2016
Nacional
Tracklist:
1. Bizarre
2. One Sided War
3. Can’t Take This Life
4. Radio
5. Golden Age
6. Only You
7. I Am
8. Who Am I
9. You Make Me Wanna
10. Comfort Zone
11. One Way Up
12. Can’t Take This Life
Banda:
Michael Sweet - Vocais, Guitarras
Joel Hoekstra - Guitarras
Ethan Brosh - Guitarras
John O’Boyle - Baixo
Paul McNamara - Teclados, Moog
Charles Foley - Backing vocals
Will Hunt - Bateria
Contatos:
Nota:
Originalidade: 9
Composição: 10
Produção: 10
10/10
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Falar em MICHAEL SWEET é falar em um pioneiro dentro o Metal e do Rock.
Sim, pois ele é um dos primeiros músicos cristãos assumidos a fazer sucesso com uma banda que usa dessa temática, que é o STRYPER. Mas aqui, tratamos de seu novo disco solo, “One Sided War”, que nos chega em versão nacional graças aos esforços da Shinigami Records.
O que se pode esperar de “One Sided War”, senão o bom e velho Hard’n’Heavy que ele faz desde os anos 70, com a diferença que a expressividade é toda dele, sem que as canções estejam submetidas a um produtor ou aos seus colegas de banda. E assim, percebe-se o lado mais melodioso e rocker da música de Michael. E como é bom para os ouvidos e coração ouvir música assim, pesada e com aquela dose certa de melodia, daquele tipo que se ouve e não se esquece mais, além de um esmero muito grande com cada refrão, mas mesmo assim, o disco soa bem espontâneo e solto, sem as pressões de estar em uma banda de nome muito grande.
Ou seja: “One Sided War” é um disco maravilhoso!
Produzido pelo próprio Michael no Spirithouse Studio, em Northampton, e com engenharia de Danny Bernini (e alguns toques adicionais de Kenny Lewis), a sonoridade de “One Sided War” é vigorosa e pesada, e com aquele toque de agressividade Hard’n’Heavy bem anos 80. Mas o nível de limpeza é grande, permitindo que tenhamos a clara noção do que a banda está tocando.
A arte gráfica é bem simples, deixando claro qual o conteúdo lírico do CD. Aliás, alguém esperava algo diferente de Michael?
Musicalmente, “One Sided War” é um disco maduro, forte e cativante, mas com uma espontaneidade enorme, e justamente são os elementos que nos seduzem a cada faixa. E como o homem está cantando e tocando em alto nível!
É meio covardia dizer que o disco possua melhores momentos ou destaques, uma vez que a homogeneidade de “One Sided War” salta os olhos. Mas para referência do leitor, destacamos o Hard’n’Heavy nervoso e grudento de “Bizarre” (que guitarras!), o andamento mais ameno e a introspecção pesada de “One Sided War” (belíssimo refrão e um trabalho excelente de baixo), o peso abrasivo e moderno de “Can’t Take This Life” (o andamento é sedutor, o refrão extremamente grudento e o as guitarras esbanjam riffs excelentes), a cadenciada e densa “Radio” (o andamento é mais cadenciado, mas sem que o nível de acessibilidade musical seja perdido e, além disso, a bateria está pesada e fantástica, sem contar os toques de banjo que aparecem), a energia envolvente e ganchuda de “Golden Age” (que mais uma vez apresenta um trabalho formidável em termos de guitarras pesadas), o peso Hard oleoso de “Only You”, a acessível e contagiante levada agressiva de “I Am”, a balada agridoce “Who Am I” (onde o lado mais sensível e introspectivo da música de Michael surge), a selvageria Hard/Sleazy de “You Make Me Wanna” (outra com andamento moderado, alguns toque modernos, e a voz se sobressai, especialmente nas partes dos backing vocals), o peso grudento da acessível e genial “Comfort Zone” (como esse cara canta!), aquele bom e velho Hard mais “soft” com toques de Southern e Country de “One Way Up”, e a versão de “Can’t Take This Life” que tem a participação de Moriah Formica).
Pesado, criativo e atemporal são apenas alguns adjetivos para se falar de “One Sided War”, e ainda bem que MICHAEL SWEET ainda está por aqui, e que no futuro, continue nos brindando com discos de primeira assim.