17 de mar. de 2014

SuperSonic Brewer - Overthrow the Bastard (CD)

Nota 8,5/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia

De alguns anos para cá, o Thrash Metal andou ganhando uma boa diversidade sonora, com surgimento de alguns modelos sonoros interessantes, fugindo um pouco dos padrões mais tradicionais e buscando ampliar fronteiras. E um grupo brazuca que se mostra bem antenado com o surgimento de modelos mais recentes é o SUPERSONIC BREWER, um quarteto feroz vindo das terras de Bento Gonçalves (RS), e que chega com seu segundo álbum, o furioso "Overthrow the Bastard", que a MS Metal Records acabou de pôr nas lojas.

O grupo faz um híbrido bem interessante entre uma pequena parte da sonoridade mais tradicional do gênero com muito da energia gordurosa e cheia de groove de bandas como PANTERA e MACHINE HEAD, ou seja, bruto e agressivo, com boa técnica e aquela pegada melodiosa e azeitada do Southern Rock americano, e com certos toques de MOTORHEAD, BLACK LABEL SOCIETY e SPIRITUAL BEGGARS aqui e ali. E senhores, é uma tijolada na cara muito bem dada. Vocais urrados seguindo aquela linha Anselmo/Flynn, riffs de guitarra criativos e bem graves, e solos bem colocados (transpirando melodias), e baixo e bateria em uma cozinha bem variada. É algo de ótimo o resultado da soma, então, cuidado com os tímpanos.

Produzido pelo próprio grupo em conjunto com Ernani Savaris (que ainda mixou e masterizou o disco), a sonoridade é pesada, densa, bruta e bem gordurosa, como a proposta do grupo exige, mas sem deixar de ser claro aos ouvidos. Ou seja, há o equilíbrio bem pensado entre o peso, a essência do grupo e a clareza auditiva. A arte de Emmy Dala Senta merece menção honrosa, pois além da capa muito boa, o uso do design interno do CD como notícias de jornais é uma boa idéia, fora o Baphomet estilizado no interior.

SuperSonic Brewer
Em termos musicais, o CD é muito bom, transpirando agressividade abrasiva em composições com boas estruturas harmônicas, com boas doses de melodia que tornam cada canção consistente. Além disso, a banda distribui qualidade de maneira homogênea por todo o álbum sem problema algum.

Destaques: a cativante e bruta "Terrorstorm" (com velocidade moderada, mostrando a base rítmica baixo/bateria muito bem entrosada e transpirando peso, com ótimas variações rítmicas), "Broken Lines" (novamente com boas mudanças de ritmo, e com algumas partes mais Hard'n'Heavy anos 80, que lembra bastante o MOTORHEAD), a mais cadenciada e empolgante "Hammer Down" (riffs abrasivos e bem gordurosos, fora esses vocais de urso bem fortes), a azeda "End Times", a empolgante "Faithfulness Beyond Forever" (novamente a banda dá uma aula em termos de mudanças rítmicas, mostrando que a base baixo/bateria da banda é muito bem entrosada), e a ganchuda, lenta e raivosa "Truth, Faith and Honor" (há alguns momentos bem legais em que o contrabaixo se mostra bastante).

Um disco muito bom, que merece uma ouvida carinhosa de todos, e preparem os pescoços.

Só uma coisa: download ilegal é coisa de mocinhas, logo, ouça e comprem.



Tracklist:

01. Global Domination  
02. Terrorstorm  
03. Broken Line  
04. Hammer Down  
05. Dirty Ass  
06. End Times  
07. Overthrow the Bastard  
08. Faithfulness Beyond Forever  
09. Vatican's Downfall  
10. On The Ashes of Insanity  
11. Truth, Faith and Honor


Banda:

Vini Durli - Vocais, baixo
Rodrigo Fiorini - Guitarras
Mauricio Menegoto - Guitarras
Evandro "Piki" Carlos - Bateria


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