17 de fev. de 2014

Slasher - Katharsis (CD)

Independente
Nota 10/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


Bem, hoje em dia, surge com muita força e atitude uma nova vertente dentro do Thrash Metal: o New Thrash Metal (copyright do Pai Marcão aqui. Se usarem, por favor, a referência é do Pai Velho), que é mais bruto, agressivo e extremo que o costumeiro, tendo vários representantes, como o próprio TESTAMENT, o ANDRALLS, e agora, o quinteto paulista SLASHER, que chega com "Katharsis", seu segundo disco.

"Katharsis" tem causado uma grande comoção no meio, saudado como um disco moderno, forte e pesado, com agressividade saindo dos falantes sem dó. Só esqueceram de mencionar que no meio dessa golfada de brutalidade, existem excelentes melodias, especialmente das guitarras. Podemos dizer que é um Thrash Nightmare para os não iniciados, mas para quem adora o estilo, não há como não gostar dessa mistura de vocais agressivos (embora surjam vez por outra vozes normais agonizantes e outras mais suaves), guitarras com riffs absurdamente agressivos (chegam a doer o ouvido devido aos timbres mais ríspidos) e solos melodiosos, baixo e bateria formando uma base rítmica comprometida com o peso até os dentes, mas sem deixar de ser técnica. E a banda tem personalidade bem definida, soprando vida em um gênero já bem desgastado pela avalanche de banda. Esse disco cheira a "melhores do ano", tenham certeza.

A produção sonora é de saltar os olhos de tão bem feita, mantendo a banda bem abrasiva o tempo todo, mas sem deixar de ter limpeza e sem arrancar as melodias que surgem de forma espontânea. Mas a produção, mixagem e masterização de Tue Madsen (que já trabalhou com ROB HALFORD, VADER, KATAKLYSM, e BEHEMOTH, só para citar alguns) realmente fez a diferença: o som está impo e espumando fúria pelos dentes o tempo inteiro. A arte, um belo trabalho de Stan W. Decker (mesmo artista que trabalhou com eles no primeiro disco, "Pray for the Dead"), esbanja beleza e encorpa a fúria lírica do grupo.

Slasher
Quando o disco começa a tocar, é melhor tomar cuidado: ele é capaz de fazer as paredes tremerem, seus vizinhos reclamarem como nunca, e causar expulsões sumárias de casa. Com esse quinteto, é sangue nos olhos certo, em um disco muito bem equilibrado em termos de composição, não existe nada dispensável ou chato.

E o que dizer de músicas como a bruta "Disposable God" (moshpit certo, sem mais, e com belíssimos momentos mais melodiosos), a furiosa "Overcome", a mais refreada e trampada "Final Day" (reparem bem na força dos vocais nessa música e nos toques modernos dos riffs), "Face the Facts", "Jamais me Entregar" (sim, cantada em português e é um chute nos dentes, mais refreada e com doses cavalares de energia, e mais uma vez, destque para as guitarras), "Hostile" (poucas vezes uma faixa teve um nome que justifique seu conteúdo musical. É a faixa do primeiro lyric vídeo do disco), a ótima versão para "Suffocatted" (da banda MOSH), e a excelente "All Covered in Blood" (que belos inserts de vocais limpos, em uma faixa mais cadenciada e com ótimo trabalho de baixo e bateria)? Cada uma delas é uma pérola!

Melhores do ano com certeza, e já está disponível para o download pago em vários sites, enquanto o CD físico será lançado em Março próximo. E por download, ele pode ser adquirido nos links abaixo:

Amazon MP3:

E aproveitando, a banda está com um projeto "crowdfunding" para a gravação do vídeo oficial para "Final Day". Quem quiser saber mais e puder ajudar, é aqui: http://www.slasher.com.br/clipe/




Tracklist:

01. Katharsis
02. Disposable God
03. Overcome
04. Final Day
05. Face The Facts
06. Jamais me entregar
07. Hostile
08. Suffocatted (MOSH cover)
09. All Covered In Blood


Banda:

Skeeter - Vocal
Lucas Aldi - Guitarras
Lúcio Nunes - Guitarras
Wellington Clemente - Baixo
Taddei Roberto - Bateria


Contatos:

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