7 de jul. de 2017

KARYTTAH - Karyttah (Álbum)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 8,2/10,0

Tracklist:

1. Intro - A Nova Era
2. New Age
3. The Other Sides
4. Once More Again
5. Never Say Never
6. External Sugestions
7. The End of Our Lives
8. Karyttah
9. Grand Finale: a Caridade


Banda:


Fábio Loffs - Vocais, guitarras, baixo, programação

Convidados:

Henrique Baboom - Baixo em “New Age”, teclados em “A Nova Era”, “New Age” e “Never Say Never”
Alex Andreoni - Guitarra solo em “New Age”, e primeiro solo de guitarra em “The End of Our Lives”
Priscila Mendes - Teclados em “Once More Again”
Allan Juliano - Bateria em “Once More Again”
Fernando Debuxe - Guitarra solo em “Once More Again”
Du Firmo - Backing vocals em “External Sugestions”
Daniel Coronado - Teclados em “The End of Our Lives”
Zé Langer - Terceiro solo de guitarra em “The End of Our Lives”


Contatos:

Site Oficial: http://karyttah.com/
Twitter:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O Brasil tem cada vez mais dado espaço para produções no estilo “one man band”, ou seja, quando um músico foge do convencional, e por desejar se expressar musicalmente, não aceita limites e faz tudo ou sozinho, ou com a ajuda de músicos convidados. Nisso, muitos bons trabalhos tem surgido, e um dos melhores dos últimos tempos é do KARYTTAH, de São Paulo, que acaba de lançar seu primeiro álbum, “Karyttah”.

A banda é uma criação do vocalista e multi-instrumentista Fábio Loffs, que ainda gravou guitarras, baixo e fez a programação da bateria eletrônica, mas que está cheio de convidados. O estilo é o bom e velho Metal tradicional, com alguns toques de Power Metal e Prog Metal, mas sendo bem personalizado e altamente versátil. O estilo pode não ser algo novo, mas a abordagem sim, tendo identidade e soando com vida e energia. Aliás, muita vida, já que o trabalho tem um insight totalmente positivo.

Ou seja: se permitam adentrar no universo musical envolvente do KARYTTAH.

A produção é do próprio Fábio, com gravação feita por Henrique Baboom (que ainda tocou baixo e teclados em algumas faixas), e Henrique ainda teve ajuda na mixagem, dividindo os méritos com Daniel Coronado (que tocou teclados em uma faixa) e da masterização com Alessandro Cabral. A qualidade sonora resultante está em um nível muito bom, embora os timbres das guitarras estejam um pouco crus demais, mas nada que estrague o trabalho. Está pesado, intenso e claro nas medidas certas, realmente uma qualidade bem acima da média.

Na arte gráfica, João Duarte (JDuarte Design) e Marcelos Mensch (Mensch Design) fizeram um trabalho bem legal na arte e diagramação do encarte. É muito bom, encaixa como uma luva na proposta sonora/lírica do disco.

Musicalmente, o KARYTTAH se vale de uma música bem trabalhada, mas longe de ser extremamente virtuosa (pois não é o foco principal da banda), mas vigorosa, vibrante e que realmente envolve todos os que ouvem. Arranjos bem feitos, dinâmica extremamente competente entre instrumentos e vocais, e um ponto bem interessante: as letras de “Karyttah” são extremamente positivas, algo que faz bem ao coração e à mente.

O disco inteiro é bom, mas destacam-se as seguintes canções:

“New Age” - Uma faixa bem variada, rica, que vai de momentos mais ternos (onde o baixo se destaca), outros mais elétricos, e um refrão realmente apaixonante. E que belíssimo trabalho de vocais (os timbres de Fábio não são muito convencionais para o estilo, evitando gritos em tons altos).

“The Other Sides” - Uma pegada Power Metal um pouco mais tradicional, com aquela clara influência de IRON MAIDEN nos riffs de guitarra, com andamento rápido. Aqui, já existem vocalizações em tons bem altos, mas sempre satisfatórias. E a energia que flui dela é absurda.

“Once More Again” - Uma semi-balada com refrão pesado. É uma faixa onde toda expressividade do trabalho fica exposta, com belos arranjos de teclados e vocais muito bons uma vez mais.

“Never Say Never” - Peso e arranjos muito empolgantes se fundem para criar uma faixa ganchuda, com muita energia e vibração. Impossível ficar parado.

“The End of Our Lives” - Mais uma vez, uma canção rica em passagens diversificadas, com belíssimos solos de guitarra, e onde tudo se encaixa. Não há o que dizer além de “perfeita”.

“Karyttah” - O andamento fica mais lento e permitindo que a banda vá evoluindo de maneira espontânea. O baixo está muito bem, bem como as guitarras mostram um trabalho de primeira, além de um refrão bem grudento.

No mais, o KARYTTAH veio para ficar, e a banda já está em fase de audição para seus novos componentes. Mas até lá, vamos ouvindo e curtindo “Karyttah”, pois é um disco muito bom.

Ah, sim: “Karyttah” pode ser ouvido nas seguintes plataformas digitais:





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