2017
Selo: Independente
Nacional
Nota: 8,3/10,0
Tracklist:
1. I Need a
Reset
2. Shallow
Happiness
3. Let Me
Rest
4. Bells of
Destruction
5. Worship Machines
6. The Perfection
Banda:
Gustavo Novloski - Vocais
Juliano dos Santos - Guitarras
Sandro Diefenbach - Baixo
Marlon Joy - Bateria
Contatos:
Site Oficial: www.restinchaos.com
Facebook: www.facebook.com/restinchaosofficial
Twitter:
Instagram: www.instagram.com/restinchaosofficial
Bandcamp: www.restinchaos.bandcamp.com
Assessoria:
E-mail: restinchaosofficial@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Santa Catarina é um estado forte em termos de Metal. E pelo
visto, a cena se concentra nas profundezas do underground do estado pois nem
sempre temos pleno acesso ao que ocorre em termos de Metal por lá, mas uma
coisa é certa: quando vem é para causar aplausos!
E nisso, o quarteto REST IN CHAOS é especialista, pois seu
EP “Worship Machines” veio para causar caos musical e dar uma sacudida no
conformismo.
Violento e cru como tem que ser, o Thrashcore do grupo é
agressivo e com uma pegada infernalmente pesada, vomitando agressividade
explícita para todos os cantos, e sem dó dos ouvidos alheios. Mas cuidado, já
que mesmo tendo a premissa de ser agressivo e intenso, o quarteto tem todas as
qualidades que fazem uma banda ser boa, em especial a personalidade forte na
hora de escrever suas canções, bem como o talento dos músicos fica evidente. E
não, não há nada de simplório aqui, pelo contrário.
Ou seja: “Worship Machines” é uma ótima pedida!
Produzido pelo próprio quarteto no estúdio Undercave,
podemos aferir que o resultado final em termos de sonoridade é agressivo e com
a medida certa de crueza. Está pesado e ríspido, mas com aquele toque de
clareza essencial para que nossa compreensão do que eles estão tocando seja bem
evidente. Pode melhorar em termos de timbres de guitarra e baixo no futuro, mas
está muito bom.
O azedume é evidente, mostrando que a sonoridade do REST IN
CHAOS soa jovem e cheia de vitalidade (pois a banda foi formada em 2016). Certa
imaturidade é evidente, mas a energia e garra de suas composições compensa esse
aspecto. Ou seja: com um pouco mais de experiência como banda, ninguém segura
esses caras!
“I Need a Reset” - Rápida de brutal, feita com riffs
envolventes e vocais ferozes, percebe-se o valor da banda na simplicidade de
seus arranjos, mas com boas mudanças de ritmo aqui e ali.
“Shallow Happiness” - A velocidade diminui até os níveis do
Thrash Metal tradicional, com boas passagens rítmicas, mostrando como baixo e
bateria estão entrosados e roncando pesado para cima de todos. É moshpit certo!
“Let Me Rest” - Aqui, mais uma vez as mudanças de andamento
fazem a diferença, criando diversidade e permitindo que as guitarras disparem
riffs envolventes e pesados. E sem mencionar o fato que o refrão é muito bom.
“Bells of Destruction” - E pronto, eles resolveram entrar
numa porradaria Death/Thrash em alguns momentos absurda. É uma música muito
intensa, brutal e com vocais ótimos em todas as passagens, especialmente nas
partes mais cadenciadas.
“Worship Machines” - Os dois bumbos velozes já dão o claro
indício do que vem: PORRADA! Aqui, sem dó e nem piedade, o quarteto desce a
marreta ferozmente, despejando riffs rápidos e ganchudos, vocais rasgados insanos
e uma base rítmica que alterna bastante o andamento entre o veloz e o lento sem
pudores.
“The Perfection” - Se a porrada já estancou o EP inteiro,
porque o massacre pararia justamente aqui? Percebe-se que a banda usa umas
sutilezas melódicas nos arranjos de guitarras que são bem interessantes, e isso
em uma faixa mais veloz e simples.
Nenhuma das seis faixas dura mais que 3 minutos, o que faz
com que “Worship Machines” não seja enfadonho, mas sempre uma ótima pedida.
Ouçam bem alto, especialmente quando visitas incômodas
baterem à sua porta.
Ah, sim, "Worship Machines" se encontra disponível para a audição no Spotify: