26 de mai. de 2017

CANÁBICOS: INTENSO (ÁLBUM)


2017
Nacional

Nota: 8,8/10,0


Tracklist:

1. Planeta Estranho
2. Fora da Lei
3. Intenso
4. Não Faz Sentido
5. Lei do Cão
6. Viagem Espacial
7. Rotina
8. Eu Não Sei o Que Vai Ser de Mim


Banda:



Clandestino - Vocais
Murcego González - Guitarras
MM - Baixo
Mestre Mustafá - Bateria


Contatos:

Site Oficial: www.canabicos.com.br
Youtube:
Bandcamp:

Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Peso, Groove, energia e agressividade são uma receita que muitos já usaram desde os anos 60 para cá. No fundo, ela sempre foi (como ainda é) adaptada pela personalidade dos músicos. Óbvio que nem sempre sai coisa boa (já que a clonagem virou coisa corriqueira nos últimos 15-20 anos), mas quando sai, é uma tentação. E deliciosamente provocante e envolvente é “Intenso”, novo trabalho do quarteto Mineiro CANÁBICOS, de Araguari (no Triângulo Mineiro).

Aqui temos o bom e velho Hard Rock/Classic Rock de raiz, forte e azedo, com forte influência de Blues e Jazz. Nomes como THE BEATLES, ROLLING STONES, LED ZEPPELIN e BLACK SABBATH são automáticos, mas apenas para referência. O trabalho do grupo é bem pessoal, tendo ainda uma intensa “vibe” moderna e alguma sujeira vinda do HC.

Resumo da ópera: “Intenso” é um puta disco!

Em termos de sonoridade, “Intenso” faz jus ao título. Tendo a produção de Gustavo Vazquez (que já trabalhou com UGANGA, BLACK DRAWING CHALKS, HELLBENDERS, entre outros), a sonoridade é orgânica, gordurosa e abrasiva, mas com um nível de clareza essencial que nos permite compreender qual a proposta do grupo, seus arranjos o que eles desejam de sua música. É um murro na cara, mas com qualidade e requinte. E a arte da capa, algo bem simples e funcional, deixa evidente o nome da banda (não sejam ingênuos).

Se “Intenso” tem músicas que foram compostas a mais de 10 anos, mostra o quanto o estilo da banda, visceral e espontâneo, não soa datado nas mãos de quem sabe o que faz. A banda evita complexidades musicais exacerbadas (embora exista uma técnica muito boa em cada instrumento), e todos os fatores funcionam de modo que a banda soe como uma sólida unidade.

Com músicas longe de serem compridas e entediantes, logo, devorar as músicas de “Intenso” é algo simples e maravilhoso. Os riffs e pegada insana de “Planeta Estranho” e sua energia crua; a técnica e clima mais denso (por conta dos andamentos) de “Fora da Lei” e seu Groove fascinante; o contraste de crueza e suavidade de “Intenso” (reparem o belíssimo trabalho de baixo e guitarras); a pegada “grooveada” e pesada de “Não Faz Sentido” e seus ótimos arranjos vocais; a energia mais psicodélica e pegada melodiosa de “Lei do Cão” (reparem como a bateria é muito boa e técnica, fora o uso bem pensado do “wah-wah”); o Rock mais acessível e tradicional de “Viagem Espacial”; a instigante e grudenta levada um pouco mais Punk Rock de “Rotina”; e o lado um pouco mais duro e experimental da “Eu Não Sei o Que Vai Ser de Mim”, onde perceberão que a força das melodias orgânicas e o peso grooveado são elementos que, casados com essa maestria, nos embalam muito bem.

Muita energia, doses cavalares de peso e tudo com uma embalagem requintada. É isso o que os CANÁBICOS nos oferecem em “Intenso”, e verdade seja dita: vale cada momento. 

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