26 de jun. de 2017

BROKEN HOPE - Mutilated and Assimilated (Álbum)


2017
Importado

Nota: 9,2/10,0


Tracklist:

1. The Meek Shall Inherit Shit
2. The Bunker
3. Mutilated and Assimilated
4. Outback Incest Clan
5. Malicious Meatholes
6. Blast Frozen
7. The Necropants
8. The Carrion Eaters
9. Russian Sleep Experiment
10. Hell’s Handpuppets
11. Beneath Antarctic Ice
12. Swamped-In Gorehog (S.I.G. 25th Anniversary Tribute)


Banda:


Damian “Tom” Leski - Vocals
Jeremy Wagner - Guitarra base
Matt Szlachta - Guitarra solo
Diego Soria - Baixo
Mike Miczek - Bateria


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Assessoria:

E-mail:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Existem bandas que são seminais, que criaram para si próprias um espaço no Metal e possui um séquito de fãs bem numeroso. Se não chegam a ser sucesso, não se pode negar o quão importantes elas são, a ponto de muitas serem consideradas “cult” e influenciarem a muitos. E este é o caso do quinteto BROKEN HOPE, de Chicago, Illinois (EUA), que sendo um pioneiro (foi a primeira banda de Death Metal a gravar um disco inteiro no sistema digital) e que chega com a porrada seca que tem por nome “Mutilated and Assimilated”.

Veteranos com mais de duas décadas de experiência nas costas o BROKEN HOPE mostra-se equilibrado em sua forma de fazer Death Metal: é bruto e causticante como sempre foi (apenas se mostra mais maduro), mas bem trabalhado tecnicamente. E se percebe no trabalho do quinteto todos os elementos que influenciam as gerações de Brutal Death Metal posteriores: vocais urrados em timbres extremamente guturais “from the depths”, uma dupla de guitarras fantásticas em riffs maciços e solos doentios (mas bem feito), e uma cozinha rítmica coesa bem trabalhada e pesada como o inferno.

Sim, eles voltaram para um ataque, e se preparem, pois não estão de brincadeiras!

A produção é de Scott Creekmore, que soube dar uma sonoridade brutal e opressiva ao trabalho musical do grupo, mas mantendo-a limpa e inteligível (sim, pois nada soa embolado). Além disso, a escolha de timbres usados foi primorosa, pois privilegia a violência sonora da banda (tanto nos momentos lentos quanto nos velozes), sem ser barulho. Não, não, por trás da brutalidade da banda, existem mentes pensantes.

A arte de Wes Benscoter é insana, doentia e maravilhosa, parecendo transparecer que o conteúdo lírico do disco é conceitual, baseado em algo de ficção científica e teorias da conspiração. Mas não se consegue entender as letras com esses timbres guturais, e por isso, é uma idéia que aparenta, mas não é algo afirmativo.

Explosivo, cheio de energia e vitalidade, mostrando o motivo de serem tão respeitados e cultuados, o quinteto mostra nas 12 composições de “Mutilated and Assimilated” o mesmo estilo brutal e rançoso de sempre, mas bem elaborado e maduro como nunca se viu. Os arranjos estão bem encaixados a dinâmica entre instrumental e partes vocais está excelente, logo, esse disco é realmente surpreendente.

Melhores momentos do disco (se é que se pode falar nisso):

“The Meek Shall Inherit Shit” - Uma autêntica e massiva cacetada nos cornos do ouvinte, bem trabalhada e cheia de mudanças de ritmo. Ponto para a dupla de guitarras que criam uma massa sonora de riffs envolventes e solos bem colocados.

“The Bunker” - E eis que “O Massacre da Serra Elétrica” ganha uma música que poderia ser seu tema, de tão brutal e sanguinolenta. A tônica é a velocidade, embora existam momentos mais cadenciados, onde baixo e bateria mostram sua versatilidade e coesão.

“Mutilated and Assimilated” - Em geral, se espera muito da faixa-título de um CD, e ela corresponde bem às expectativas. Novamente, o ritmo se alterna bastante, embora o enfoque seja em tempos mais amenos e opressivos, favorecendo os vocais (que se dão bem tanto em guturais em tons baixos como em gritos à lá porco sendo estripado).

“Outback Incest Clan” - Esporreira para todos os cantos, mas usando bastante de um ritmo mais abrasivo e lento. Apesar de arranjos mais simples, percebe-se que o grupo sabe ser sutil e nos surpreende por se manter consensual em todos os momentos. E mais uma vez, ponto para a insanidade de baixo e bateria.

“Malicious Meatholes” - Toda introdução bonitinha e calma prenuncia um massacre sonoro, e não é diferente aqui. Mas se diferenciado do resto do disco, os tempos aqui são mais envolventes, prendendo nossa atenção e nos fazendo balançar a cabeça de maneira imperceptível diante dos riffs do grupo.

“Blast Frozen”- Momentos mais lentos dão um toque azedo sem igual a esta canção. E justamente por manter os tempos nessa cadência tão envolvente que temos mais uma exibição de gala dos vocais, que preenchem todos os espaços muito bem (mas cuidado, existem partes mas rápidas).

“Russian Sleep Experiment” - A porradaria estanca sem dó dos pescoços alheios e vai causar moshpits intensos. É maravilhoso pode sentir a maestria em termos de riffs que grupo possui, gerando uma aura opressiva e ríspida.

“Swamped-In Gorehog (S.I.G. 25th Anniversary Tribute)” – Esta é uma regravação de “Swamped in Gore”, do primeiro disco do grupo, por seu vigésimo-quinto aniversário completado ano passado. Mas justamente por podermos ouvir uma versão nova, se percebe que o estilo musical do grupo é atemporal que foi evoluindo mas sempre fiel às suas raízes (sem contar que a insanidade musical continua).

No mais, “Mutilated and Assimilated” é um disco para todo fã de Death Metal, de Metal extremo, ou simplesmente fãs de Metal de bom gosto.

Ouça e preparem-se para o torcicolo!

Ah, sim: o disco é em Digipack, e ainda tem como bônus um DVD, “Live at Obscene Extreme 2015”, gravado na apresentação do grupo neste festival.

Vai perder?





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