Músicas:
01. The Patriot
02. The Past That Storms
03. Iron Will
04. Holethros
05. Discipling
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2015
Independente
Importado
Nota 8,5/10,0
Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
Contatos:
Resenha:
A cena grega de Metal, nos últimos anos, tem se mostra muito prolífica.
Sim, pois nos anos 90, houve aquela predominância voltada ao Black e Death Metal. Hoje, temos maior diversidade, com bandas de vários gênero coexistindo sem problemas por toda a Grécia. E como é bom poder ouvir uma banda como o RIFFOCITY, vinda de Cerres, que nos brinda com um excelente EP de estréia, "Disciples of the Storm".
O trabalho do quarteto é feito com muita personalidade, peso e uma boa dose de melodia, nos lembrando um pouco os primórdios o Thrash Metal americano, quando bandas como METALLICA, SLAYER e TESTAMENT ainda estavam se firmando. Mas isso não significa que o quarteto abra mão de impor-se. Não, longe disso, o RIFFOCITY faz o que quer de sua música, sem copiar quem quer que seja. É uma torrente de vocais agressivos em tons normais de voz, guitarras ferozes com riffs brutos e bem feitos, solos caprichados, baixo e bateria formando uma base rítmica sólida e técnica. Ou seja, é o bom e velho Thrash Metal, apenas com um jeitão mais pessoal.
A sonoridade que flui pelos falantes é bem clara, seca e pesada. Assim, o trabalho do grupo flui de maneira espontânea, nada forçada, e consegue se fazer entender. Mas se preparem, pois é pesado e agressivo o resultado da sonoridade.
Embora não seja uma banda com uma música inovadora, a forma com que o grupo lida com sua música, ou seja, sua abordagem do Thrash Metal, é algo bem pessoal, e longe de ser uma imitação de quem quer que seja. Arranjos bem feitos, técnica, melodia e peso se equilibrando, então, se preparem.
The Patriot - O EP já começa cuspindo fogo, com uma faixa intensa, de início veloz e com riffs técnicos e certeiros. Mas logo o andamento se torna mais variado, com a bateria exibindo boa técnica.
The Past That Storms - Com um belo trabalho de baixo e bateria, esta é a típica canção que leva os fãs ao slam dancing sem dificuldades, com um andamento empolgante e ótimo refrão. E reparem que as melodias estão bem evidentes nas guitarras.
Iron Will - Mais peso e empolgação misturados, fora uma agressividade explícita. Há algo do feeling que o SLAYER apresentava na época do "Show No Mercy" e o do TESTAMENT do "The New Order" nos riffs aqui, usando bem da dinâmica entre momentos mais velozes e outros mais cadenciados, onde as guitarras e os vocais se sobressaem bastante.
Holethros - Aqui, o ritmo dá uma desacelerada, usando bem mais o peso e impacto dos momentos cadenciados, adornado por belos bumbos duplos e bela técnica da bateria mais uma vez, o que obriga o baixo a fazer uma exibição de gala. E reparem nos solos de guitarra.
Discipling - Fechando o EP com chave de ferro, temos uma canção mais bruta, mais cheia de energia e peso, com o andamento em meio tempo, capaz de deixar fãs do gênero surpresos com o que a banda pode fazer em termos musicais. Mas reparem como os vocais estão muito bons, fora a intervenção das guitarras nos momentos certos.
Apesar de jobem, o RIFFOCITY é ótimo, e aparando algumas arestas, vai conquistar muitos fãs, tanto na Grécia quanto pelo mundo.
Banda:
Thomas Trabouras - Vocais
Dimitris Kalaitzidis - Guitarras
Giorgos Lezkidis - Guitarras, backing vocals
Dimitris Zacharias - Baixo, backing vocals
Tasos Diamantidis - Bateria (sessão)