2017
Nacional
Nota: 9,7/10,0
Tracklist:
Disco 1 - Best
Of:
1. Divine
Termination
2. Soap on a
Rope
3. Sexy
Little Thing
4. Oh Yeah
5. Get It
Up
6. Future in
the Past
7. Big Foot
8.
Different Devil
9. Lighten
Up
10. Dubai
Blues
11.
Something Going Wrong
Bonus Live
Tracks:
12. Highway
Star
13. Bad
Motor Scooter
14. My
Generation
CD2 - Live:
1. Avenida
Revolution
2. Sexy
Little Thing
3. Soap on a
Rope
4. My Kinda
Girl
5. Down the
Drain
6. Bitten by
the Wolf
7. Oh Yeah
8. Learning
to Fall
9. Get It
Up
10. Turnin’
Left
11. Future in
the Past
Banda:
Sammy Hagar - Vocais, guitarra base
Joe Satriani
- Guitarras, teclados, backing vocals
Michael
Anthony - Baixo, backing vocals
Chad Smith - Bateria, percussão, backing vocals
Contatos:
Site Oficial: http://www.chickenfoot.us
Facebook: https://www.facebook.com/chickenfoot/
Twitter:
https://twitter.com/chickenfoot
Instagram: https://www.instagram.com/chickenfoot/
Bandcamp:
Assessoria:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O trabalho dos supergrupos de Rock e Metal são sempre algo
sem meio termo: ou fica de primeira, ou algo muito ruim. E isso acontece com
músicos de todos os tipos dos iniciantes aos mais velhos, sem distinção. Mas
quando é bom, tende a ser algo maravilhoso, algo realmente de nos fazer babar.
Logo, preparem seus babadores, pois a Shinigami Records colocou no mercado
brasileiro a versão para “Best Of + Live”, lançamento mais recente do quarteto norte-americano
CHICKENFOOT.
Para quem ainda não sabe, o CHICKENFOOT é um grupo formado
por Sammy Hagar nos vocais (ex-MONTROSE e ex-VAN HALEN), Joe Satriani nas
guitarras, Michael Anthony no baixo (também ex-VAN HALEN), e Chad Smith
(baterista do RED HOT CHILI PEPPERS). Com músicos desse quilate e com tanta
experiência, o que se poderia esperar, musicalmente falando?
Simples: o mais puro e prazeroso Rock and Roll com
influência de Blues que possa pensar. Há sua dose de peso, mas o enfoque do
quarteto não é ser um grupo de Metal, nem mesmo de mostrar virtuosismo musical,
mas de ser o mais honesto possível. Óbvio que se podem sentir influências de
LED ZEPPELIN, outros em que o lado mais acessível fica exposto. Mas é um
trabalho fantástico e que nos seduz nos primeiros acordes. Ora, mesmo porque
esses quatro fizeram discos ótimos. E como diz o título, o CD é duplo, sendo uma
coletânea de seus melhores momentos no disco 1, e disco 2 é todo ao vivo.
Fórmula simples e que poderia parecer um caça-níqueis, mas está longe disso.
O “Best Of” tem vários produtores, já que a inédita foi toda
produzida pelo próprio quarteto, e as outros pelos produtores de “Chickenfoot”
e “Chickenfoot II”, e já se sabe previamente por sabermos quem eles são: alta
qualidade sonora sempre, com tudo em seus devidos lugares. Já “Live” foi
gravado no Dodge Theater, em Phoenix (Arizona) em 23 de setembro de 2009, tendo
a gravação de Jay Vicari, a edição digital de Eric Caudieux, e a mixagem de
Mike Fraser, para garantir a qualidade ao vivo da banda, que ficou (assim como
em “Best Of”) excelente.
O que torna o trabalho do CHICKENFOOT tão bom é a
espontaneidade e a descontração com que eles criam e executam suas músicas. Ao mesmo
tempo, o trabalho do grupo não soa datado, mas atual, vigoroso e cheio de
energia.
“Best Of” trás músicas excelentes como a inédita “Divine
Termination”, um Rock/Blues intenso e com uma energia empolgante (e belos
arranjos nas guitarras e vocais ótimos), a envolvente “Soap on a Rope” e seu
belo trabalho de baixo e bateria, a acessível e com toque de Southern Rock “Oh
Yeah”, a energia crua e empolgante de “Get It Up”, a bela “Future in the Past”
(que lindos arranjos de guitarras), a beleza acessível e contagiante “Different
Devil” (quase um AOR daqueles), e a Country/Folk “Something Going Wrong”. Além
delas, temos 3 covers ao vivo: “Highway Star” do DEEP PURPLE, “Bad Motor
Scooter” do MONSTROSE (antiga banda de Sammy, e esta versão fica com 11
minutos, longe dos quase 4 da original), e o clássico do THE WHO “My Generation”,
todas em roupagens energéticas, mas fiéis às versões clássicas.
Em “Live”, a energia flui constantemente, e o setlist do
show é muito bom. Canções como “Sexy Little Thing”, “Soap on a Rope”, “Bitten by
the Wolf”, “Oh Yeah”, “Get It Up” e “Future in the Past” ganham energia e um
feeling mais cru e denso ao vivo, mostrando que a banda ao vivo é uma
experiência ótima, que vale o investimento.
No mais, “Best + Live” é um disco de primeira para se ouvir
e curtir boa música sem se preocupar com rótulos.