De vez em quando, surgem surpresas no continente Europeu,
dignas de louvor, algumas outras nem tanto, mas o saldo em geral é bastante positivo,
já que experimentação é a chave para as portas de um futuro não estagnado, onde
a vida espera, já que a continuidade é a porta aberta para a extinção.
E mais uma boa banda se junta ao grupo das mais promissoras
é, sem sombra de dúvidas, o quinteto norueguês de Oslo (NOR) The Fallen Divine, que chega até nós com
seu disco de estréia, The Binding Cycle,
via Indie Recordings, que é uma amostra de peso, brutalidade e melodias, mas em
uma música pictoricamente complexa e bem arranjada. Musicalmente, é algo que
poderíamos classificar como Techno Death Metal melódico (mais um rótulo chato!),
mas não se enganem, caros leitores, pois está bem distante do que se vê na
escola de Gotemburgo, pois os noruegueses aqui sabem pegar bem bruto e soturno
quando é necessário, já que os teclados não são constantes, e os vocais de
Magnus Kvist (que também cuida dos teclados) são bem variados do seu urrado bem
particular aos momentos mais guturais, as guitarras de Magnus Haugo e Markus
Charras sabem tanto ser melodiosas quanto ríspidas quando necessário, sejam nos
riffs ou nos solos, e a cozinha do baixista Christoffer Wig e do baterista Alex
Stebbing é muito pesada e coesa.
Cada elemento da música da banda é ressaltado pela produção
limpa e pesada da dupla formada por Andy LaRocque e Dan Swanö na produção,
mixagem e masterização.
Se perguntarem por destaques, ouçam logo o disco todo, mas podem
começar pela variada e forte Fire Lights
the Night, a climática Northern
Lights, onde o vocalista dá uma mostra de seu talento, e The Binding Cycle, onde há mudanças de
climas extremos, e outros amenos com vocais rasgados sussurrados, o que torna o
trabalho da banda diferenciado.