2017
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
Disco 1:
1. Xibir (orchestra)
2. Born Treacherous
3. Gateways
4. Dimmu Borgir (orchestra)
5. Dimmu Borgir
6. Chess with the Abyss
7. Ritualist
8. A Jewel Traced Through Coal
9. Eradication Instincts Defined (orchestra)
Disco 2:
1. Vredesbyrd
2. Progenies of the Great Apocalypse
3. The Serpentine Offering
4. Fear and Wonder (orchestra)
5. Kings of the Carnival Creation
6. Puritania
7. Mourning Palace
8. Perfection or Vanity (orchestra)
Banda:
Shagrath - Vocais
Silenoz - Guitarra base
Galder - Guitarra solo
Convidados:
Agnete Kjølsrud - Vocais femininos em “Gateways”
Cyrus - Baixo
Gerlioz - Teclados
Daray - Bateria
The Norwegian Radio Orchestra - Orquestra
Schola Cantorum Choir - Coral
Contatos:
Site Oficial: http://media.nuclearblast.de/shoplanding/2017/DimmuBorgir/forces-of-the-northern-night.html
Facebook: https://www.facebook.com/dimmuborgir
Twitter: https://twitter.com/dimmuborgir
Youtube: http://www.youtube.com/dimmuborgir
Bandcamp:
Assessoria:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
E eis que após 7 anos de espera ansiosa, um dos nomes mais fortes do cenário do Symphonic Black Metal retorna para mostrar que eles ainda tem muita lenha para queimar.
Sim, o DIMMU BORGIR, grupo norueguês que ajudou a construir todo o conceito de Symphonic Black Metal, nos brinda com um disco inédito. E mantendo uma longa tradição do Metal, temos em mãos “Forces of the Northern Night”, um disco duplo CD ao vivo. E a Shinigami Records, em parceria com a Nuclear Blast Brasil, nos proporciona o acesso mais fácil a este diamante.
“Forces of the Northern Night” foi gravado em 28 de Maio de 2011, em Oslo, cidade natal do grupo. O local foi o Oslo Spektrum, arena indoor da cidade, e recebeu a presença de mais de cem músicos, já que, fora os 3 integrantes fixos da banda, os 3 músicos contratados, estiveram participando ativamente de cada música a Norwegian Radio Orchestra, o coral da Schola Cantorum e mais a presença de Agnete Kjølsrud nos vocais femininos de “Gateways”. Obviamente, por ser a tournée promocional de “Abrahadabra”, o maior enfoque ficou no material do disco, e mais alguns clássicos estão presentes. Óbvio que sempre vai existir aquele comentário “ah, mas faltou tal música”, mas será que realmente haveria como caber tudo em um CD duplo?
Tenho certeza que não...
Produzido pelo próprio grupo, “Sons of the Northern Night” foi gravado ao vivo no Oslo Spectrum. O disco ainda recebeu uma masterização feita por Chris Sansom. E a qualidade sonora é de saltar os olhos, pois como estamos acostumados, o DIMMU BORGIR realmente fez algo de alto nível em termos de produção. Mas não se assustem, pois nos momentos pesados e agressivos (como em “Vredesbyrd”), a qualidade sonora também permite ter o melhor desse lado do trabalho musical multifacetado que os noruegueses fazem.
A arte gráfica é de Joachim Luetke, com uma capa aterrorizante que remete aos tempos de “Death Cult Armaggedon”, dando aquele toque sombrio à música do disco. E as fotos são ótimas, uma documentação bela e bem feita do que se viu naquela noite de Maio de 2011.
O estilo do DIMMU BORGIR é aquilo que todos já conhecem bem: Symphonic Black Metal bem feito, com lindas melodias sinistras e a grandiosidade pomposa de arranjos bem feitos. Além do mais, é importante frisar que a banda retém muito de sua agressividade primordial sob a colcha de orquestrações, e a riqueza de sua música não destrói a acessibilidade que eles carregam. E um toque pomposo de elegância extra é dado por Gaute Storaas, responsável pelos arranjos orquestrais.
O disco 1 é quase todo encima das músicas de “Abrahadabra”. Óbvio que não é necessário lembrar que este mesmo autor falou na época que o álbum mostrava uma banda tão perfeita que soava mecânica. Mas isso nas versões de estúdio, pois ao vivo, canções como “Born Treacherous”, “Chess with the Abyss”, “Ritualist” e “A Jewel Traced Through Coal”, graças à energia da banda e do público, ganham vida totalmente nova. E hinos como “Gateways” (com a participação maravilhosa da cantora Agnete Kjølsrud) e “Dimmu Borgir” são de causar arrepios no mais cético dos fãs. E sem mencionar as versões totalmente orquestrais da própria “Dimmu Borgir” e de “Eradication Instincts Defined” (única música dos discos anteriores presente no disco 1).
Já o disco 2 é todo de músicas dos discos anteriores, bem focadas em tudo que a banda fez de “Enthrone Darkness Triumphant” até “In Sorti Diaboli”. Aqui, estão clássicos como a energética e destruidora “Vredesbyrd”, as sedutoras e grandiosas “Progenies of the Great Apocalypse” e “The Serpentine Offering”, o hino “Kings of the Carnival Creation” (linda e maravilhosa, especialmente devido aos corais que substituem os momentos de vozes limpas), a ótima versão para “Puritania” (que devido à presença da orquestra, quebrou um pouco do clima industrial da versão original, mas está bem melhor que esta), e o clássico absoluto “Mourning Palace”.
Vou tornar a dizer: alguns clássicos ficaram de fora (por exemplo, nenhuma música de “For All Tid”, “Stormblåst” e “Spiritual Black Dimensions” foi incluído, o que é uma pena), mas para tanto, esse disco deveria ser um quádruplo ou quíntuplo ao vivo. Mas o que temos já é excelente.
E podemos aferir que “Forces of the Northern Night” entra para o hall dos melhores discos ao vivo de Metal de todos os tempos.
O DIMMU BORGIR ainda é uma força e tanto para o Metal mundial, quer gostem ou não.