2 de jul. de 2016

GRAND MAGUS - SWORD SONGS (ÁLBUM)


2016
Nacional

Nota: 9,0/10

Músicas:

1. Freja's Choice
2. Varangian
3. Forged in Iron - Crowned in Steel
4. Born for Battle (Black Dog of Brocéliande)
5. Master of the Land
6. Last One to Fall
7. Frost and Fire
8. Hugr (instrumental)
9. Everyday There's a Battle to Fight
10. In for the Kill
11. Stormbringer


Banda:

JB - Vocais, guitarras
Fox - Baixo, backing vocals
Ludwig - Bateria


Contatos:

Facebook (Oficial)
Facebook (Brasil)

Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia


E eis que uma das sensações do cenário sueco retorna a plena carga. Sim, o trio de Heavy Metal GRAND MAGUS segue sua saga, e pouco depois de um ano desde o lançamento de "Triumph and Power", lá vem eles de novo nos brindando com mais um excelente disco, "Sword Songs". É mais um disco que sai em nosso país graças à parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil.

Em relação aos discos anteriores, o trio está com uma apresentação musical mais bem cuidada, com o lado mais melodioso de sua música evidenciado em "Sword Songs". Mas isso, de forma alguma, desvia o grupo de sua musicalidade já conhecida. Apenas os refrões ganharam mais ênfase, as melodias nas guitarras ficaram mais claras, baixo e bateria ganharam um toque um pouco mais técnico e refinado, mas o peso de sua música não fugiu à sua tradição. É o bom e velho GRAND MAGUS, apenas um pouquinho mais elaborado e melodioso.

Uma vez mais, a banda teve a mão de Nico Elgstrand na produção, além de Roberto Laghi na mixagem, e a masterização do disco é de Svante Forsbäck. Talvez seja o motivo de "Sword Songs" soar tão melodioso seja este trabalho em conjunto, que lhes proporcionou algo mais limpo e definido em termos de qualidade sonora. E isso deixa o lado mais melodioso do grupo na frente, como dito acima.

E a arte é de Anthony J. Roberts mais uma vez. Óbvio que temos algo mais artesanal em termos de capa, mas funcional e bem feito. E mesmo o encarte está bem simples. Mas isso mostra que a banda se preocupa mesmo com sua música, e busca não desviar a atenção do ouvinte dela.

Raçudo, pesado, bem feito e de bom gosto. Estes adjetivos se encaixam perfeitamente em "Sword Songs", que graças à criatividade do trio, é um discão de primeira. Arranjos bem cuidados, músicas espontâneas, belos refrões, técnica na medida certa. Tudo funciona em alto nível no disco.

Melhores momentos:

"Freja's Choice" - Pesada, intensa, com o andamento bem ganchudo, e belas melodias nos vocais. Mas reparem no peso da base rítmica baixo-bateria em muito momentos.

"Forged in Iron - Crowned in Steel" - Os tempos são mais dinâmicos, a técnica é sóbria, e a canção é repleta de riffs de guitarras raçudos. E o refrão, com seus backing vocals, é de primeira. E sem falar nas excelentes melodias.

"Born for Battle (Black Dog of Brocéliande)" - Mais uma canção em que o trio mostra uma simplicidade instrumental de primeira, mas justamente por isso ela é apaixonante, cheia de um trabalho ótimo das guitarras.

"Master of the Land" - As regras do jogo não mudaram, pois o trabalho mais melodioso e pesado das faixas anteriores continua presente. Os solos são ótimos, e continua imperando uma simplicidade técnica ótima.

"Last One to Fall" - Algo da NWOBHM entra nas melodias dessa canção, se percebe isso. É bem acessível, envolvente, e logo estamos cantando o refrão com o grupo.

"Frost and Fire" - Outra faixa cativante, onde peso e melodia se intercalam perfeitamente. E como os arranjos tecnicamente mais simples do grupo se encaixam bem, e nos envolvem de forma que a cabeça balança espontaneamente sem que percebamos.

"Everyday There's a Battle to Fight" - Uma canção mais climática, permeada por um feeling mais introspectivo e grande presença do baixo. Tem todo aquele jeitão de Metal anos 70, apenas atualizado.

Mas como a Shinigami Records sempre busca nos conceder algo diferenciado, ainda temos duas bônus na versão nacional:

"In for the Kill" - É tão boa como as anteriores. Cheia de melodias, arranjos bem criativos, e uma levada que gruda nos ouvidos.

"Stormbringer" - Óbvio que todos já manjaram que é um cover para o velho hino do DEEP PURPLE, mostrando que a banda é uma das influências mais primordiais do trio. E o trabalho das guitarras é ótimo, fora a presença especial de um Hammond dando aquele tempero especial (uma canja especial de Per Wiberg).

No mais, um excelente disco, e o melhor: acessível a todos graças à Shinigami Records e à Nuclear Blast Brasil.



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