18 de jul. de 2017

SEVEN SPIRES - Solveig (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 9,4/10,0

Tracklist:

1. The Siren
2. Encounter
3. The Siren (Reprise)
4. The Cabaret of Dreams
5. Choices      
6. Closure
7. 100 Days
8. Stay
9. The Paradox
10. Serenity
11. Depths
12. Distant Lights
13. Burn         
14. Ashes
15. Reflections


Banda:


Adrienne Cowan - Vocais
Jack Kosto - Guitarras
Peter Albert de Reyna - Baixo


Contato:

Bandcamp:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Incrível que mesmo depois do dilúvio de bandas de Symphonic Metal entre 2002 e 2007, continuamos tendo hoje em dia excelentes trabalhos do gênero, bandas que parecem estar dispostas não só a fazerem seus trabalhos com dignidade, mas de deixarem suas marcas de forma indelével no estilo. E vindos de Boston (EUA), o quarteto SEVEN SPIRES parece disposto a tanto, como o ótimo “Solveig” deixa claro. E o melhor de tudo: a Hellion Records Brasil pôs uma versão nacional do disco nas lojas!

“Solveig”, em sua essência, nos mostra uma banda de Symphonic Metal que não se furta de pegar pesado quando necessário, e mesmo o uso de vocais esganiçados e agressivos não é descartado. Sim, o quarteto lança mão de influências clássicas, melodiosas ou ríspidas conforme a criatividade lhes dita o caminho, criando músicas diferenciadas, com ótima dose de energia. Obviamente, isso encaixa perfeitamente no conceito do disco.

Desta forma, se percebe que o SEVEN SPIRES é um grupo com forte personalidade.

Em termos de qualidade sonora, “Solveig” é muito bem feito, verdade seja dita. Tudo está soando como deve, em seu devido lugar, e com suas doses de brilho e peso devidas. E desta forma, há um equilíbrio bem feito entre peso, elegância, agressividade e clareza no trabalho musical do quarteto. E digamos de passagem que a escolha dos timbres foi muito boa. Ou seja, é um trabalho muito bom em termos de produção, e Sascha Paeth e Miro, que fizeram a mixagem e a masterização do disco, deram aquele toque essencial de peso e qualidade.

A capa foi feita em uma arte que transpira a musicalidade da banda e sua proposta teatral, recebendo um efeito de esmaecimento que ficou ótimo.

Tendo 15 músicas, “Solveig” tem uma riqueza musical bem interessante, uma vez que o grupo caprichou. Todas as canções mostram uma banda madura, que sabem fazer ótimas canções sem soar repetitiva ou cansativa aos ouvidos. Arranjos bem, feitos, belos vocais, partes de guitarra de primeira, baixo e bateria sólidos e formando uma base rítmica variada, e teclados muito bem colocados são os elementos que compõem a música da banda, que é maravilhosa.

Escolher destaques em “Solveig” não é algo simples, mas a sinfônica e grandiosa “Encounter”, a beleza “noir” e agressiva de “The Cabaret of Dreams” (onde certa aclimatação mezzo cabaret, mezzo teatral, fica evidenciada, com vocais excelentes, contrastando entre o suave, o mais rascante e outros timbres mais urrados pontuais), as lindas partes de teclados em “Choices” e seu andamento pesado (reparem bem como as guitarras mostram riffs muito bons e solos virtuosos, mas contrastando muito bem com as orquestrações), o contraste belíssimo de suavidade dos vocais (embora alguns timbres guturais apareçam) e momentos de piano perfeitos de “Closure” (que andamento bem trabalhado), a calma e bela “100 Days”, guiada por pianos, teclados e vocais (bela voz com timbres suaves!), para depois entram guitarras e baixo (que está bem virtuoso em certos momentos), a pancadaria extrema promovida em “Paradox” (base rítmica bem variada e mais partes extremas de vocais sob belas linhas melodiosas) e em alguns momentos de “Serenity” (que é bem melodiosa e cheia de belas passagens das guitarras), a moderna e energética “Distant Lights” (que tem momentos que transita entre o Power Metal e o Metal tradicional), a longa e bem trabalhada “Burn”, e a forte e cheia de influências de Gotemburgo “Ashes”.

Sim, “Solveig” é um puta discão, e o SEVEN SPIRES faz bonito, e merece aplausos!


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