2017
Nacional
Nota: 9,2/10,0
Tracklist:
1. Into the Battle
2. Hellish War
3. We Are Living for the Metal
4. Defender of Metal
5. The Sign
6. Gladiator
7. Into the Valhalla
8. Sacred Sword
9. Memories of a Metal
10. Feeling of Warriors
11. The Law of the Blade
Banda:
Roger Hammer - Vocais
Vulcano - Guitarras
Daniel Job - Guitarras
Gustavo Gostautas - Baixo
Jayr Costa - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.hellishwar.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/hellishwar
Twitter: https://twitter.com/hellishwar
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria: http://somdodarma.com.br/pt/artistas/hellishwar/
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Hoje em dia, existe uma enorme gama de bandas que segue os velhos caminhos do Metal dos anos 80. Infelizmente, a maioria acaba se destruindo devido ao mal uso de clichês, ficando idêntico a coisas que já foram lançadas anteriormente. Mas existem aqueles que conseguem transformar o gênero, reescrever as regras e fazer algo relevante, sem ser apenas uma imitação do que já se passou. Neste grupo de ótimos nomes, temos o quinteto brasileiro HELLISH WAR, com mais de 20 anos de muitas lutas no cenário. E justamente agora, no momento em que a banda comemora 15 anos do lançamento de seu primeiro CD, justamente “Defenders of Metal” é relançado, para a alegria de muitos.
O que se tem em “Defenders of Metal” é o bom e velho Metal germânico da primeira metade dos anos 80, seguindo a linha de GRAVE DIGGER, RUNNING WILD, ACCEPT e HELLOWEEN em seus primeiros trabalhos. Ou seja, é uma sonoridade forte e vigorosa, toda estruturada sobre alicerces melodiosos bem feitos. Nada muito complexo em termos técnicos, mas a banda toda sabe tocar seus instrumentos em um nível onde peso e melodia são mais importantes. Mas calma: se tem uma coisa que o quinteto tem (e sempre teve) é personalidade forte, e não copiam ninguém.
Resumindo: é uma música ótima, que nos embala e conquista sem esforços.
A produção de “Defenders of Metal” ainda está muito longe do que a banda precisava para mostrar a pujança de sua música. Mas mesmo assim, com essa crueza além do necessário, é claro que o grupo é inspirado e eles mostram força em suas composições, algumas delas já clássicas. E mesmo assim, é compreensível o que eles estão fazendo.
A capa, por si mesma, já reflete todas as dificuldades da época. O desenho é simples, mas deixa clara a proposta musical do quinteto.
Arranjos pesados, andamentos variados, guitarras roncando em riffs e solos inspirados, base rítmica muito boa, vocais antenados com a proposta sonora do grupo, e cada refrão foi lapidado de forma que entra nos ouvidos e a banda ganha mais um fã.
E não se pode negar que 16 anos não retiraram o brilho de composições como a clássica e envolvente “Hellish War” com seu refrão marcante e excelentes guitarras; a excelente “We Are Living for the Metal” e seu trabalho de primeira na base baixo-bateria, mesmos elementos encontradas em “Defender of Metal” (outro refrão marcante, tempos em velocidade mediana e ótimos vocais), a mais cadenciada “The Sign” e seu charme melodioso, a dose de peso devida que ouvimos na trabalhada “Into the Valhalla”, fora o trabalho de lapidação e arranjos bem feitos das longas “Sacred Sword” e “Memories of a Metal”, e é quase como se ambas as canções se completassem em perfeita harmonia. E isso sem falar na ganchuda, também longa “The Law of the Blade”, que é recheada de riffs e duetos lindos de guitarra.
Se não tem o disco por conta dos anos ou porque nunca teve a oportunidade, eis aí sua chance.
O HELLISH WAR é motivo de orgulho para o headbanger brasileiro.
KEEP IT HELLISH!