26 de jun. de 2017

BULLETBACK - The Quest for New Horizons (Álbum)


2017
Independente
Nacional

Nota: 9,7/10,0

Tracklist:

1. Down and Out
2. The Quest for New Horizons
3. Battlefield
4. Holy Words
5. Scream It Out
6. Faking
7. Rust
8. Running Away
9. Fire in the Hole
10. Where are the Angels
11. Here I Stand


Banda:


Raphael Gazal - Vocais, guitarras
Aléxis Gallucci - Baixo
Fabio Buitvidas - Bateria


Contatos:

Site Oficial:
Twitter:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Fazer Heavy Metal no Brasil é uma experiência que necessita daquele bom e velho vício em se tocar o estilo. Sim, vício é uma boa palavra, pois uma vez que as bandas sofrem penúrias terríveis para poderem sobreviver no país, é preciso ser sincero. Mas mesmo com tantas dificuldades, as bandas vão surgindo mais e mais, e gravando discos de muito bom nível. E este é o caso do trio BULLETBACK, de São Paulo, que nos brinda com seu primeiro disco, o ótimo “The Quest for New Horizons”.

A formação do trio é capaz de refletir a criatividade de seu trabalho: membros experientes que passaram por bandas conhecidas, como PASTORE, ACID STORM, SHADOWSIDE, TAILGUNNERS e outros, logo, eles possuem gabarito para algo de alto nível. E aqui, a banda usa o bom e velho Metal tradicional como base para sua música, com melodias bem feitas, refrãos envolventes, mas o nível de agressividade beira o Thrash Metal. Ou seja, eles têm uma pegada mais moderna à lá METAL CHURCH, NEVERMORE e aquela energia de um JUDAS PRIEST. Mas não confundam as coisas: “The Quest for New Horizons” transpira peso, experiência e personalidade. E é um discão!

Em termos de sonoridade, o grupo acertou em cheio. A produção de “The Quest for New Horizons” é caprichada, com equilíbrio entre peso, melodia e agressividade em ótimo nível. E soa brilhante, vivo e cheio de uma energia forte e que nos envolve.

Quando se fala do aspecto musical do BULLETBACK, tem-se a certeza que, apesar de não estarem inovando o Metal, eles têm muito talento, muita personalidade e estão prontos para voos mais altos. Bem arranjado, o dinamismo das músicas é excelente, e em tudo, o disco agrada aos ouvidos mais exigentes.

Melhores momentos:

“Down and Out” – Já abrem o disco em alto nível. A introdução beira a fase clássica do IRON MAIDEN, mas logo tempos quebrados surgem e o peso musical impera. O andamento se alterna bastante, o refrão é de primeira, e a música não sairá do player por tempos!

“The Quest for New Horizons” – Os mesmos elementos de “Down and Out” estão presents aqui, apenas com arranjos musicais mais fluidos e uma dinâmica entre baixo e bateria de primeira. Mas reparem bem nas guitarras, especialmente na parte dos solos.

“Battlefield” – Música do lyric video de divulgação do álbum. A agressividade fica ainda mais evidente, já que as guitarras cospem riffs azedos, mas vejam como os vocais estão muito bem colocados, com ótimos timbres.

“Holy Words” – Nesta, o lado mais moderno e agressivo do trabalho musical do trio é bem mais sensível, com partes bem abrasivas e intensas, totalmente “in your face”, destacando o trabalho muito bom de baixo e bateria.

“Scream It Out” – Certo toque de acessibilidade musical surge no meio dos arranjos azedos de guitarra e passagens espontâneas. Os vocais estão mais uma vez muito bem, com ótimos backing vocals aqui e ali.

“Faking” – A música nos surpreende pelo equilíbrio entre melodia e agressividade. Outra em que os riffs de guitarra são ótimos, bem como a participação dos backing vocals é um pouco mais sutil, mas importante.

“Fire in the Hole” – Outro lyric video do trio. Esta é mais encorpada e intensa, preenchida com aquelas famosas melodias mais secas e agressivas que todos gostamos. E como as variações rítmicas dão vida ao trabalho da banda, nos embalando e fazendo a cabeça balançar espontaneamente.

Ou seja, o cenário ganhou mais uma banda de primeira, sendo que o BULLETBACK entre as belas revelações de 2017.

E sim, “The Quest for New Horizons” é um disco bom demais!




Um comentário:

Obrigado pelo comentário.
Liberaremos assim que for analisado.

OM SHANTI!

Comentário(s):