8 de dez. de 2016

SODOM - Decision Day (Álbum)


2016
Nacional


Tracklist:

1. In Retribution
2. Rolling Thunder
3. Decision Day
4. Caligula
5. Who is God?
6. Strange Lost World
7. Vaginal Born Evil
8. Belligerence
9. Blood Lions
10. Sacred Warpath
11. Refused to Die


Banda:


Tom Angelripper - Vocais, baixo
Bernemann - Guitarras
Makka - Bateria, percussão


Contatos:



Nota:

Originalidade: 9
Composição: 10
Produção: 10

10/10


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Certas bandas são tão importantes que acabam vivendo à sombra de seu passado por anos e anos. Se um disco fraco é lançado, as comparações com o passado são imediatas; se é um disco bom, outro tipo de comparação logo surge. Ou seja, basicamente toda banda que seja reconhecida tem que conviver com isso, mesmo quando algumas são feitas de forma completamente errônea, baseada em achismos. E o SODOM, por sua importância para a consolidação de vários gêneros no Metal, sempre tem que se virar com isso. Mas acho que alguns fãs terão que engolir “Decision Day”, disco mais recente da banda (lançado no Brasil pela Shinigami Records) nem que seja na marra!

Talvez “Decision Day” seja o melhor disco da banda desde o encerramento da dita fase áurea do grupo, já que é uma pedrada Thrash Metal agressiva e bruta como só o trio sabe fazer, sempre bem trabalhada e com boas linhas melódicas. Tom está cantando muito bem, usando uma boa diversidade de timbres (que vão do urrado tão característico dele aos normais quando necessário), fora seu baixo estar firme na marcação; Bernemann está fantástico com seus riffs rasgados e agressivos, e seus solos bem feitos; e Makka, que está na banda desde 2010, mostra uma técnica apurada e pegada bem pesada. Ou seja, o entrosamento deles reflete na rispidez e bom gosto por todo o álbum.

Trocando em miúdos: “Decision Day” é um discão, digno de palmas!

Usando da experiência da banda, o produtor Cornelius Rambadt soube dar uma sonoridade compacta, pesada, agressiva e bem feita às músicas. Pelo que consta em entrevistas (como a da Roadie Crew 214), o disco foi gravado de forma analógica, sem triggers na bateria, com microfones e amplificadores, o que dá esse com orgânico e sujo, mas a masterização de Dennis Koehne consegue deixar a sonoridade forte e adaptada aos recursos modernos de reprodução dos dias de hoje. 

O passado encontra o presente...

A arte de Joe Petagno (sim, o mesmo que fez artes para MOTORHEAD e KRISIUN, entre outros) nos brinda com uma visão modernizada e selvagem de Knarrenheinz, velho mascote da banda e tão conhecido de seus fãs. E foi pintada, não foi feita em computador! E o layout e design de Jens Reinold ficaram ótimos. E tudo isso numa apresentação em um Digipack de três abas!

Tanto esforço resulta em um dos grandes discos de Thrash Metal de 2016, pois se a banda teve tanto suporte em termos de áudio e visual, eles fizeram música que são excelentes, sem exageros, mas muito bem arranjadas. É o bom e velho estilo do SODOM, apenas com toques pessoais de cada integrante.

É impossível não se apaixonar por canções como a raçuda e ganchuda “In Retribution” seus riffs velozes e aquela levada Thrash à moda antiga (mas com algumas mudanças de ritmo ótimas); ou a brutalidade rítmica opressiva do rolo compressor chamado “Rolling Thunder” (a velocidade dos tempos é reduzida, dando aquele toque azedo e opressivo que a banda sempre tem, e temos um trabalho de primeira de baixo e bateria); oo ritual de guerra marcante chamado “Decision Day” (ótimos backing vocals, o vocal de Tom se destaca bastante sobre uma colcha instrumental perfeita, especialmente pelas guitarras precisas de Bernemann). Mas esperem que tem mais, pois ainda existem granadas musicais excelentes como a uptempo brutal “Who is God?”, a azeda e cadenciada “Strange Lost World” (belos vocais urrados, e a bateria de Makka está perfeita), a porradaria sem limites e rápida de “Vaginal Born Evil”, a bruta e explosiva “Blood Lions” (que guitarras!), e a envolvente agressividade mostrada em “Sacred Warpath”. Mas não jogue faixa alguma fora, pois todas tem seu valor, seu jeito bruto e grudento de ser.

Isso é o Thrash Metal germânico que muitos tentam imitar, mas que ninguém consegue!

Isso é o SODOM!

Ansioso para ouvir esse disco ao vivo!



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