Metal Samsara: Warcursed – The Last March (CD)

17 de mar. de 2014

Warcursed – The Last March (CD)

Nota 8,0/10

Por Marcos “Big Daddy” Garcia

E de Campina Grande (PB), eis que o WARCURSED, banda de Death/Thrash Metal retorna à batalha e chega com seu segundo álbum, "The Last March", que acaba de ser lançado pela Eternal Hatred Records.

Mais uma vez, vemos surgir a fusão de Thrash com Death Metal com bons arranjos nas guitarras (com uma técnica bem acima da média), vocais urrados na melhor forma, base baixo/bateria com peso e técnica nas proporções certas, sem deixar de ter boas variações rítmicas (importantes para que as músicas não fluam umas iguais à outras). Enfim, apesar dessa mistura já não ser algo exatamente novo, graças à personalidade dos músicos, consegue ter uma vida própria, sem soar como um clone de alguém. E em relação a "Escape from Nightmare", o disco anterior, está mais maduro e melhor arranjado, mas ainda bem feroz e capaz de estourar os ouvidos alheios.

Produzido por eles mesmo em parceria com Victor Hugo Targino (que também a masterização e mixagem do álbum), o disco realmente soa bruto, distorcido e agressivo, mas sem deixar que a música do quarteto soe embolada, incompreensível ou sem peso. Aliás, peso e brutalidade nunca foram um problema para eles, diga-se de passagem. E o trabalho artístico de Emídio "Midoca" Madeiros (capa) e Sóstenes Carneiro Lopes (encarte) ficou muito bem embasada na proposta do grupo, e foge um pouco do padrão de tons de preto, branco e cinza que vemos por aí.

Warcursed

Óbvio que o trabalho tem uma boa qualidade, mantendo um nível de composição bem distribuído pelas 8 faixas (uma é apenas a introdução), logo, preparem os pescoços, pois o torcicolo é certo.

Melhores faixas: a arrasadora e pesada “Superior Tyranny”, que possui guitarras bem técnicas e abrasivas; a mais cadenciada e cheia de energia “The Last March”, onde a base rítmica aqui mostra um trabalho extremamente consistente e pesado; a veloz “K.I.Y.”, com o baixo aparece bastante, mostrando força e peso; a esporrenta e técnica "Renegades from Hell"; “Deathmachine”, uma máquina de guerra de riffs abusivamente ganchudos; “Temple of Destruction” e a mais cadenciada e ganchuda (ainda que bruta) "Legacy of Violence".

Adeus, pescoços e ouvidos sadios...