2016
Nacional
Nota: 9,0/10,0
Músicas:
1. Brotherhood of the Snake
2. The Pale King
3. Stronghold
4. Seven Seals
5. Born in a Rut
6. Centuries of Suffering
7. Neptune's Spear
8. Black Jack
9. Canna-Business
10. The Number Game
Banda:
Eric Peterson - Guitarras
Alex Skolnick - Guitarras
Steve DiGiorgio - Baixo
Gene Hoglan - Bateria
Contatos:
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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
E após quatro anos desde seu último lançamento, eis que uma das bandas mais queridas do Thrash Metal mundial está de volta com seu novo disco de inéditas.
Apesar de não ser membro do Big4 americano, o quinteto TESTAMENT tem nome suficiente para causar alvoroço no cenário mundial. E com “Brotherhood of the Snake”, eles consegue realmente prender o ouvinte e se colocar como um dos grandes álbuns de Thrash Metal de 2016.
Musicalmente, o quinteto não mudou muita coisa nesses anos todos. Ainda apresentando aquele Thrash Metal característico, furioso e bem trabalhado, talvez a diferença maior entre “Brotherhood of the Snake” e seu antecessor seja a exposição mais evidente do lado melodioso da banda. Ou seja, as melodias estão mais claras, assim como a sonoridade do grupo como um todo está mais bem definida. Mas mesmo assim, a agressividade costumeira do TESTAMENT está presente.
Ou seja, o grupo soube dar uma diversificada, ao mesmo tempo em que alguns aspectos técnicos ficaram mais claros, especialmente no tocante à cozinha rítmica (pois Steve DiGiorgio no baixo e Gene Hoglan na bateria é uma dupla para ninguém botar defeito).
A produção é de Juan Urteaga, que trabalhou com o grupo na masterização e gravações adicionais de “Dark Roots of Earth”, enquanto Andy Sneaps ficou apenas na mixagem e na masterização. O som está mais seco e polido, assim nos permitindo compreender cada detalhe que os instrumentos musicais estão executando, e expondo as melodias da banda. Mas não pensem que o peso não está presente, pois está em doses cavalares (mesmo porque os instrumentos estão apresentando timbres muito bons).
A arte da capa é muito bonita, um trabalho de Eliran Kantor, que busca retratar o teor lírico do grupo, que está tratando de temas como civilizações alienígenas que colonizaram nosso planeta (o título do disco, “A Irmandade da Serpente”, é o nome de uma antiga sociedade secreta).
Preparem os pescoços, pois o disco é de deixar qualquer um com torcicolos!
Chuck Billy está cantando muito bem, buscando usar um pouco mais seu timbre mais agudo mais clássico, e sem usar tanto aqueles graves aos quais já estávamos adaptados; Erik Peterson e Alex Skolnick mais uma vez mostram o quanto são um dupla excelente de guitarras, sem dever nada a outras que estão no Big4, com riffs ótimos e solos de primeira; e a base de Steve DiGiorgio e Gene Hoglan mostra uma técnica de primeira, mas sem deixar o trabalho sem peso.
Melhores momentos:
“Brotherhood of the Snake” – Uma música clássica da banda, com andamento que muda bastante do rápido ao moderado, mas sem se perder. Óbvio que as guitarras estão excelentes, mas as conduções nos bumbos e incursões providenciais do baixo dão uma diferenciada ótima em relação ao que a banda já fez antes.
“The Pale King” – Um andamento que mais uma vez busca estar no meio termo entre o veloz e o moderado. Aqui, as melodias da banda estão mais perceptíveis, especialmente pelos vocais que estão muito bem.
“Stronghold” – Rápida, instigante, com alguns momentos um pouco mais cadenciados e pontos em que os guturais aparecem. Mas é uma faixa dominada totalmente pelas guitarras, apresentando riffs excelentes, e solos fantásticos.
“Seven Seals” – Com tempos mais lentos e muitas melodias vocais (especialmente no refrão), é uma canção música onde as melodias se mesclam muito bem com a agressividade. Apaixonante!
“Centuries of Suffering” – Rápida e instigante, com aquela técnica característica das guitarras que nos prendem no lugar. É para bater cabeça, cair no mosh sem dó, e cheia de momentos excelentes de guitarras e vocais.
“Neptune's Spear” – Fenomenal como a banda dispõe de um arsenal de riffs excelente, e isso exposto em uma faixa com andamentos mais lentos, criando uma atmosfera densa e azeda. E novamente, um ótimo refrão.
“The Number Game” – Explosiva, lançando mão de riffs velozes e ferozes. Mas é interessante ver que a dinâmica da música é excelente, com destaque mais uma vez para a coesão e técnica de baixo e bateria.
Inovador?
Não, nem tanto. Mas o que o TESTAMENT precisa inovar mais?
Ao mesmo tempo, "Brotherhood of the Snake" não iguala o que se ouviu em "Dark Roots of Earth" ou em "Formation of Damnation", mas mesmo assim, é um disco para dar dores crônicas de pescoço em qualquer banger que se preze!