2017
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
Disco 1:
1. Intro
2. Forever
Free
3. The Kiss
of Judas
4. Father
Time
5. Distant
Skies
6. Season
of Change
7. Speed of
Light
8. Twilight
Symphony
9. Holy
Solos
Disco 2:
1. Visions
2. Will the
Sun Rise?
3. Forever
4. Black
Diamond
5. Against
the Wind
6. Paradise
7. Legions
Banda:
Timo Kotipelto - Vocais
Timo Tolkki
- Guitarras, backing vocals
Jari
Kainulainen - Baixo
Jens Johansson - Teclados
Jörg Michael - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.stratovarius.com
Facebook:
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Twitter:
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Instagram: https://instagram.com/stratovariusofficial/
Bandcamp:
Assessoria:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Os chamados duplos ao vivo são uma longa tradição no Metal.
Desde os anos 70, os discos nesse formato são vistos como a coroação de um
ápice na carreira de um grupo, ou mesmo encerram uma fase (vejam como exemplo
disso discos como “Tokyo Tapes” do SCORPIONS ou “Live After Death” do IRON
MAIDEN, entre outros). Basicamente, este formato é obrigatório para toda banda
de sucesso, quase todos os veteranos já fizeram algo do tipo. Mesmo hoje, na
era dos DVDs e Blu Ray discs, os duplos ao vivo permanecem de pé. E quando
falamos de nomes como o quinteto finlandês STRATOVARIUS, eles também se
enquadram no quesito, sendo que já possuem dois discos do tipo em seu
currículo. O primeiro, “Visions of Europe”, é considerado um clássico da banda,
a ponto de ser relançado pela earMusic, e a Shinigami Records disponibilizar a
versão nacional.
Vemos que o quinteto estava em um auge de criatividade, pois
“Visions of Europe” foi gravado durante a tournée de divulgação de “Visions”,
seu primeiro grande álbum de sucesso comercial. E é interessante ver como o
Power Metal melodioso do grupo, ao vivo, cresce em energia sem perder a técnica
e pegada. Todos estão bem, pois como nessa época o grupo já estava junto e com
a formação estabilizada a três anos, percebe-se que o conjunto e sinergia entre
os membros é enorme, e isso se expande para o público, que participa
animadamente.
Ou seja, “Visions of Europe” entra para o hall dos ótimos
discos ao vivo no Metal.
As gravações foram feitas em 11 (em Milão, na Itália) e 14
(em Atenas, na Grécia) de setembro de 1997 em Milão (Itália), e a produção de “Visions
of Europe” é de Timo Tolkki, tendo mixagem de Mikko “DDR” Karmila (que ainda
cuidou da engenharia de som) e Mika “The Master” Jussila na masterização
original. Óbvio que isso deixou a banda soando pesada e clara ao mesmo tempo,
sem, no entanto, sacrificar a participação do público. E a remasterização do
próprio Jussila deixou a sonoridade um pouco mais encorpada e pronta para o
ouvinte de hoje, quase 20 anos depois do lançamento original, poder aproveitar
desse momento áureo da carreira do grupo.
A parte gráfica do CD é linda, com fotos da banda durante a
excursão, além de uma linda capa nova (o disco merece), cujo design é de Alexander
Mertsch, ficou bem melhor que o original. Isso sem mencionar que as letras
estão presentes no encarte.
O setlist ficou de primeira, permitindo que a banda exiba o
mesmo perfeccionismo de seus discos, mas sem que a energia e espontaneidade de
um show sejam perdidas. E se percebe que Timo Kotipelto tem o público nas mãos,
pois ele tem uma ótima comunicação com todos.
Não seria justo destacar uma ou outra faixa do CD. Todas são
ótimas, mas fica claro que no disco 1, o público vai ao delírio em músicas como
“Forever Free” (ótima performance de Timo Kotipelto, e no refrão, lá está o
público participando), a belíssima “The Kiss of Judas” (os teclados estão muito
bem), a ganchuda “Father Time” (novamente os vocais estão ótimos, as guitarras
roubam a cena e o público faz bonito), a rápida “Speed of Light”, e a
envolvente “Twilight Symphony” (a pegada pesada de baixo e bateria nessas duas
últimas é ótima). Em “Holy Solos”, temos isso mesmo: solos de guitarra e
bateria (algumas vezes simultâneos e com o baixo dando suas debulhadas).
O disco 2 tem músicas excelentes, como a veloz e cheia de
energia “Visions”, o clássico eterno do grupo, “Black Diamond” (a plateia vai à
loucura nessa canção, e solidez do grupo a torna ainda melhor), a belíssima “Against
the Wind” (como Jens sabe encaixar bem seus teclados nas canções), além das
essenciais “Paradise” e “Legions”.
Um disco ao vivo que tende a se tornar referência para
outras bandas em todos os termos.