2016
Nacional
Nota: 9,0/10
Músicas:
1. Freja's Choice
2. Varangian
3. Forged in Iron - Crowned in Steel
4. Born for Battle (Black Dog of Brocéliande)
5. Master of the Land
6. Last One to Fall
7. Frost and Fire
8. Hugr (instrumental)
9. Everyday There's a Battle to Fight
10. In for the Kill
11. Stormbringer
Banda:
JB - Vocais, guitarras
Fox - Baixo, backing vocals
Ludwig - Bateria
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Contatos:
Facebook (Oficial)
Facebook (Brasil)
Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia
E eis que uma
das sensações do cenário sueco retorna a plena carga. Sim, o trio de Heavy
Metal GRAND MAGUS segue sua saga, e pouco
depois de um ano desde o lançamento de "Triumph
and Power", lá vem eles de novo nos brindando com mais um excelente
disco, "Sword Songs". É mais um disco que sai em nosso país
graças à parceria entre a Shinigami Records e a Nuclear
Blast Brasil.
Em relação
aos discos anteriores, o trio está com uma apresentação musical mais bem
cuidada, com o lado mais melodioso de sua música evidenciado em "Sword
Songs". Mas isso, de forma alguma, desvia o grupo de sua
musicalidade já conhecida. Apenas os refrões ganharam mais ênfase, as melodias
nas guitarras ficaram mais claras, baixo e bateria ganharam um toque um pouco
mais técnico e refinado, mas o peso de sua música não fugiu à sua tradição. É o
bom e velho GRAND MAGUS, apenas um pouquinho
mais elaborado e melodioso.
Uma vez mais,
a banda teve a mão de Nico Elgstrand na produção, além de Roberto
Laghi na mixagem, e a masterização do disco é de Svante Forsbäck. Talvez
seja o motivo de "Sword Songs"
soar tão melodioso seja este trabalho em conjunto, que lhes proporcionou algo
mais limpo e definido em termos de qualidade sonora. E isso deixa o lado mais
melodioso do grupo na frente, como dito acima.
E a arte é de
Anthony
J. Roberts mais uma vez. Óbvio que temos algo mais artesanal em termos
de capa, mas funcional e bem feito. E mesmo o encarte está bem simples. Mas
isso mostra que a banda se preocupa mesmo com sua música, e busca não desviar a
atenção do ouvinte dela.
Raçudo,
pesado, bem feito e de bom gosto. Estes adjetivos se encaixam perfeitamente em "Sword
Songs", que graças à criatividade do trio, é um discão de
primeira. Arranjos bem cuidados, músicas espontâneas, belos refrões, técnica na
medida certa. Tudo funciona em alto nível no disco.
Melhores
momentos:
"Freja's Choice"
- Pesada,
intensa, com o andamento bem ganchudo, e belas melodias nos vocais. Mas reparem
no peso da base rítmica baixo-bateria em muito momentos.
"Forged in Iron -
Crowned in Steel" -
Os tempos são mais dinâmicos, a técnica é sóbria, e a canção é repleta de riffs
de guitarras raçudos. E o refrão, com seus backing vocals, é de primeira. E sem
falar nas excelentes melodias.
"Born for Battle
(Black Dog of Brocéliande)" -
Mais uma canção em que o trio mostra uma simplicidade instrumental de primeira,
mas justamente por isso ela é apaixonante, cheia de um trabalho ótimo das
guitarras.
"Master of the Land"
- As regras do
jogo não mudaram, pois o trabalho mais melodioso e pesado das faixas anteriores
continua presente. Os solos são ótimos, e continua imperando uma simplicidade
técnica ótima.
"Last One to Fall"
- Algo da NWOBHM
entra nas melodias dessa canção, se percebe isso. É bem acessível, envolvente,
e logo estamos cantando o refrão com o grupo.
"Frost and Fire"
- Outra faixa
cativante, onde peso e melodia se intercalam perfeitamente. E como os arranjos
tecnicamente mais simples do grupo se encaixam bem, e nos envolvem de forma que
a cabeça balança espontaneamente sem que percebamos.
"Everyday There's a
Battle to Fight" -
Uma canção mais climática, permeada por um feeling mais introspectivo e grande
presença do baixo. Tem todo aquele jeitão de Metal anos 70, apenas atualizado.
Mas como a Shinigami
Records sempre busca nos conceder algo diferenciado, ainda temos duas
bônus na versão nacional:
"In for the
Kill" - É
tão boa como as anteriores. Cheia de melodias, arranjos bem criativos, e uma
levada que gruda nos ouvidos.
"Stormbringer"
- Óbvio que todos
já manjaram que é um cover para o velho hino do DEEP PURPLE, mostrando que a
banda é uma das influências mais primordiais do trio. E o trabalho das
guitarras é ótimo, fora a presença especial de um Hammond dando aquele tempero
especial (uma canja especial de Per Wiberg).
No mais, um
excelente disco, e o melhor: acessível a todos graças à Shinigami Records e à Nuclear Blast Brasil.