2017
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Straight
to the Heart
2. Bringer
of Pain
3. King for
a Day
4. Beyond
the Burning Skies
5. Familiar
Hell
6. Lost in
Wars
7. Bastard
Son of Odin
8. We Will
Fight
9. Dancing
with the Beast
10. Far
from Heaven
11. God of
War (bônus)
12. The
Eclipse (bônus)
13. Rock
Trash (bônus)
Banda:
Noora
Louhimo - Vocais
Joona Björkroth - Guitarras
Juuso Soinio - Guitarras
Janne
Björkroth - Teclados
Eero Sipilä
- Baixo, backing vocals
Pyry Vikki
- Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.battlebeast.fi/
Twitter: https://twitter.com/BattleBeast
Instagram: https://www.instagram.com/battlebeastband/
Texto:
Marcos “Big Daddy” Garcia
A inovação é uma das forças motrizes que levam o Metal
adiante, sempre em direção ao futuro. As páginas do passado já estão escritas e
ninguém as mudará, o futuro ainda está por ser escrito, logo, como se faz e se
ouve Metal nos dias de hoje é extremamente importante para se responder uma
questão: como será o Metal no futuro?
Acredito que não existirá uma resposta única ou concisa, mas
este autor se guarda o direito de dizer: vai ser de primeira, pois os países do
norte da Europa têm gerado cada vez mais bandas relevantes e com trabalhos de
alto nível. E a Finlândia nos revela mais um excelente nome: o do sexteto
BATTLE BEAST, que chega a nós pela parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast
Brasil por meio de seu mais novo álbum, o excelente “Bringer of Pain” em versão nacional.
Primeiramente, é mais que necessário que o leitor se isente
de qualquer idealismo ou preconceito musical, pois “Bringer of Pain” tem uma
gama enorme de influências musicais, e muitas vezes, bem diferentes entre si. Mas
todas se mesclam e formam uma música bem diferente e personalidade. Tem Metal tradicional,
Hard Rock, Glam Metal, Pop, Power Metal, e mais, mas sempre em uma música bem equilibrada e
com uma energia enorme. E isso tudo com aquele famoso jeito melodioso bem envolvente,
junto com cada refrão que ouve-se uma vez, e você vira fã da banda.
Ouça e seja capturado pelo BATTLE BEAST!
Produzido pelo tecladista Janne Björkroth nos JKB Studios, e
que teve a ajuda de Viktor Gullichsen e Mikko Karmila na mixagem. A masterização
é de Mika Jussila e foi feita nos Finnvox Studios. Resultado: uma sonoridade
bem feita, equilibrando muito bem limpeza, peso e agressividade do grupo, sem
deixar nada de fora. E isso nos permite perceber como a música do grupo é espontânea
e bem arranjada.
Em termos artísticos, Jan Yrlund fez uma capa muito bonita e
que realmente consegue personificar a música do grupo.
Vocais que oscilam entre o suave e o raivoso sem pudores (e
perfeitamente encaixados no instrumental rico da banda), guitarras esbanjando
peso e melodia em riffs de fácil assimilação e solos criativos, base rítmica
sólida e com bom nível técnico, e partes de teclados muito bem encaixados no
instrumental do grupo é o que compõe as músicas de “Bringer of Pain”. E embora
bem trabalhado, o trabalho deles não é de forma nenhuma complexo demais. Muito
pelo contrário: a acessibilidade musical é altíssima, o que faz do CD um disco indispensável.
“Bringer of Pain” já nasceu em berço de ouro, é precioso em
cada momento. E por isso, é um trabalho bem difícil destacar essa ou aquela
faixa, o que farei aqui para dar uma referência ao leitor. Mas não se
preocupem: esse disco vicia e se justifica!
A arrasa-quarteirões “Straight to the Heart” e sua pegada
acessível permeada por riffs ótimos e excelentes vocalizações (o acento Pop é
evidente, mas excelente), a pesada e trabalhada “Bringer of Pain” (onde se percebe
arranjos ótimos de baixo e bateria), a deliciosamente envolvente “King for a
Day” e a forte presença dos teclados (outra que tem uma acessibilidade musical
descarada e maravilhosa, fora um refrão que gruda e não solta mais, e não é o
primeiro vídeo de divulgação por mero acaso), o contraste entre guitarras e
teclados apresentado em “Beyond the Burning Skies” e seu andamento pesado e em
tempo mediano, o hit pesado e altamente sedutor de “Familiar Hell” (como essa
moça canta e sabe interpretar, bem como saber variar os timbres de voz do suave
ao agressivo sem nenhuma dificuldade, e o vídeo da música possui uma mensagem
mais que necessária de ser divulgada), a força do Rock industrial moderno e
denso em “Lost in Wars” (que tem a participação especial de Tomi Joutsen , do AMORPHIS, nas vozes masculinas), o lado
um pouco mais Power Metal/Tradicional de “Bastard Son of Odin” (mais uma vez,
baixo e bateria mostram sua força e peso), um andamento um pouco mais lento e
com boa pegada que mixa bem peso e melodia é o que “We Will Fight” nos proporciona
(e isso com um belo trabalho das guitarras, inclusive solos muito bons, fora um
refrão bem marcante), o jeitão Pop descarado e maravilhoso de “Dancing with the
Beast” e seus arranjos preciosos de teclados e vocais, e a balada altamente
acessível e elegante que se ouve em “Far from Heaven” (novamente, que belos
vocais e que interpretação). E isso sem
mencionar as faixas bônus da versão nacional: “God of War” (com um meio termo entre peso, melodia e
acessibilidade, mostrando teclados e base rítmica perfeitos), “The Eclipse” e
seu peso avassalador recheado de grandes riffs (mas com algumas partes mais
melodiosas e introspectivas, onde os vocais mostram sua versatilidade mais uma
vez), e a pancada mezzo Hard Rock mezzo Rock’n’Roll de “Rock Trash”.
Sim, uma vez mais, um disco me força a falar de todas as
suas canções. Isso porque NÃO DÁ para deixar uma sequer de fora!
Sei que “Bringer of Pain” pode deixar alguns assustados na primeira
ouvida, e mesmo causar reações adversas. Mas sempre digo: a segunda ou a
terceira ouvida fazem maravilhas!
Mais um disco que já está na lista dos melhores do ano!