13 de dez. de 2015

D'HANKS - Mil Faces (CD)

Músicas:

01. Sem Sinais
02. Silêncio
03. Chore
04. Bailarina
05. Hora da Insônia
06. Vulnerável
07. Inveja
08. A Cura
09. Sua Menina
10. Obrigado
11. Sorrir (+ Utopia)
2012
Independente
Nacional

Nota 8,0/10,0

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


Contatos:



Resenha:

Bandas que fazem aquele bom e velho Rock and Roll com um lado mais acessível e envolvente estão surgindo aos montes nos últimos anos aqui por estas terras do lado de baixo do Equador. Ainda bem, pois isso tem tornado as coisas mais dinâmicas e divertidas. Óbvio que é muito bom o Brasil ter uma tradição voltada ao lado mais extremo do Metal, óbvio, mas essa diversidade só nos faz bem.

E de volta redonda, com 12 anos nas costas, temos o quinteto D'HANKS, de Resende (RJ), que faz um trabalho mais visceral e melodioso em "Mil Faces".

Em que pese o fato do disco ter sido lançado em 2012, é muito bom poder ouvir uma banda que faz um trabalho tão espontâneo e cheio de energia. Se não chegam a ser uma banda de Heavy Metal ou Hard Rock, são uma excelente banda de Rock and Roll que não se preocupa com rótulos, apenas vão lá e desfilam suas canções fortes, melodiosas e cheia de energia. Óbvio que há uma boa dose de agressividade na música do quinteto, mas ao mesmo tempo, existe um certo requinte.

O quinteto tomou as rédeas da produção do disco, e conseguiu dar uma sonoridade muito boa ao disco. Mesmo não sendo primorosa, tem peso e clareza suficientes para que eles possam desfilar suas canções sem problemas. E além disso, o lado gráfico do CD ficou ótimo, muito bem feito.

É interessante e bom demais o trabalho do quinteto. Arranjos legais, bons refrões, tudo em seu devido lugar, logo, quem ganha é o ouvinte.

Melhores momentos de "Mil Faces":

Sem Sinais - Pesada e intensa, com belo trabalho de vocais e um refrão bem chicletoso (daqueles que se ouve e ficam na mente). E belos arranjos de guitarra.

Silêncio - Aqui, o lado mais técnico do grupo fica evidenciado, com um andamento mais ameno e muita dinâmica na base rítmica do grupo.

Bailarina - Com um jeitão mais acessível, é uma faixa preenchida por um trabalho muito bom das guitarras. Mas basta observar bem e perceber como os vocais dão uma bela variada de timbres.

Inveja - O maior uso de vocais masculinos caiu como uma luva, que outra canção mais acessível. O interessante é que as partes mais intensas da canção são justamente onde os vocais femininos aparecem com mais intensidade.

A Cura - Cheia de energia, mais pegada e com um jeitão acessível, esta canção pode enganar o ouvinte, pois baixo e bateria estão apresentando um trabalho bem técnico.

Sorrir (+ Utopia) - É uma dobradinha, com duas músicas em um, que ficou ótima. Belos vocais (contrastando os masculinos e os femininos), e com as guitarras exibindo riffs bem diferentes.

Há também o conteúdo multimídia, onde vemos os vídeos de "Sem Sinais" e "Hora da Insônia", dois brindes para os ouvintes.

Um belo trabalho, sim senhor.

Banda:

Angélica - Vocais, teclados 
Foca - Guitarras 
Rogério - Vocais, guitarras
Sorvete - Baixo 
Felipe - Bateria 




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