2017
Independente
Importado
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Hacia La Luz
2. Tierra de Nadie
3. El Ángel Caído
4. Xana
5. La Buena Nueva (instrumental)
6. Levántate y Anda
7. Alma en Pena
8. Corazón Negro
9. Delirios de Grandeza
10. Antojo de Un Dios
11. El Séptimo Día (instrumental)
12. Las Ruinas del Edén: Acto I
13. Las Ruinas del Edén: Acto II
14. Las Ruinas del Edén: Acto III
15. Santa Bárbara (instrumental)
Banda:
Isra Ramos - Vocais
Alberto Rionda - Guitarras
Jorge Salán - Guitarras
José Paz - Teclados
Magnus Rosén - Baixo
Mike Terrana - Bateria
Convidados:
Juan Lozano - Backing vocals
Leo Jiménez - Vocais em "Las Ruinas del Edén: Acto II"
Contatos:
Site Oficial: http://www.avalanch.net/
Facebook:
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Youtube:
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Instagram: https://www.instagram.com/albertorionda/
Bandcamp:
Assessoria: http://www.duqueproducciones.com (exterior) / http://www.hoffmanobrian.com.br/ (Brasil)
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Metal espanhol tem algumas particularidades que o tornam
diferente, quase que regionalizado. Desde os áureos tempos do BARÓN ROJO e do
OBUS, os primeiros nomes emergentes do país, as bandas de Metal da Espanha
possuem o traço da língua e do peso. Como dito, parece que a cultura hispânica
tem um poder de penetração enorme, pois não é difícil perceber elementos culturais
do país no trabalho de suas bandas. E o AVALANCH, sexteto que hoje tem a aura
de internacional, vem com o remake de um de seus clássicos, “El Ángel Caído”,
que ficou belíssimo nesta atualização.
Antes de tudo, é preciso deixar claro que não é uma versão
remaster ou algo do tipo. Não, “El Ángel Caído” foi completamente refeito,
regravado pela nova formação e daí por diante. E o Power Metal melodioso e
cheio de lindas harmonias do rupo ganhou mais peso e requinte, ao mesmo tempo
em que a experiência de 16 anos (pois a versão original é de 2001) pesa
bastante.
Personalizado, pesado e envolvente, “El Ángel Caído” é um
disco excelente!
Ao falar da qualidade sonora do álbum, é nisso que se
percebe o quanto esse remake é melhor: gravação perfeita, com qualidade límpida
de som, mas capaz de fazer com que as canções soem pesados e com todos os
detalhes em seus devidos lugares. E como a timbragem dos instrumentos ajudou,
pois parecem ter sido procurados com esmero até serem encontrados. Até mesmo a
capa ganhou uma atualização, ficando com timbres mais escuros e metálicos,
contrastando com o original, que é uma bela pintura.
O AVALANCH mostra que seus integrantes funcionam como uma
unidade, com a banda inteira fazendo o melhor para que cada composição soe
única. Além do mais, os nomes de Magnus Rosén (baixo, ex-HAMMERFALL, atual
SHADOWSIDE), Mike Terrana (bateria, que toca com TARJA, com passagens por
MASTERPLAN, AXEL RUDY PELL, RAGE e YNGWIE J. MALMSTEEN), e Jorge Sálan (guitarras,
ex-MÄGO DE OZ) já mostram a internacionalização da música do grupo, sem
mencionar que o talento de Isra Ramos (vocais), José Paz (teclados) e do
fundador e único remanescente Alberto Rionda (guitarras) tornam o disco algo
fenomenal. E se preparem: esse disco gruda em nossos ouvidos e não sai mais!
Embora um discão, ousamos destacar as seguintes canções como
mera referência ao leitor: a trabalhada e bem intensa “Tierra de Nadie” (que
mostra um trabalho de primeira de baixo e bateria), a aula de interpretação ouvida
nos ritmos alternados de “El Ángel Caído” (que além deles, tem belíssimas
partes de teclados e magníficos solos de guitarra, tudo em uma canção
diversificada e rica em arranjos belíssimos), a paulada nos ouvidos dada pela
grandiosa e cheia de lindas orquestrações chamada “Xana”, a agressiva e recheada
de riffs intensos e quase Thrash Metal (mas que contrastam com belíssimas
melodias dos teclados) “Levántate y Anda”, a também agressiva e com andamento
em velocidade mais mediana (e alguns belos “shreds” de guitarras nos solos) “Corazón
Negro”, e as 3 partes da épica e grandiosa “Las Ruinas del Edén”, que formem
três canções com elementos bem distintos (a parte um mixa peso com toques mais etéreos,
a segunda mistura tempos mais amenos e outros mais velozes e pesados, e a
terceira é bem intensa e com riffs cheios de energia e lindos vocais). Além
disso, as instrumentais “La Buena Nueva”, “El Séptimo Día” e “Santa Bárbara”
são essenciais, mostrando como trabalho de guitarras e teclados é sólido e bem
esmerado.
No mais, nos resta torcer para que “Al Ángel Caído” venha a
ter uma versão nacional, mesmo que com pouquíssimas cópias, pois a banda é
fenomenal!
Gracias, hermanos, por un álbum sensacional como este!!!
Na lista dos melhores de 2017 com toda certeza!!!!