18 de out. de 2016

EQUILIBRIUM – Armageddon (Álbum)


2016
Nacional


Músicas:

1. Sehnsucht
2. Erwachen
3. Katharsis
4. Heimat
5. Born to Be Epic
6. Zum Horizont
7. Rise Again
8. Prey
9. Helden
10. Koyaaniskatsi
11. Eternal Destination


Banda:


Robse - Vocais
René - Guitarras, vocais
Dom R. Crey - Guitarra solo, vocais
Makki - Baixo
Hati - Bateria


Contatos:



Nota:

Originalidade: 8
Composição: 10
Produção: 8

9/10


Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Desde que o BATHORY lançou “Blood Fire Death” e “Hammerheart”, todo um novo universo musical surgiu. Sim, estas são as raízes do Viking Metal e outras vertentes, onde vez por outra, vemos bandas acima da média surgindo e nos brindando com discos muito bons. E é o caso do quinteto alemão EQUILIBRIUM, que chega até nós com “Armageddon”, lançado no Brasil pela parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil.

A banda segue um estilo de Epic/Viking Metal agressivo à lá AMON AMARTH, se diferenciando por ter um enfoque um pouco maior nas melodias e com uso amplo de teclados. Mas não se enganem: o grupo não é um clone do quinteto sueco, pois sabe criar músicas bem variadas, cheias de energia e que nos envolvem de tal forma que ouvimos o disco mais vezes que podemos contar. Sim, musicalmente falando, eles são bem mais trabalhados e melodiosos que a maioria das bandas que transitam por este caminho.

Sim, “Armageddon” é viciante!

René Berthiaume produziu e mixou o disco, tendo Maor Appelbaum na masterização. E o resultado final é muito bom, com cada instrumento em seu devido lugar, com bons timbres instrumentais, uma dose generosa de clareza, embora um toque de crueza seja sensível (pois se faz necessário).

O lado gráfico é um trabalho muito bem feito, com a capa de Skadi Rosehurst dando aquele toque visual Pagan/Folk/Viking essencial ao som do grupo.

“Armageddon” nasceu grande, pois a banda está muito bem, sabendo oscilar entre os momentos mais agressivos e outros puramente épicos sem se perder ou destoar. E sim, o grupo mostra uma boa diversidade de arranjos melódicos, e estas se agarram aos nossos ouvidos de tal forma que não esquecemos mais.

Melhores momentos:

“Erwachen” – Agressiva e com alguns toques mais modernos no início, logo as melodias ganchudas à lá Gothenburg Death Metal, entremeadas por teclados de primeira. As mudanças de ritmo são belíssimas, graças ao trabalho ótimo de baixo e bateria, que seguram o ritmo em todos os momentos (mesmo nos mais limpos e voltados ao Pagan/Folk).

“Katharsis” – Meus sais, como a mistura entre os momentos mais voltados ao Viking Metal e os mais épicos se mesclam perfeitamente, com alguns vocais limpos surgindo entre os urros guturais. É algo grandioso, melódico e brilhante, bastando reparar na riqueza de riffs e arranjos de teclados.

“Heimat” – Apesar da agressividade musical do grupo, esta é uma de suas músicas mais acessíveis, cheias de belíssimos teclados e arranjos rebuscados de guitarras. E é nela que encontramos belos vocais femininos (uma participação especial de Jenny Böhm), além das flautas de Christoph Wellm, Robert Leuschner, Martin Hahn, e Sebastian Fauth.

“Born to Be Epic” – E o quintet resolve investir em uma canção um pouco mais simples e direta em termos de arranjos, mas transbordando de melodias épicas que se mixam ao lado mais épico do grupo. É incrível poder ouvir o trabalho dos vocais e teclados.

“Rise Again” – Em certos momentos, o lado um pouco mais focado em elementos mais melodiosos dá as caras, algo que as bandas de Gotemburgo fazem com maestria, com tempos mais rápidos e envolventes, e os timbres vocais são uma variada entre o gutural simples e um tom um pouco mais alto dos mesmos. E as incursões de flauta foram feitas por Galo, outro convidado especial.

“Prey” – O andamento é mais cadenciado, azedo, trazendo aquela aura mais suja e introspectiva das raízes do Viking Metal. As melodias dos teclados são evidentes, mas impossível não falar de como baixo e bateria estão em grande forma uma vez mais.

“Helden” – Outra que é bem cadenciada, mas diferente da anterior, as melodias são mais belas, e o nível de agressividade diminuiu. Mas justamente por isso que percebemos a diversidade de melodias dos riffs de guitarra.

“Eternal Destination” – Em seus mais de sete minutos de duração, o quinteto nos toma de assalto graças às belas melodias de teclado, mais o trabalho técnico perfeito dos vocais, onde temos mais um convidado especial, Charly. E se preparem, pois a diversificação instrumental.

É um ótimo disco, que surpreende o ouvinte.

Parabéns ao EQUILIBRIUM por fazer de “Armageddon” um disco tão bom.


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