28 de mai. de 2017

SAINT - Too Late for Living (álbum)


1988
Avantage Records
Nacional

Tracklist:

1. Too Late for Living
2. Star Pilot
3. The Accuser
4. The Rock
5. On the Streets
6. Returning
7. The Path
8. Through the Sky
9. The War is Over


Banda:


Richard Linch - Vocais
Dee Harrington - Guitarras
John Mahan - Guitarras
Josh Kramer - Baixo
John “The Machine” Perrine - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Quando ouvimos discos de uma banda veterana no cenário, a cobrança pode ser extremamente pesada, uma vez que o nome grupo, muitas vezes, já nos deixa ansiosos pelo que pode vir, além da qualidade de trabalhos anteriores nos leva a querer que o grupo sempre se supere (ou que, no mínimo, se iguale). E aqui, estamos falando de um veterano calejado, o SAINT, de Salem (OR) Mas não se preocupem, pois “Too Late for Living”, primeiro disco do grupo, é ótimo.

Aqui se ouve aquilo que chamamos de US Metal, ou seja, aquela mistura do peso que a escola europeia do gênero legou ao mundo, mais a técnica e melodias bem definidas que os músicos norte-americanos carregam em seu DNA. Ou seja, é uma combinação muito boa de peso, agressividade e melodias. E a banda possui um trabalho esmerado em cada refrão das canções do disco, bem como o nível de acessibilidade musical é alto, mas sem que caia no Hard Rock ou no Glam Metal. Óbvio que fãs de bandas como OMEN, LIZZY BORDEN, VICIOUS RUMORS, MALICE e outros dessa safra irão se identificar bastante com o trabalho do SAINT.

Dave Lohr e Richard Linch são os produtores do álbum, e eles conseguiram dar uma sonoridade firme e pesada ao grupo. Poderia ser melhor, pois ela soa um pouco crua demais, mesmo para aqueles dias. Mas se percebe que essa sujeira dá peso e energia ao trabalho do grupo. Além disso, a arte da capa eixa clara a mensagem do grupo.

Musicalmente falando, o SAINT segue a escola da época: energia, melodia, peso e temas grudentos. Mas se percebe que os arranjos do quinteto são ótimos, bem polidos, mas espontâneos.

Chega a ser um grave pecado não falar de canções como “Too Late for Living” e sua energia intensa e crua (com aquela clara influência do JUDAS PRIEST, especialmente nas guitarras e vocais), a melodia funcional e ótimo refrão de “Star Pilot” (mais uma vez, ótimos vocais e backing vocals fortes), a ganchuda e cheia de guitarras fantásticas “The Rock”, a envolvente linha melodiosa e técnica que a banda usa em “Returning” (baixo e bateria estão muito bem, verdade seja dita, mas por ser uma instrumental, as guitarras chegam a cuspir fogo), a rascante e selvagem “Through the Sky” e suas guitarras faiscando em riffs pesados e solos de primeira, e a mais acessível e com pegada hardona “The War is Over”.

Para os fãs da banda, “Too Late for Living” é um clássico. Mas de lá para cá, nesses quase 30 anos, a banda tem outros lançamentos ótimos. O SAINT continua por aí, logo, prestem atenção que vem coisa boa em breve!

O Metal Samsara não afere notas a discos clássicos, mas este levaria um "10,0/10,0" de olhos fechados!

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