2017
Selo: Hellion Records Brasil
Nacional
Nota: 9,4/10,0
Tracklist:
1. The
Siren
2.
Encounter
3. The
Siren (Reprise)
4. The
Cabaret of Dreams
5. Choices
6. Closure
7. 100 Days
8. Stay
9. The
Paradox
10.
Serenity
11. Depths
12. Distant
Lights
13. Burn
14. Ashes
15.
Reflections
Banda:
Adrienne Cowan - Vocais
Jack Kosto - Guitarras
Peter Albert de Reyna - Baixo
Contato:
Site Oficial: https://www.sevenspiresband.com/home
Facebook: https://www.facebook.com/sevenspiresband
Twitter: https://twitter.com/SevenSpiresBand/
Instagram: https://www.instagram.com/sevenspiresband/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: sevenspiresofficial@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Incrível que mesmo depois do dilúvio de bandas de Symphonic
Metal entre 2002 e 2007, continuamos tendo hoje em dia excelentes trabalhos do
gênero, bandas que parecem estar dispostas não só a fazerem seus trabalhos com
dignidade, mas de deixarem suas marcas de forma indelével no estilo. E vindos
de Boston (EUA), o quarteto SEVEN SPIRES parece disposto a tanto, como o ótimo “Solveig”
deixa claro. E o melhor de tudo: a Hellion Records Brasil pôs uma versão nacional do disco nas lojas!
“Solveig”, em sua essência, nos mostra uma banda de Symphonic
Metal que não se furta de pegar pesado quando necessário, e mesmo o uso de
vocais esganiçados e agressivos não é descartado. Sim, o quarteto lança mão de
influências clássicas, melodiosas ou ríspidas conforme a criatividade lhes dita
o caminho, criando músicas diferenciadas, com ótima dose de energia.
Obviamente, isso encaixa perfeitamente no conceito do disco.
Desta forma, se percebe que o SEVEN SPIRES é um grupo com
forte personalidade.
Em termos de qualidade sonora, “Solveig” é muito bem feito,
verdade seja dita. Tudo está soando como deve, em seu devido lugar, e com suas
doses de brilho e peso devidas. E desta forma, há um equilíbrio bem feito entre
peso, elegância, agressividade e clareza no trabalho musical do quarteto. E
digamos de passagem que a escolha dos timbres foi muito boa. Ou seja, é um
trabalho muito bom em termos de produção, e Sascha Paeth e Miro, que fizeram a mixagem
e a masterização do disco, deram aquele toque essencial de peso e qualidade.
A capa foi feita em uma arte que transpira a musicalidade da
banda e sua proposta teatral, recebendo um efeito de esmaecimento que ficou
ótimo.
Tendo 15 músicas, “Solveig” tem uma riqueza musical bem
interessante, uma vez que o grupo caprichou. Todas as canções mostram uma banda
madura, que sabem fazer ótimas canções sem soar repetitiva ou cansativa aos
ouvidos. Arranjos bem, feitos, belos vocais, partes de guitarra de primeira,
baixo e bateria sólidos e formando uma base rítmica variada, e teclados muito
bem colocados são os elementos que compõem a música da banda, que é
maravilhosa.
Escolher destaques em “Solveig” não é algo simples, mas a
sinfônica e grandiosa “Encounter”, a beleza “noir” e agressiva de “The Cabaret
of Dreams” (onde certa aclimatação mezzo cabaret, mezzo teatral, fica
evidenciada, com vocais excelentes, contrastando entre o suave, o mais rascante
e outros timbres mais urrados pontuais), as lindas partes de teclados em “Choices”
e seu andamento pesado (reparem bem como as guitarras mostram riffs muito bons
e solos virtuosos, mas contrastando muito bem com as orquestrações), o
contraste belíssimo de suavidade dos vocais (embora alguns timbres guturais
apareçam) e momentos de piano perfeitos de “Closure” (que andamento bem
trabalhado), a calma e bela “100 Days”, guiada por pianos, teclados e vocais (bela
voz com timbres suaves!), para depois entram guitarras e baixo (que está bem
virtuoso em certos momentos), a pancadaria extrema promovida em “Paradox” (base
rítmica bem variada e mais partes extremas de vocais sob belas linhas
melodiosas) e em alguns momentos de “Serenity” (que é bem melodiosa e cheia de
belas passagens das guitarras), a moderna e energética “Distant Lights” (que
tem momentos que transita entre o Power Metal e o Metal tradicional), a longa e
bem trabalhada “Burn”, e a forte e cheia de influências de Gotemburgo “Ashes”.
Sim, “Solveig” é um puta discão, e o SEVEN SPIRES faz
bonito, e merece aplausos!