19 de fev. de 2014

Vingador - Dark Side (CD)

Nota 9,5/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia

E o Norte Fluminense, uma região do RJ, anda virando um celeiro de boas bandas, pois cada vez mais chegam testemunhos musicais daquela região, seja de Metal ou HC. E um dos mais recentes nomes é o do quarteto VINGADOR, que nos chega com seu "Dark Side".

A banda caminha sobre uma tênue linha entre o Thrash Metal e o Metal tradicional, típica da primeira metade dos anos 80 (poderíamos citar como exemplos "Show no Mercy" do SLAYER e "Ride the Lightning" do METALLICA como depositários do gênero), ou seja, os vocais da banda são normais e urrados até certo ponto, as guitarras mostram bases extremamente fortes e agressivas, mas os solos transpiram a melodia e "feling" do Metal tradicional, baixo e bateria formam uma base rítmica muito pesada e forte, sabendo guiar os andamentos em momentos mais técnicos, outros mais velozes e outros ainda mais pesados e cadenciados. E a música do grupo é extremamente empolgante, soando pesada, agressiva e melodiosa nas mesmas medidas, e mesmo rebuscando elementos da Old School dos anos 80, não chega a soar datado.

A produção é mais um belo belo trabalho de Davi Baeta, o mesmo que já trabalhou com o CONFRONTO, e que buscou deixar a banda com uma sonoridade de qualidade, mas sem obliterar aquilo que a música da banda pede, sabendo deixar cada instrumento em seu devido lugar, com boa timbragem e sem fugir à sonoridade oitentista do grupo. Um casamento perfeito entre uma sonoridade bem feita e a identidade sonora da banda, um belo caminho que se abre para muitos. Já arte, um trabalho de Alexandre cabral (guitarrista/vocalista da banda) mostrou-se mais conservadora no aspecto anos 80, com todos os elementos da época, inclusive com bastante fotos ao vivo e outras mais descontraídas no encarte (quem não gostava disso há 20 anos atrás?).

Em termos de música, o VINGADOR mostra um trabalho de qualidade e bem equilibrado. Não é original, óbvio, mas é muito bom.

O disco é muito bom do início ao fim, mas óbvio que existem momentos sublimes como nas faixas "Tolerance" (riffs bem fortes e compactados), a mais rápida "Hellstorm" (novamente com ótimos riffs e vocais muito bons), "Ashes of Fire" (mais refreada, lembrando alguma coisa do passado glorioso do METALLICA, com bom trabalho de baixo e bateria), a paulada certeira "Circle of Death", a trampada (que guitarras!) "Morrendo de Paz" (sim, letras em português em uma canção com andamento moderado e bateria mostrando força nos bumbos), a rasgada "Have No Fear", e "Darkness is the Only Light... Suicide the Way" (que começa com um dedilhado tétrico, mas logo vira uma paulada mais refreada e cheia de variações, novamente com as guitarras se destacando tanto com bases ótimas quanto com solos bem feitos).

Belíssima banda, e uma pena que demorou tanto para gravar seu primeiro trabalho. Assim, hora de recuperar o tempo, moçada!



Tracklist:

01. Tolerance
02. Hellstorm
03. Ashes of Fire
04. Circle of Death
05. Morrendo de Paz
06. Have no Fear
07. Dead Nazi Poem
08. Yellow Crew
09. Pestilence
10. Darkness is the Only Light... Suicide the Way


Banda:

Alexandre Cabral - Vocais, guitarras
Raphael Zaror - Guitarras
Diego Neves - Baixo
Bruno Oliveira - Bateria


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