Vivemos em uma época em que muitas bandas se preocupam com
tudo: visual, assessorias, arte gráfica de discos, produtores, gravação, e tudo
mais. Mas em geral, muito do realmente é importante tem sido perdido: a música
em si. Cada vez mais, a clara idéia é que estamos vivendo um período de
repetição, que as bandas desaprenderam a criar seu próprio caminho para trilhar
o de outros (o que leva-as ao status de cópia), ou a diluição de seu próprio
estilo em prol de algo mais palatável para muitos. Mas o bom é saber que
existem alguns que resistem, como o trio holandês CARACH ANGREN. Basta uma
audição em “Dance and Laugh Amongst the Rotten” e perceberão a essência de
minhas palavras.
Podemos dizer que a banda se mantém firme em seu Symphonic
Black Metal de sempre, sem muitas mudanças na estética. Na realidade, nem é
muito correto dizer que a banda faz Symphonic Black Metal puro e simples, pois
a estética baseada em orquestrações e toda uma aclimatação sonora e visual os
credencia a serem tratados como uma banda de Extreme Horror Rock. E em relação
à “This is Not a Fairytale”, a banda se mostra um pouco mais agressiva (pois as
guitarras e a bateria foram evidenciadas na produção) e com linhas melódicas
mais simples, mas bem mais envolventes. Sim, podemos dizer que a banda deu uma incrementada
na agressividade (pouca, verdade seja dita, mas ainda assim, está evidente), mas
ganhou melodias um pouco mais simples e continua elegância, mas não se
preocupem: a essência tenebrosa do CARACH ANGREN não mudou em absolutamente.
Direto e reto ao ponto: a banda deu uma bela evoluída, mas
continua a mesma.
A banda se internou no estúdio The Abyss, e sob a tutela deles
mesmos, com a mixagem de Peter Tägtgren, mais a masterização de Jonas Kjellgren.
A sonoridade segue a tendência dos discos anteriores: peso na medida certa,
agressividade também, mas a qualidade como um todo é bem seca, privilegiando
bastante a pegada agressiva do grupo, com guitarras, baixo e bateria aparecendo
bem mais que antes, mas sem descaracterizar o lado mais sinfônico e as
orquestrações de teclados (que são o centro nervoso da música do trio). Está,
em poucas palavras, sendo a melhor produção sonora que tiveram desde o início.
A capa é um trabalho do artista romeno Costin Chioreanu (que
já fez artes para PATRIA, AT THE GATES, SPIRITUAL BEGGARS, entre outros), e
esboça o humor negro da banda, e ao mesmo tempo, reflete o conceito central do
disco:
Em termos de música, o CARACH ANGREN mostra em “Dance and
Laugh Amongst the Rotten” seu amadurecimento musical, sabendo colocar todos os
elementos de sua música bem claros. Óbvio que as linhas melódicas um pouco mais
simples adicionaram uma dose acessibilidade, mas não pensem demais: esses
Mestres do Horror sabem o que fazem.
Com letras falando sobre a tábua de OUIJA (“Charlie”), temas
de ficção fantástica (como a estória do ator Charles Francis Coghlan, na música
que leva seu nome, já que o caixão contendo o corpo do mesmo foi retirado de
seu lugar, no Texas, por uma tempestade, e foi encontrado 7 anos depois na
costa do Canadá, dando origem ao mito do “caixão que regressa ao lar”), entre
outras estórias de horror que o grupo tece em suas letras, percebe-se que o enfoque
do grupo é bem mais teatral e lúdico que estamos acostumados no Black Metal. E
por isso, diferente e fascinante.
Das 8 canções do disco (pois “Opening” é uma introdução toda
feita em teclados), citamos como destaques de em “Dance and Laugh Amongst the
Rotten”:
“Charlie” - Uma canção que mostra vocais em tons diferentes,
o contraste entre vocais normais no refrão com o rasgado tradicional de Seregor,
fora o trabalho dinâmico de baixo e bateria (como Namtar está tocando no disco,
com uma técnica ótima). Mas se preparem para mudanças de ritmo e mesmo de
atmosferas durante a canção.
“Blood Queen” - A agressividade ríspida da banda tem como
contraponto as lindas harmonias das orquestrações (Ardek é um mestre nos
teclados, verdade seja dita), mais a presença de violinos que deram um toque
extra de classe ao trabalho do grupo. E que refrão marcante. E mais uma vez, os
vocais usam timbres diferentes, declamados em certos momentos.
“Charles Francis Coghlan” - O andamento fica mais
cadenciado, onde mais uma vez a bateria mostra toda sua técnica, os vocais usam
de vários timbres novamente, e a estética é toda fundamentada em um clima
soturno e “noir”, graças aos arranjos fundamentais e pianos, mas sem que os
riffs de guitarra percam sua evidência. Tema certo para os que possuem a
capacidade de se aprofundar na música (sem necessariamente ser músico).
“Song for the Dead” - Quase uma música romântica se não
fossem os vocais ríspidos, adornados por orquestrações e sinos. Nisso, se percebe
o quanto o grupo consegue ser versátil em suas composições, como são capazes de
criar obras de sutil beleza no meio de elementos mórbidos.
“In de Naam Van de Duivel” - O título vem do holandês, e
significa “Em Nome do Diabo”. A canção em si tem uma estética bem semelhante ao
que eles fizeram musicalmente em “Where the Corpses Sink Forever”, ou seja, o
contraste entre a agressividade e elementos sinfônicos grandiosos, algumas
partes voltadas à aclimatação de horror (que referenciado aos trabalhos da
Hammer Productions inglesa), alternando bastante os andamentos, indo do clima
de terror gótico ao lado mais agressivo sem pudor algum.
“The Possession Process” - Eles voltam a soar mais
agressivos, com peso e certas partes mais rápidas. A dinâmica entre os riffs de
guitarras, os vocais e os teclados é impressionantes, fora o trabalho de baixo
e bateria soarem coesos e bem pesados.
“Three Times Thunder Strikes” - Fechando o disco, uma faixa
bem agressiva, com muitas mudanças de levadas, mas mantendo certa velocidade. E
mesmo com teclados focando em tons bem mais voltados ao horror, existem belíssimas,
onde mais uma vez os violinos ajudam a reforçar a atmosfera grandiosa. Ponto
para baixo e bateria, mas sem que os vocais fiquem longe.
Na versão deluxe do álbum, temos como bônus uma versão
totalmente orquestral para “Charles Francis Coghlan”, que ficou perfeita, com
um forte ranço tenebroso de filmes antigos de horror. Se Peter Cushing,
Christopher Lee ou Vincent Price tocassem teclados e pianos, provavelmente esse
seria o tema favorito deles.
No mais, o CARACH ANGREN já não precisa provar nada a
ninguém com “Dance and Laugh Amongst the Rotten”, e já pede uma versão
nacional.
Um dos dez melhores plays de 2017, sem sombra de dúvidas!
Infelizmente, no dia 28/12/2015, o Rock ‘n’ Roll e o Metal
perdiam um de seus maiores vultos: Ian Fraser Kilmister, nosso querido e amado
Lemmy, após longos anos de sofrimento. A pancada foi muito forte, pois além de
ser um dos maiores sacanas e filhos da puta (no bom sentido) do meio musical,
ela era o Mr. Rock ‘n’ Roll, a encarnação viva do que o estilo musical em questão representa. Fora isso,
basta dizer que o Metal como um todo é construído em cima de três pilares
principais: BLACK SABBATH, JUDAS PRIEST e MOTORHEAD. Sem o terceiro, o Metal
extremo seria mero sonho, e o próprio Metal tradicional seria chato.
Mas antes de tudo, é preciso agradecer os 40 anos de muita
música que ele nos deixou, e em uma singela homenagem a Secret Service Records
mostrou-se ambiciosa e criou “Going To Brazil… The Brazilian Tribute to
Motorhead”, uma compilação com bandas basicamente escolhidas a dedo, bandas em
que o espírito sacana e cachaceiro do Mr. Rock ‘n’ Roll continua vivo, indomável e
inquebrável.
Em termos de sonoridade, é de se esperar que existam
variações de uma banda para outra. É algo óbvio, já que cada bem tem suas
próprias vicissitudes e estilo de fazer sua música. Mas há um ponto comum:
apesar do alto nível que algumas bandas precisam em termos de sonoridade, todos
optaram por algo mais cru e sem firulas, uma das características mais marcantes
do MOTORHEAD. E funcionou bem para todas, diga-se de passagem.
A arte da capa é icônica: um motoqueiro indo sabe-se lá para
onde (talvez para o Brasil mesmo). E é muito bem feita, por sinal.
Antes de apupos e protestos por conta dos grupos que estão
no tributo, é preciso deixar algo claro: “Going To Brazil… The Brazilian Tribute
to Motorhead” vai mostrar para muitos a universalidade da herança de Lemmy.
Sim, ela é universal, como Lemmy era um sujeito que estava cagando e andando
para regras e maneiras de tocar/soar. Provavelmente, ele mandaria qualquer
metidinho a ditar regras no underground ir tomar no centro vocacional do
traseiro, no olho seco, e sem dó.
Aliás, no trabalho das bandas presentes, não há o que se reclamar.
Todas fizeram tudo de de primeira, honrando o MOTORHEAD e a si mesmas.
DISTRAUGHT - Os mestres do Thrash Metal gaúcho resolveram
sentar a marreta e abrir o disco na base da ignorância, detonando uma versão
rasgada e opressiva de “Living in the Past”, do CD “Kiss of Death”. Os vocais rasgados estão alucinantes, mas a surra de riffs e solos de guitarra é animal, sem falar
no massacre de baixo e bateria. É porrada em cima de porrada, sem dó dos ouvidos alheios!
DEMOLITION - Direto de Governado Valadares (MG), o quarteto
de Thrashers resolveu arregaçar os ouvidos alheios com uma versão agressiva, rasgada e azeda de “Stay
Out of Jail”, vinda de “We Are Motorhead”, mostrando vocais ótimos e bem
encaixados (sem desmerecer baixo, guitarras e bateria).
NERVOCHAOS - Os Death Metal Devils de SP resolveram diminuir
um pouco o ritmo, detonando em “Traitor”, uma faixa mais simples e de andamento em velocidade mediana. A faixa vem do disco “Rock ‘n’ Roll”, e é forte e destruidora, mostrando o peso e coesão de baixo e
bateria, fora as guitarras estarem ótimas e os vocais estarem em um timbre
gutural de primeira.
INFESTED BLOOD - Pronto! Vindos de Recife, o quarteto de Brutal
Death Metal resolveu sentar a porrada para todos os lados, e mesmo respeitando
a versão original, “Iron Fist” virou um Death’n’Roll extremo, com a bateria
detonando nos bumbos duplos, fora os vocais e backing vocals estarem ótimos
(sem que as guitarras fiquem para trás).
TAILGUNNERS - O primeiro susto do disco, já que essa banda de Sampa é
de Metal tradicional à lá NWOBHM. Mas fiquem tranquilos: a versão deles para “Jack
the Ripper” (do “March or Die”) ficou perfeita, e a aura mais tradicional e melodiosa do grupo casou bem com a canção. Ponto para baixo e bateria, que estão muito
bem (e esses vocais limpos ficaram de primeira, com as guitarras cuspindo riffs
e solos sem dó de quem quer que seja).
UGANGA - E é a vez do quinteto de Thrashcore de Uberlândia açoitar
os ouvidos alheios, embora tenham escolhido uma música com andamento mais comportado. Eles escolheram a clássica “Damage Case”, vinda do clássico “Overkill”. E sim, ficou do caralho,
destruidora, com um trabalho fundamental do instrumental da banda como um todo,
mas com vocais agressivos em tons normais que deram vida nova ao velho clássico
(se é que clássicos ficam velhos!).
HATEFULMURDER - Mesmo praticando um estilo mais moderno de
Thrash Metal, o quarteto carioca mostrou personalidade em imprimir
agressividade explícita em um clássico como “No Class”. Mais uma vez,
instrumental perfeito e vocais insanos, e com uma aura suja e espontânea. E vale uma curiosidade: “No Class” foi
regravada pelo PLASMATICS, com Wendy O. Williams nos vocais, e a vocalista se
mostra uma herdeira e tanto do talento de Wendy.
VOODOOPRIEST - E tome porrada nos cornos, daquelas que
acordam o sujeito na hora, pois o quinteto de São Paulo foi buscar em “Inferno” sua
música, que é a fogosa e cheia de energia “In the Name of Tragedy”. A canção ganhou
uma incorporação mais Death/Thrash Metal insana. Vocais, guitarras, baixo e
bateria resolveram mostrar quem é o VOODOOPRIEST, e ai dos ouvidos e pescoços
alheios!
OBSKURE - Esses cearenses já cansaram de mostrar que são uma
banda de alto nível, sempre detonando com um Death Metal bem feito e técnico.
Mas eles resolveram descer o a peixeira em uma versão matadora de “Devils”, que
vem de “Bastards”. E esses bastardos vão deixar seu pescoço doendo com esse
ritmo lento e destruidor, fora mencionar que as guitarras da banda estão ótimas
(baixo e bateria também, e o vocalzão gutural ficou ótimo).
SILVER MAMMOTH - Mais uma banda bem diferente do esperado. Usando de toda sua força e psicodelia, o
peso de “White Line Fever” ganhou groove e intensidade emotiva um pouco ausentes na versão original. Os vocais
normais ficaram ótimos, fora a presença de um Hammond fazer a música lembrar os
momentos de Lemmy no HAWKWIND. Isso mostra o quanto a influência e legado Lemmy são universais.
ORQUÍDEA NEGRA - O quarteto de Santa Catarina é outra banda
de Metal tradicional, e resolveram fazer uma versão bem pessoal para “I Ain’t no Nice Guy”, de “March
or Die”. E ela ficou ótima, com baixo e bateria muito bem, sem falar que as
guitarras limpas e os vocais normais estão perceptivelmente bem encaixados. Mas
nos momentos mais agressivos, a banda vai muito bem também, dando inveja em
muitos. E reparem nos inserts de filmes, onde a voz do Mr. Rock ‘n’ Roll se faz
presente.
BLACK TRIAD - “Born to Lose” é o hino que o trio gaúcho de
Porto Alegre resolveu tocar, e ficou muito bem, tão azedo e espontâneo como
original. Óbvio que o arregaço que eles usaram no instrumental, com timbres
gordurosos, ficou ótimo, além de vocais urrados no melhor estilo de Lemmy.
Ponto para eles!
VULTURE - Direto das terras de Itapetininga, o quarteto de Death Metal pegou “Wake
the Dead” (de “We Are Motorhead”) e fizeram as coisas do jeito deles. O velho
clássico continua pesado e azedo como sempre, apenas com uma pegada mais brutal que antes, e
com belas melodias nas guitarras, sem falar que baixo e bateria arrepiaram. E o
vocal urrado buscou pegar referências em Lemmy, e ficaram perfeitos.
REVENGIN - A forma mais melodiosa do grupo carioca encaixou
como uma luva em “Bad Religion”. Os vocais femininos limpos, as guitarras
distorcidas na medida e a técnica de baixo e bateria fora a presença de
teclados bem encaixados deram uma vibração ao velho hino que veio de “March or
Die”.
ATTOMICA - Porrada nos ouvidos e no nariz de uma vez só, sem dó de ninguém!
O quarteto de São José dos Campos (SP) já chegou na voadora no meio dos peitos
com “Dr. Rock”, deixando seu Thrash Metal selvagem mais melodioso, mas
ainda com pegada e nos envolvendo completamente. Essa que é uma das grandes
faixas de “Orgasmatron”, por isso, o instrumental e os vocais normais da banda foram privilegiados.
Acham que acabou?
PORRA NENHUMA, agora vem o CD 2, PUTARDOS e MOCINHAS!
GENOCIDIO - Vindos de São Paulo, temos um dos quartetos mais tradicionais
do Death/Thrash Metal nacional, que resolveu causar enfartes fulminantes com uma
versão altamente brutal e explosiva para “Metropolis”, um dos clássicos mais
seminais do trio britânico. Vocais guturais, guitarras explodindo os falantes,
base rítmica sólida... se sobreviverem a isso, é porque são resistentes!
MX - E os Headthrashers do ABC paulista tiveram a idéia de
fazerem uma versão insana para “Speedfreak”, uma pedrada de “Iron Fist”. E
desceram o facão de Jason Voorhees sem dó dos ouvidos mais sensíveis, mesmo com o ritmo mais cadenciado e privilegiando as
melodias das guitarras. Mas seria uma enorme injustiça não mencionar o ótimo trabalho dos vocais, da bateria e do baixo.
JACKDEVIL - E diretamente de São Luís do Maranhão, os Thrash
Demons vieram para honrar o mestre com “Killers”, que vem de “Inferno”. E ficou
ótima a versão deles, com essa pegada mais Old School que casou muito bem, e a
energia que flui é intensa. Mais uma vez, ótimos vocais, baixo e bateria
perfeitos e guitarras roncando feio para cima de todos. Os Cangaceiros do Metal
mostram suas peixeiras mais uma vez!
CLAUSTROFOBIA - Os senhores do Metal Maloka de Sampa City estão marcando
presença no tributo, e desencadeando dores de pescoço agudas com o clássico “Ace of Spades”, que
ficou soando ainda mais gorduroso que o original. Nem é preciso dizer que as guitarras
da banda estão se destacando, embora os vocais urrados e a base rítmica
estejam fantásticos.
RATOS DE PORÃO - E quem disse que os pioneiros do
Hardcore/Crossover do Brasil iriam ficar de fora? E tome pela cara uma versão
matadora de “Stone Dead Forever”, que está soando tosca e crua como a original, mas
muito bem antenada com a realidade do quarteto. E mais uma vez, se percebe o
quanto o MOTORHEAD foi longe e alcançou músicos de todos os tipos. Reparem como
a cozinha rítmica ficou perfeita, os riffs insanos e os vocais ótimos.
REBAELLIUN - Se alguém achava que o nível de porradaria
estava baixo, agora ele foi na estratosfera. Sem dó e nem piedade de ninguém, o
trio gaúcho de Blackened Death Metal entrou com tudo na roda de moshpit com “Rock
Out”, de “Motörizer”, que ficou explosiva de uma maneira absurda. Os vocais
buscaram se aproximar dos timbres de Lemmy, mas sem descaracterizar os timbres
guturais usuais da banda, fora uma saraivada de riffs e solos matadores, e baixo e bateria
vibrando e deixando os ouvidos apitando como loucos!
CRUCIFIXION BR - Sirenes de ataque aéreo antecedem o
massacre sonoro do Blackened Death Metal insano desses gaúchos de Rio Grande. “Bomber”
ganhou uma roupagem ainda mais veloz e agressiva que a original, mas sem
descaracterizá-la. Está tão veloz que chega a doer os ouvidos, mas ela é autêntica em
sua homenagem. Riff em cima de riff, base rítmica sólida e bem variada e vocais
guturais doentios.
PENTACROSTIC - Os representantes do Doom Death Metal de
Osasco (SP) não poderiam ficar de fora de tal tributo. E a roupagem mais dura, soturna e agressiva de “Hellraiser”
deu um pouco mais de arregaço à música, mas sem perder suas linhas melódicas
originais. Os vocais ficaram muito bem, assim como baixo e bateria. Mas as
guitarras estão roubando a cena (que riffs)!
HICSOS - Vindo do Rio de Janeiro, o Thrash Metal altamente
hardcorizado do quarteto encaixou como uma luva no velho hino “Sacrifice”, que
ficou gordurosa e rasgada, mas com sua identidade e características originais intactas. É
fantástico o trabalho de baixo e bateria, sem falar que as guitarras vomitam
riffs destruidores e os vocais estão bem.
THUNDERSPELL - E Belém do Pará é terra de Metal, sim senhor. E que versão da banda para “One Night Stand” (De “Kiss of Death”)! Com seu
jeitão à lá NWOBHM bem evidente, a música ficou ótima, especialmente pela dupla de
guitarras muito boa (reparem nos duelos de solos), sem deixar de mencionar que
os vocais limpos também não destoaram (pelo contrário, ficaram ótimos), e baixo
e bateria deram uma dose extra de técnica à canção.
LEVIAETHAN - E o Rio Grande do Sul está em chamas, pois o
quarteto veterano resolveu causa surdez em grande escala com o torpedo Thrasher
que ficou “Stay Clean”. Ouvindo a versão deles, se percebe claramente o quanto
o MOTORHEAD é essencial para a formação do Thrash Metal. Belos vocais com
timbres agressivos normais, guitarras esmerilhando riffs azedos e base rítmica incessante e
massacrando tudo e todos.
MOTORBASTARDS - Curitiba deve ter o estoque de cana e
cigarros em seu nível mais baixo depois disso, já que o trio cover do MOTORHEAD resolveu
causar o caos e desordem com uma versão fiel de “Mean Machine”, dispostos a homenagearem
ainda mais seus mestres. Vocais, baixo, guitarras, bateria, tudo muito próximo
ao que a gangue de Lemmy deixou.
SCELERATA - O famoso quinteto de Heavy Metal de Porto Alegre resolveu honrar o grupo mais famoso do Rock ‘n’ Roll com uma versão
arrasadora para “Asylum Choir”. E mais uma vez: esse jeitão metal tradicional
bem feito casou muito bem, especialmente no que tange os vocais virtuosos da
banda, bem como a suas guitarras roncando com melodias e uma solidez coesa de
baixo e bateria. Ótimo!
MATANZA - E o quarteto de CountryCore do Rio de Janeiro
entrou no tributo dispostos a meterem uma bicuda na porta e despejarem raiva
com a clássica “We Are Motorhead”, que ficou excelente. Os vocais estão em tons
mais baixos e próximos aos de Lemmy, como outros fizeram, mas é de deixar de
queixo caído a maestria com que as guitarras, baixo e bateria estão excelentes.
Amem ou odeiem a banda, mas que eles fizeram muito bonito, isso fizeram, sem sombra de dúvidas!
TORTURE SQUAD - Fechando, a força agressiva brutal e ríspida do
Death/Thrash Metal do quarteto paulista detonou uma versão enlouquecedora para
“Overkill”. As guitarras estão perfeita, assim como baixo e bateria, e os
vocais com esses timbres guturais extremos ficaram muito bem encaixados.
Se há anos eu sempre reclamei da ausência de um tributo
digno ao MOTORHEAD, agora não tenho mais do que reclamar. Está “49% Motherfucker,
51% Son Of A Bitch”, ou seja, 100% honesto e autêntico com a música do MOTORHEAD.
E mais uma vez, o
Metal e o Rock nacional fazem bonito, pois fizeram O Melhor Tributo que poderia
ser feito à obra do grupo, seja como trio ou quarteto, sem meias palavras. E garanto que, lá do outro lado, o velho mais pé de cana e sacana do mundo, que já garantiu não existirem mais virgens por lá (ele cuidou disso), sorri e diz
com muito orgulho: “esses são meus meninos e meninas!”.
Parabéns às bandas e à Secret Service Records por nos
brindar com este disco fantástico.
Tá esperando o que, ô PUTADA? Vão logo atrás das suas cópias!
Para os músicos e interessados de Porto Alegre e região que querem dar um “up” em seu Home Studio e buscar resultados excelentes, o Completo Artístico Cultual RR44 apresentará um workshop voltado ao assunto.
Batizado de Workshop prático de gravação em Home Studio, ele será ministrado pelo experiente músico e produtor Tiago Suminsky com duração de 8 horas!
O workshop acontece no dia 19 de agosto e as vagas são extremamente limitadas. Ingressos já à venda.
O Complexo Artístico Cultural RR44 nasceu com o intuito de oferecer um espaço de alto nível ao meio cultural, que possibilitará a realização de diversas atividades como exposições, workshops, masterclasses, eventos de lançamento de diversos tipos, gravações de áudio e vídeo, apresentações, aulas de instrumentos musicais, entre outros.
A banda carioca HATEFULMUDER anuncia uma extensa turnê pelo país para promover seu novo álbum, ‘Red Eyes’, lançado pela gravadora inglesa SECRET SERVICE RECORDS.
Será uma extensa turnê ao lado do Tortue Squad, Reckoning Hour e Warcursed que passará pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Serão no total 22 shows com início no dia 17 de agosto e término no dia 16 de setembro. Toda a turnê está sendo organizada pela Restless Booking Agency.
‘Red Eyes’ é o segundo álbum do grupo, sucessor de ‘No Peace’ e que mais uma vez vem rendendo uma grande aceitação para os cariocas. Ele também marca a estreia da vocalista Angélica Burns e está disponível no mundo todo pela Secret Service.
O trabalho foi gravado nos estúdios Casa do Mato e Kolera Studio, mixado e masterizado por João Milliet (Angra, Raimundos e Glória). A arte da capa ficou a cargo do artista grego Orge Kalodimas. O álbum também conta com a participação da vocalista do Torture Squad Mayara Puertas na faixa Time Enough at Last.
Um lyric video para a faixa ‘Tear Down’ foi lançado:
A renomada produtora brasileira, 20Age Produções, anuncia sua nova criação visual em alta definição, utilizando de realidade virtual que proporciona ao telespectador assistir ao vídeo em primeira pessoa, alta tecnologia que permite que seja possível interagir com as imagens do clipe.
Essa produção teve no encabeçamento de criação, filmagem e edição, Lucas Siqueira, que juntamente com a banda chilena “Dfacto” criaram o conceito visual da música “Pueblos Sangrando, o clipe que ainda não foi liberado, apenas o teaser, é o primeiro intercâmbio entre a produtora 20Age e uma banda do Chile.
A música “Pueblos Sangrando” faz parte do CD “Pandemian”, que a banda DFACTO lançou recentemente, a letra da música aborda assuntos sobre o conflito entre Israel e Palestina, abordando com profundo conhecimento sobre a causa, a 20age produções fez um estudo intensivo sobre o conflito desde seu início ate os dias atuais.
Para os desavisados que ainda não conhecem o estilo utilizado na produção do clipe, será utilizada duas versões, uma em VR e outra em 4k e 60fdp, que nesse caso só perde a interação digital com o clipe.
A estreia oficial está programa para o dia 15 de julho em lançamento mundial nas principais plataformas de vídeo da banda DFACTO e da produtora 20Age.
Bem-sucedida banda finlandesa lança novo disco em setembro e sairá em turnê em mundial na sequencia - foto: Anders Thessing.
Cinco anos após tortuoso período em silêncio, a banda finlandesa THE RASMUS finalmente volta a dar sinal de vida e saciar a expectativa dos fãs que tanto esperavam para ouvir um novo material.
Mundialmente famosos pelos hits “In the Shadows”, “First Day of My Life”, “Guilty”, “Sail Away”, “No Fear”, “In My Life”, entre outros, Lauri Ylönen (vocal), Pauli Rantasalmi (guitarra), Eero Heinonen (baixo) e Aki Hakala (bateria) apresentaram bem produzido videoclipe para “Paradise”, primeiro single do novo álbum “Dark Matters”, que será lançado oficialmente no próximo dia 22 de setembro.
Vagando por terras desertas e interiores industriais, com apenas uma tocha primitiva para iluminar o caminho, clímax dramático do video acontece quando Lauri Ylönen passa pela soleira de uma isolada porta mágica em chamas. O clipe trata-se de uma viagem obscura, mística e inquieta em busca do paraíso. Filmado durante dois dias em uma antiga indústria demolida e incendiada no Sul da Suécia, os integrantes do THE RASMUS também aparecem tocando para uma multidão estática.
O diretor Gustav Olsson comentou sobre o processo criativo e de gravação deste registro. “Minha visão era explorar lugares internos onde vive o paraíso pessoal de cada um. É uma representação física da viagem interior de Lauri ao seu próprio espaço onde ele encontra a si mesmo através da criatividade e da música. O vídeo é sobre transformação, sobre um novo começo que neste caso significa voltar às raízes e à essência de cada pessoa. Eu quis contar esta viagem através de vários simbolismos e misticismos, para realçar a mensagem e o sentimento da canção".
“Dark Matters” foi produzido em Estocolmo pelos suecos do The Family durante seis meses. Este trabalho traz 10 composições repletas de diferentes emoções obscuras, melódicas e tristes.
O tracklisting oficial de “Dark Matters” é o seguinte:
1. Paradise
2. Something in the Dark
3. Wonderman
4. Nothing
5. Empire
6. Crystalline
7. Black Days
8. Silver Night
9. Delirium
10. Dragons into Dreams
A versão digital do novo álbum já pode ser reservada via Spotify, Tidal, iTunes, Amazon e Google Play e outras plataformas (http://smarturl.it/TheRasmus2017). Já as versões em CDs e LPs autografados, assim como camisetas, cartazes autografados, bolsas, podem ser reservadas pelo site da PledgeMusic (http://smarturl.it/RasmusFB).
As primeiras datas da “Dark Matters World tour”, até então, são as seguintes:
23/06 – Puhajarve Jaanituli Festival – Puhajarvi, Estônia
24/06 – RMJ Festival – Rauma, Finlândia
10/11 – Markthalle – Hamburgo, Alemanha
11/11 – Columbia Theater – Berlim, Alemanha
12/11 – Stodola – Varsóvia, Polônia
14/11 – Kwadrat – Cracóvia, Polônia
15/11 – Lucerna Music Bar – Praga, República Tcheca
16/11 – Simm City – Viena, Áustria
18/11 – Le Trabendo – Paris, França
19/11 – La Scala – Londres, Reino Unido
20/11 – Die Kantine – Colônia, Alemanha
21/11 – Melkweg – Amsterdam, Holanda
Formada em 1995, na belíssima Helsinki, o THE RASMUS ficou famoso após o lançamento do álbum “Into” (2001), mas conquistaram a fama mundial com “Dead Letter” (2013), o qual ganhou disco de outro e platina em diversos países, sustentado pelo hit “In The Shadows”, que ficou em no topo das paradas por muito tempo.
Considerada uma das bandas mais bem-sucedidas da Europa, o grupo já vendeu mais de
3,5 milhões de discos vendidos em todo mundo, conquistando oito discos de ouro e cinco de platina, além de importantes shows na Europa, EUA e América do Sul.
Em 2012, depois de lançar mais três álbuns e várias turnês mundiais, o grupo resolveu fazer uma pausa na sua agitada agenda. Durante este período, Ylönen mudou-se para Los Angeles, uma mudança que ressoa em muitas das canções que ele escreveu desde então.
Agora, o THE RASMUS ressurge revigorado, cheio de energia e com um disco que promete recoloca-los novamente no topo das paradas. “Estamos planejando viagens para 2017 e 2018 na maioria das partes do mundo, começando em novembro pela Europa”, adiantou Ylönen.
Pesado e visceral, qualidade impecável, produção de alto nível, Thrash Metal insano e reconhecimento mundial, assim pode ser definido em poucas palavras o novo lançamento dos gigantes do Metal Nacional, o CLAUSTROFOBIA, que disponibiliza o novo vídeo clipe oficial da faixa “The Greatest Temptation”.
A música é uma das faixas que compõem o álbum “Download Hatred” lançado em 2016, todo o trabalho visual foi criado e executado pela produtora “Kaiowas Filmes, parceira do CLAUSTROFOBIA a mais de 10 anos, o clipe de “The Greatest Temptation” apresenta uma super produção digna tanto pela grandeza do grupo, quanto pela qualidade da Kaiowas, que não mediu esforços para levar aos fãs da banda um dos clipes mais bem feitos no país.
A ideia visual criada em “The Greatest Temptation” é levar o conceito de um mundo sendo habitado em 2250 após a disseminação da raça humana, poucos sobreviveram e os mesmos serão incapazes de conseguir recriar uma sociedade no planeta terra, logo na abertura do clipe, uma mensagem é transmitida para o público.
Confira a mensagem de “The Greatest Temptation”:
O ano é 2250...
A civilização foi destruída por uma praga imparável.
Os poucos que sobrevivem agora vivem isoladamente, alguns se escondem com grande dor.
Para eles ocorre a tarefa de reconstruir a condição humana, mas a humanidade não consegue superar suas necessidades viciosas.
"Uma geração se foi e um mediador não mundano está por vir. A Terra permanece para sempre ".
Marcus D’Angelo vocalista da banda CLAUSTROFOBIA expressa o sentimento que foi trabalhar nesse clipe: “Acredito que seja nosso trabalho mais maduro de todos, o clipe consegue conjuminar imagem com musica e letra perfeitamente, fazendo praticamente um curta. Nossa parceria a mais de 10 anos com o Kaiowas Filmes foi crucial devido ao entrosamento e afinidade de pensamentos, eles entraram na nossa história em 2005 e desde então estamos sempre juntos evoluindo, hoje eles fazem trabalhos nacionais e internacionais e são um dos melhores no ramo. Esse clipe foi um resultado dessa historia toda e digo mais, é apenas o começo pois já estamos desenvolvendo mais ideias pra outros vídeos clipes do mesmo nível.
Aos fãs da banda, o grupo se apresenta dia 08 de Julho na cidade de São Paulo, oficializando para o público paulistano, o lançamento do álbum “Download Hatred”, o evento ocorre no “Clash Club” as 18h00min com abertura da banda Aneurose.
Se você quiser levar o CLAUSTROFOBIA ate sua cidade, com a tour do álbum “Download Hatred”, enviar email para:
Será o primeiro show na região com as participações de Rafael Bittencourt, Luís Mariutti e Bruno Sutter.
No dia 02/07 (Domingo), a CONFESSORI BAND faze um show especial no bar Rock Club (R. José Bonifácio, 90, São Bernardo do Campo), com as participações especialíssimas de seus ex-parceiros de Angra, Rafael Bittencourt e Luís Mariutti (ex-Angra e ex-Shaman) e Bruno Sutter (o Detonator da banda Massacration). Será a primeira vez na região, com esse time de músicos.
O repertório do show será formado pelos clássicos do Angra e Shaman. A abertura ficará por conta da banda Metal Invaders, tocando todos os clássicos do Helloween.
Acompanham Ricardo Confessori, um time de músicos experientes do cenário nacional, como, Fabio Carito (baixo, Warrel Dane, ex-Shadowside), Thiago Oliveira (guitarra, Warrel Dane, Seventh Seal), Affonso Jr (guitarra, Revenge) e Alax Willian (vocal, Jacker’s)
A responsável pelos shows da CONFESSORI BAND é a TC7 Produções. Para levar esse show para a sua cidade, entre em contato pelo e-mail: tc7producoes@gmail.com
Atualmente, os integrantes contam com o apoio das empresas: Yamaha, Zildjian, Roland, Hiwatt, Vic Firth, Eden, Sgt, Tom Tone, Lost Dog, La Bella, Fire Custom Shop, Positive Grid, Santo Angelo, Jam Cases e Rafive.
SERVIÇO:
CONFESSORI BAND apresentando os clássicos do Angra e do Shaman
Participações especiais de Rafael Bittencourt (Angra), Luis Mariutti (ex Angra e Shaman) e Bruno Sutter (Massacration)
Abertura: Helloween Cover com a banda Metal Invaders
Dia: 02/07 (Domingo)
Loca: Rock Club
Endereço: R. José Bonifácio, 90, São Bernardo do Campo