Por Marcos Garcia
E lá fomos nós para mais um evento do Garage, mais uma vez no Teatro Odisséia, na Lapa, em uma tarde/noite de domingo, onde pudemos ver seis bandas de estilos diferentes.
Mysttica |
Subindo ao palco como primeira banda, veio o quarteto MYSTTICA, que faz uma mistura de Doom com nuances sinfônicas/operísticas, graças ao vocal de Bia Coutinho. O set da banda é bem legal, seu trabalho é consistente, mas a banda foi castigada por um som não muito bom, bem como ainda necessita de mais experiência de estrada para poderem assentar algumas idéias e trabalhar mais a postura de palco. Mas tem potencial, e muito, como mostrado em músicas como 'Ballet of the Souls' e 'Empire of the Sun', e em breve, será uma grata surpresa para muitos.
ForKill |
Em seguida, veio o quarteto thrasher da 'Guabanabara Bay' FORKILL, destilando uma música que oscila entre TESTAMENT e SLAYER sem nenhum pudor, com boa presença e muita energia, especialmente do guitarrista Ronnie Giehl, que não pára de agitar um segundo que seja. Mostrando as canções de seu EP que já está no forno, como 'Brainwashed' e Breathing Hate', a banda convenceu e ganhou mais alguns fãs. E como se não bastasse, ainda fizeram um cover para 'Seasons in the Abyss', do SLAYER, que fechou o set.
deCifra me |
Em seguida, veio o complexo grupo DECIFRA ME com um misto de Doom, Sinfônico, alguns elementos mais Gothic, com uma música intensa, emotiva, bela e bem trabalhada. Uma boa banda, mas carece de uma postura de palco mais envolvente, bem como sua música pode ser um pouco mais objetiva e polida. Não estamos dizendo 'mudem', mas que sejam mais objetivos, pois talento a banda tem de sobra, como pode ser visto na música 'Shout'.
Tamuya Thrash Tribe |
Após um intervalo, veio outra banda do 'Guanabara Bay' Thrash Metal, o quarteto TAMUYA THRASH TRIBE, que fez uma apresentação ótima, mostrando o motivo de estarem cada vez mais em evidência e de serem o 'opening act' do BLACK LABEL SOCIETY no RJ e em SP.
Destilando músicas do EP 'United', mostrando uma música agressiva, trabalhada na medida certa, vocais mais urrados e com bastante 'feeling' e 'groove', mostrando boa postura e levando os presentes ao delírio com músicas como '1814' e a famosa 'Immortal King', que inclusive tem um vídeo oficial (e que pode ser visto aqui). Destaque para o ótimo baterista Guilherme Pollig, um monstro nos dois bumbos e viradas.
Morbid Symphony |
Em seguida, veio o quarteto MORBID SYMPHONY, que após um hiato de alguns anos, retorna à ativa, com seu seu Black Metal mais focado na climática soturna e musicalidade ríspida e seca, mas uma pena que seu set foi bem curto, já que a banda retornou há pouco tempo, e a nova formação precisa de mais alguns ensaios, pois ainda está um pouco desentrosada, mas nada muito sério.
Pagan Throne |
Fechando a noite, veio o PAGAN THRONE, tocando seu Viking Black Metal intenso e agressivo, mas bem tocado e com algumas melodias aqui e ali, mas infelizmente, para um público bem pequeno. Caracterizados à rigor, e tocando músicas do CD 'The Way to the Northern Gates', sendo que a postura da banda é ótima e se sentem à vontade no palco, especialmente o vocalista Rodrigo Garm, que é um ótimo frontman.
Um ótimo evento, e que venha muitos outros.