2016
Nacional
Músicas:
1. Battle of Arcane Might
2. Powerwind
3. Guardian of the Seas
4. Flight of the Sapphire Dragon
5. There and Back Again
6. Riders of the Dawn
7. Keepers of Fate
8. Rise of a Hero
9. To the Stars
10. Heroes of Mighty Magic
11. Epilogue
12. Knights of Twilight's Might
Banda:
Chrileon - Vocais
Aerendir - Guitarras
Lynd - Guitarras, alaúde, violão
Borne - Baixo
Blackwald - Cravo, teclados, piano, violino
De'Azsh - Bateria
Contatos:
Nota:
Originalidade: 7
Composição: 9
Produção: 9
8/10
Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
O Power Metal sinfônico é um gênero que anda muito desgastado. A culpa de tal fator foi justamente aquele tsunami de bandas fazendo esse estilo ocorrido entre a segunda metade dos anos 90 e meados da década passada. E como efeito, as bandas mais jovens que seguirem por este caminho irão encontrar um público exigente, e ávido por novidades relevantes.
Nisso, podemos garantir que “Heroes of Mighty Magic”, segundo álbum do sexto sueco TWILIGHT FORCE, merece elogios, e irá conquistar muitos fãs. Ainda mais que a Shinigami Records, por meio da parceria com a Nuclear Blast Brasil, colocou o disco nas lojas do país.
O que aguarda nossos ouvidos é uma banda que segue uma linha mais pomposa, cheia de belas orquestrações, fora o uso de violinos, alaúdes, cravos e violões em harmonia com baixo, guitarras, bateria, teclados e vocais. E isso sem contar a adição de uma atmosfera épica/pagã que nos faz muito bem. Digamos que é uma experiência no nível de “e se J. R. R. Tolkien fosse guitarrista, e não escritor”, ou seja, se o autor de obras como “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit” fosse um instrumentista de banda de Metal.
E, além disso, a banda tem uma capacidade de escrever ótimas canções, que nos envolvem, com momentos grandiosos, corais bem estilizados, tudo funciona para tornar a audição desse CD em algo prazeroso.
Devido à sua concepção grandiosa, a produção de “Heroes of Mighty Magic” exigiu muito de Blackwald e Lynd, que tomaram para si esta responsabilidade. Mas podem ficar tranquilos, pois a sonoridade de flui do disco é de primeira, e juntar tantos instrumentos e elementos assim não é algo muito fácil de conseguir, mas eles chegaram lá: clareza em um nível absurdo, mas mantendo uma boa dose de peso e agressividade.
A arte gráfica é um deleite. A diagramação é feita como se estivéssemos lendo um livro, e as imagens de cada músico parecem com personagens de RPG dos sistemas de mundo medieval, com atributos e tudo mais. A arte da capa, muito bela, evoca claramente o estilo do grupo. O trabalho de Blackwald na direção artística, Kerem Beyit (arte), e de Louise Klintäng e Hanna Turi (design) é soberba.
Musicalmente, o sexteto não deixa a desejar, embora seu estilo não seja algo novo de fato. Mas a banda possui identidade forte, que pulsa em cada uma de suas composições, com arranjos bem feitos e boa dinâmica entre os instrumentos e vocais.
“Heroes of Mighty Magic” é um disco de primeira, e possui como destaques as seguintes canções:
“Battle of Arcane Might” – Um hino de guerra, com boa dose de peso, muitas linhas melodiosas, mostrando uma riqueza instrumental e técnica bem acima da média. E com belíssimo trabalho de corais e um refrão muito bom. Óbvio que os maiores destaques ficam mesmo para os teclados e vocais.
“Powerwind” – Outra faixa grandiosa, cheia de momentos com conduções ótimas feitas por baixo e bateria. E é interessante perceber como as guitarras da banda fazem riffs bem envolventes, e solos com muita técnica, mas sem perder a noção melódica.
“There and Back Again” – Uma jóia preciosa com mais de 10 minutos de duração. Óbvio que uma dimensão temporal dessas significa que o recheio de arranjos instrumentais é muito grande, e excelente. Orquestrações perfeitas, além de um trabalho perfeito dos vocais mais uma vez, e belíssimo refrão, onde corais dão um toque de grandiosidade.
“Keepers of Fate” – Outra cheia de muitos arranjos bem feitos de teclados e guitarras. Mas não dá para não destacar as guitarras, pois os riffs são de primeira e os solos caprichados. É uma canção envolvente e melodiosamente cativante.
“Rise of a Hero” – É interessante ver como sob o alinhavo melódico e grandioso da banda, eles criam muitas mudanças de ritmo de primeira. Óbvio que baixo e bateria estão naquela velocidade que os fãs do gênero adoram, mas há muitas variações aqui.
“Heroes of Mighty Magic” – Se estiver em um dia ruim, precisando de uma injeção de energia positiva, ponha esta aqui para tocar. É uma das faixas mais cheias de detalhes em termos de arranjo de todo o disco. Há momentos melodiosos tão envolventes, cheios de grandiosidade musicais e corais que é impossível ficar desanimado.
No mais, “Heroes of Mighty Magic” pode não trazer novidades ao estilo, mas tem um valor enorme.