturais extremos e gritos rasgados dão uma sensação azeda e densa. E sim, sempre com qualidade diferenciada, uma garantia de que “Xenocide” é um ótimo trabalho.
A produção de “Xenocide” é da própria banda em parceria com Adam Merker, e as gravações foram feitas no Studio Anders Debeerz, na cidade natal do grupo. Mas a mixagem e masterização são de Mark Lewis (o mesmo que já trabalhou com nomes como WHITECHAPEL, DEVILDRIVER, THE BLACK DAHLIA MURDER) no Audiohammer Studio. O resultado: uma qualidade sonora moderna, azeda e onde a agressividade da música do grupo escorre pelos falantes, mas sempre mantendo a definição instrumental e nos permitindo entender o que eles estão tocando. E isso sem falar na ótima parte gráfica do CD, com uma capa linda e um encarte muito bem feito.
Bruto e explosivo, o disco é agradável justamente por muitas variações de ritmo e uso de partes melodiosas extremas. E nisso, a banda mostra a capacidade de criar algo diferenciado, que acrescenta valor ao Metal, e nisso, devemos aplaudi-los.
O disco é bom de ponta a ponta, do inicio ao fim, mas algumas canções realmente merecem ser citadas em especial: o arregaço azedo e bruto de “Prismatic Abyss” (um festival esporrento de velocidade e muitos arranjos bem feito entre as mudanças de ritmo, e é evidenciado o trabalho ótimo de baixo e bateria), as partes lentas e climáticas de “The Soulless Acolyte” (os riffs de guitarra do grupo são excelentes, formando uma muralha de acordes de primeira), as passagens mais introspectivas e melancólicas em certos momentos de “Erebus” (a parte instrumental da canção é perfeita, mostrando ótima técnica, mas o destaque fica para os vocais), o peso opressivo de “Ophiophagy” e sua agressividade explícita (reparem como as guitarras criam passagens ótimas), as partes densas de “The Oracles of Existence” e de “Cynical Entity”, os tempos cadenciados de “Cycles of Haruspex” (mais uma vez, a base rítmica da banda rouba a cena com seu peso e técnica, fora as belas incursões de guitarras mais melodiosas), e o ataque destruidor de tímpanos chamado “Odium” (uma paulada, cheia de velocidade, peso e adrenalina).
No mais, o AVERSIONS CROWN é um nome excelente dessa nova safra, então, apreciem sem moderação alguma!